Capítulo 8

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No dia seguinte, contei a Fernanda o ocorrido, e ela ficou bastante irritada, mas logo esquecemos disso, já que tinha importância zero. O que tinha importância naquele momento era quando eu retornaria à sua casa. E tínhamos marcado para dali a dois dias. A vontade era de vê-la todos os dias, mas eu tinha que dar trégua com a família. Não queria que eles descobrissem nada. Fernanda até insistia, o que me incomodava um pouco, pois parecia que ela não entendia.
Sentia tantas coisas que mal conseguia me expressar, então decidi mandar mensagem para uma amiga que me entenderia com toda a certeza e ainda era ótima em dar conselhos.
– Lud, eu preciso te dizer tantas coisas – iniciei a conversa.
– Manda ver, garota – ela respondeu.
– Fiquei com uma mulher pela primeira vez – quase gritei ao digitar.
– OH MY GOD! Como assim?
Contei para ela tudo o que já havia acontecido até ali e logo tomei coragem para dizer o já estava quase saindo pela minha garganta.
– Pior é que sinto vontade de ir além dos beijos. Mas, tenho medo. Nós duas chegamos a conversar sobre isso e o resultado foi que ela tem medo de perder a amizade e eu acho que sexo é uma coisa tão íntima. Mas, puta que pariu, que vontade de sentir o gosto dela – começara a ficar excitada ao pensar no seu corpo.
– Iiiihh! Acho que temos uma pessoa bem assanhadinha por aqui, em, Brasil – mandou alguns emojis chorando de rir.
– Ultimamente ando até vendo vídeos que dão dicas de como fazer sexo oral em mulheres – realmente estava passando boa parte do meu tempo olhando vídeos do tipo.
Conversamos um bom tempo sobre o assunto, ela sempre dando conselhos ótimos e decidi que iria deixar as coisas rolarem naturalmente.
No fim da tarde, decidi que iria beber. Por mais que estivesse irritada, convoquei a vizinha da minha avó para ir comigo. Bebemos vinho, fazendo jus ao feriado. Ela bebeu mais que eu, deixando-a um pouco alterada. Estava engraçada, e logo me veio uma ideia à cabeça. Peguei o celular e digitei uma mensagem para Fernanda. As letras estavam meio trêmulas, mas ainda conseguia escrever corretamente.
– Preciso te confessar uma coisa, e estou aproveitando esse momento porque bebi.
– Não acredito que esteja bebendo. Pare já, e me diga o que quer confessar – ela respondeu imediatamente.
– Eu quero transar com você – fui bem direta, mas não funcionou.
– É o quê? Você só está falando isso porque está bêbada. Pare de beber imediatamente – ela não estava levando a sério.
– Fernanda, eu não estou bêbada. Sei o que estou dizendo – tentei convence-la, mas foi em vão, já que ela realmente não acreditou devido à bebida. Ou pelo menos fingia não acreditar.
Não fiquei insistindo, apenas mudei de assunto, e chamei a garota que me acompanhava para ir para casa. Queria apenas deitar e dormir um pouco.

Flor De GirassolOnde histórias criam vida. Descubra agora