The little psychopath // Fillie

Pode me ouvir, Sadie?

P.O.V FRANKLIN

- Franklin? Você está bem? - Joe perguntou entrando na minha sala.

- Não, Joe. Eu não estou bem! Eu... eu estou confuso! É muita informação! Ok... vamos começar do início. Quero conversar com os envolvidos. Convoque Millie, Jack e os mais próximos de ambos.

- Como quiser.

- Achou algum DNA diferente do  Jack?

- Não... Jack e a própria Kelly foram os únicos DNAs encontrados nos últimos... 2 dias.

- Merda! Isso... isso foi premeditado, Joe! Eu já conheci Jack Grazer e ele nunca foi próximo de Kelly, aliás, por qual motivo ele teria algum tipo de contato com a mãe da Millie? - indaguei fazendo Joe dar de ombros.

- Outra coisa... por que ele seria tão burro ao ponto de deixar cair míseros  fios de cabelo? Não é muito óbvio?

- Isso que eu estou querendo dizer! Mas por agora eu preciso do depoimento das testemunhas, no caso poucas, porque Jack foi inteligente para pelo menos cometer o crime em um momento em que a rua estava deserta. Enfim... vá solicitar a presença deles aqui, amanhã de manhã.

- Entendido, Detetive. - ele falou e logo em seguida saiu da sala.

- Jack, Jack... qual foram os seus motivos... - pensei comigo mesmo, voltando ao meu trabalho.

Todo mundo parece bonzinho, até que se prove o contrário.

Um dia depois...

P.O.V FINN

- Ok! - Millie começou, se jogando no sofá ao meu lado. - O que vamos assistir?

- O que você acha de... - interrompi minha fala ao ouvir um barulho de celular tocando.

- É o meu! - ela exclamou tirando o aparelho do bolso. - Hum...

- O que foi?

- Número desconhecido. Bom... vou atender mesmo assim.

- Tá bom. - falei dando de ombros.

Ela atendeu e em questões de segundos ficou estática. Millie deixou o celular cair no chão e instantaneamente suas mãos ficaram trêmulas. Ela ficou olhando para um ponto fixo no chão enquanto diversas lágrimas escorriam pelo seu rosto.

- Millie... Millie?! - me aproximei com cautela, tocando seu ombro.

- Sai de perto de mim. - falou com dificuldade.

- O que está acontecendo? - perguntei franzindo o cenho.

- EU DISSE PARA VOCÊ SAIR DE PERTO DE MIM! - Ela berrou, me encarando com um olhar bizarro. Acabei recuando para trás pelo susto.

- Millie! O que é isso?

- É tudo culpa sua! É culpa sua!

- Do que você está falando?

- A minha mãe... - ela sussurrou com os lábios trêmulos.

- O-o que tem ela?

- Ela morreu, Finn! Ela tá morta! A minha mãe morreu! - Exclamou limpando as lágrimas que caíam.

- E-eu... eu... não sei o que dizer...

- Eu não quero que você diga nada, só quero que para de ser um babaca! Olha Finn... você sabe, não é?

- Sei o que? - indaguei confuso.

- Desde que eu vim pra cá a minha vida virou um inferno e a culpa é sua! Você... você tem uma energia pesada, atrai coisas ruins! Eu nem sei quem é você, Finn!