Capítulo 9

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Os dois dias se passaram como uma lesma, sem pressa alguma, diferente de mim. Precisava vê-la. Precisava sentir a sua boca macia e saborosa. E assim, fui atender ao meu desejo.
Fiz todas as coisas de costume: menti para a minha avó, mas dessa vez não passei na casa da mãe de Ruan; fui até à casa de Fernanda a pé.
Dessa vez, não levei o meu celular e não pude avisar que estava chegando, então não a encontrei em pé em frente da escada. Toquei a campainha e ela apareceu na sacada, olhou para baixo e ao me ver, sorriu lindamente. Até os seus dentes eram lindos. Ela desceu para me receber.
Abracei-a e mais uma vez senti a sensação de segurança e desejo. Adorava tocar o seu corpo. Amava como nossos corpos se encaixavam. Como era gostoso.
– Alguns amigos vieram me ver e sei que não é confortável para você estar no meio deles, até por conta da sua família – ela iniciou falando quando ainda estávamos abraçadas. – Que tal a gente ir lá para o fundo da casa? Você se incomoda?
– De forma alguma. Mas e os seus amigos? – respondi.
– Eles irão ficar bem. Já sabem que você viria.
– Tem certeza? – fiquei receiosa devido ela ficar dando atenção para mim e não para eles.
– Claro que tenho – ela me puxou pelo braço e me levou escadaria a cima e me guiou até o fundo da sua casa onde tinha outro banco idêntico ao que tinha na fachada da casa. Sentamos ali e não demorou até que ela encostasse e me beijasse. A sua língua entrava em contato com a minha e era excitante. A minha mão se enroscou na sua, mas logo ela se desvencilhou para apertar a minha cintura. Ela apertava com vontade. E eu permitia. Gostava de como ela me tocava e então parei de beijá-la para olha-la nos olhos.
– O que foi? – ela protestou, vindo me beijar novamente.
Esquivei e ela lançou um olhar de indignação. Ri da sua expressão e aproximei-me devagar sem deixa-la encostar. Passei os meus lábios nos delas de forma bem sutil e passei a língua na sua boca. Ela fez uma cara de excitação franzindo o cenho e avançou em mim. Beijou-me com vontade e deixei acontecer. Passei a minha mão na sua cintura cheia de dobrinhas. Uma delícia. E ela fez o mesmo comigo.
E então a sua mão começou a subir devagar até chegar ao meu peito. Fiquei nervosa ao seu novo toque, mas não parei de beija-la. Ela espalmou bem a sua mão no meu peito, o que não era difícil já que os meus seios eram pequenos; e o apertou.
Fiquei atenta aos seus movimentos que passou a amassar meu peito por baixo da blusa. Ela tinha mais facilidade já que eu não era adepta do sutiã. E então ela apertou bem, enquanto nos beijávamos lentamente, mas com vontade. E então, parou de me beijar, mas ainda passava a sua mão na minha pele, para beijar o meu pescoço. Fiquei arrepiada e quieta, para que ela pudesse fazer o que queria, e o seu próximo ato me deixou surpresa. Ela levou a sua boca até o meu peito e chupou. A sua língua roçava no bico do peito e a sua boca mantinha uma pressão na minha pele, me fazendo ficar sem reação.
Quando ela parou e voltou a me olhar nos olhos, só consegui pronunciar:
– Caralho – disse tentando me recompor. Era riu apenas com o canto da boca.
– Precisando de um tempo aí? – ela debochou.
Balancei a cabeça negando, e tomei a sua boca novamente. A minha vontade era de leva-la para a cama, mas também tinha medo disso acontecer. Eu não tinha experiências com mulheres e me questionava se ela iria gostar, ou iria detestar e nunca mais falar comigo. Logo mandei esse pensamento para longe, e quando ia passar a mão pelo seu corpo, ouvi passos se aproximando.

Flor De GirassolOnde histórias criam vida. Descubra agora