The little psychopath // Fillie

Intrusa.

P.O.V FINN

- Filho? - Ouvi meu pai abrir a porta.

- Oi?

- Nós vamos receber uma intercâmbista aqui em casa - anunciou animado.

- O QUÊ? - Perguntei incrédulo, esse é o pior dia da minha vida.

- Qual é filho?! Vai ser legal.

- Por que você não falou isso antes? Por que não me avisou que ia colocar uma intrusa aqui em casa? - Eu realmente odeio visitas, ainda mais as permanentes.

- Mas, Finn... ela só vem daqui a 3 semanas.

- Essa não é a questão aqui!

- Então qual é?

- A questão é que eu não gosto de pessoas!

- Como assim Finn? Você sempre foi muito social!

- Não quero socializar com uma garota antipática na minha casa!

- Mas você nem a conhece Finn.

- Quer saber? Você é um mala! SAI DAQUI AGORA! - Gritei.

- Finn... - Falou com os olhos marejados.

- Sai! - E assim ele fez, na hora.

Era realmente o que faltava! Uma garota intrometida para perturbar minha maldita vida. Eu amo o meu mundo, um mundo só meu, se alguém se atrever a adrenta-lo sofrerá as consequências. Estou me transformando aos poucos num ser humano meio viciado em solidão, na verdade isto sempre esteve dentro de mim, coube a mim querer mostra-lo ou não.

Eu sempre soube dizer as pessoas o que elas querem ouvir, querem ser bajuladas, amadas, querem sempre estarem certas para alimentar seu próprio ego, e acreditam em uma vidinha perfeita como nos filmes de comédia romântica onde o garoto popular se apaixona pela nerd esquisitona. Pessoas felizes são mais fáceis de ser manipuladas.

Sou sim uma pessoa social, afinal quem desconfiaria de alguém educado, carismático, inteligente e bonito como eu? As pessoas querem isso! Querem confiança, costumam julgar pela aparência. Demonstre o que melhor sabe para ter vantagens, guarde seus demônios para uma boa hora.

Quando me sinto bem, nunca dura. É por isso que você pode me encontrar vivendo no passado. Se você precisar de mim, me corte da foto, então eles podem fingir como se eu não existisse.

Você acha que é muito inteligente, mas você mal faz sentido. Eles estão tão preocupados com o que eles pensam, eles falham com a arqueologia. Em vez disso, eles são apenas hipócritas que não pedem desculpas.

Então que se foda, eu vou morrer cercado por idiotas.

Meu objetivo vai ver concretizado, com ou sem essa intrusa....

Mas nesse momento só quero estar no meu quarto, ouvir rock antigo, e fingir que não existo.

Ouvi meu pai conversando com alguém, parece que é o meu irmão mais velho, meu insuportável e adulto irmão mais velho. Ele sempre consegue ser babaca comigo quando vem aqui em casa, poderia sumir, iria ser um favor para mim, o que não está muito longe de acontecer.

Ouso passos pesados vindo em direção ao meu quarto.

- O que você falou para o papai?

- Oi pra você também Nick Wolfhard.

- Responde a minha pergunta Finn!

- Só falei umas verdades, nada demais...

- Finn, ele tá chorando!

- E eu tenho culpa de o papai ser muito sensível?

- Você é doente!

- Não mentiu.

- Ele só quer ajudar garoto!

- Trazendo uma pessoa pra cá? Realmente.

- Queria que fosse o que? Um E.T, idiota? Ele só quer trazer mais dinheiro para casa, seu ingrato! E é assim que você agradasse? Ficando o dia inteiro com a bunda na cadeira de frente para a porra desse computador o dia inteiro!

- É com ele que eu estudo seu babaca!

- Que seja!

- Ótimo!

- Ótimo!

- Nick, não vale a pena - Disse meu pai encostado na porta.

- Você tem razão pai, vamos. - Ele segura no braço do meu pai, e os dois saem.

Eu já estou cansado disso! É ele! Sempre é ele! Ele sempre foi o melhor, sempre foi o preferido, como se eu fosse invisível pro papai! Ele sempre teve privilégios. Enquanto eu só sou o filho rebelde e inconsequente.

Não tem como ter um filho preferido se por acaso ele não existir, não é mesmo?

Oiie pessoas, esse capítulo tá menor porque foi apenas para mostrar um pouco da personalidade do Finn, vou tentar fazer capítulos maiores, i promise.
Espero que tenham gostado, votem pleaseee (:

Byeeeee💙