Taverna do Sr. Hugo

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 Passamos algumas horas diante aquele cenário e bebemos algumas doses de variadas bebidas no local , não passando de problematizações acerca dos acontecimentos recorrentes no cerne do sentimento local e obviamente Alice estava ficando impaciente pela demora e por isto sempre gritava o nome do dono do local , como se fosse superior e pela obediência categórica de Hugo , devo deduzir que ele a conhecia muito bem.

 - Aonde está meu vinho ! - A voz de Alice ecoava de forma espantosa  após umas boas doses de vinho ingerido ligeiramente.

- Você deveria se manter mais calma Alice , não quero problemas ainda mais em uma cidade que eu não conheço e já estou vendo algumas pessoas nos observando por aqui.

- Vou deixar umas coisas aqui claras para você John, sabe quem é o Sr. Hugo? Ele é esposo da madame Lincox apenas para você ter uma noção clara sobre quem ele é , agora vamos conversar um pouco mais . 

- Então devo pressupor que esta pequena localidade faça parte da ordem não é mesmo ?

- Correto , vamos para um lugar um pouco mais privado . - Alice acena para o Sr.Hugo e direciona para o fundo do bar , através do balcão.

  Em uma prateleira de livros , após a porta da árvore frutuosa , o Sr. Hugo pressiona um dos frutos e em uma sucessão lógica de apertos das insignias da porta ela se abre. 

- Bom cavaleiros , estamos aqui para demonstrar a realidade das coisas . - Sr. Hugo nos direcionando firmemente a sala.

 O ambiente era rústico , iluminado apenas por candelabros de sete braços e grandes livros em suas respectivas mesas e nas paredes pinturas organizadas umas paganizadas e outras cristãs . Aquilo tudo me espantava e me espantava mais como a Alice conhecia aquele homem , mas resolvi não questionar ; até porque somente o fato dele ser um da ordem , significa que nada é impossível a não ser para a morte.

 Sr. Hugo se direcionando para Alice pergunta sobre a casa de Gavião Peixoto /SP , Alice reporta que está em ótimas condições , mas que não queria falar sobre este assunto no momento , porque o motivo de estar ali era outro.

 - John , sente-se vamos conversar um pouco antes de ir.

- Tudo bem.

- Marque um encontro com "ele" , hoje ele vai estar em casa, Vou ficar na cidade hoje a noite , diga que você está trabalhando para este homem chamado Igor , é um velho amigo meu dono da livraria Machado de Assis em São- Carlos do Pinhal e caso não tiver onde passar a noite tem aqui um representante da cúria romana muito amigo meu que está devendo alguns favores , pode passar a noite . Aliás na cúpula tem um quarto que pelo que sei você conhece muito bem.

- Marquei um encontro ,  está na rua...

- Eu sei onde ele está, seja rápido.

- Você vai comigo ou ficará aqui ?

- Eu não ia , mas como estou morrendo de curiosidade sobre esses acontecimentos eu irei.

- Vamos então . - Pego minha bolsa e alguns livros que estavam lá que era de meu interesse e algo me chamou a atenção e amo livros .

- Ele está no lugar , foi comprar uma erva e se eu fosse você deveríamos ir rápido ao local.

 Chegamos na dita cidade e mandei uma mensagem para ele , para saber onde estava mesmo Alice me direcionando ao local exato ,  estava perto da Igreja na esquina com as duas pistas que vai para o centro da cidade . Quando eu e Alice chegamos de carro , ficamos uma esquina abaixo e eu fui caminhando onde estava.

  Ele estava fumando como Alice me informou , seu andar era calmo se nada estivesse acontecendo no mundo , como se nada existisse e ali estava na chamada "brisa" e eu estava louco para esmagar seu crânio no asfalto , mas tudo tem que ser feito conforme combinamos...

- Olá como você está?

- Estou ótimo e você?

- Estou bem e as novidades ?

- Terminei meu namoro antigo , mas as coisas estão caminhando e espero que em um bom sentido.

- Entendo , eu estou de passagem , sempre comprando livros e conhecendo algumas pessoas .

- Como sempre , ainda não compreendo esse gosto intenso por livros.

- È minha vida por assim dizer.

- Compreendo , me conte porque terminou com ela ?

- Não terminei, quando acordei ela já não estava mais do meu lado e quando vi já estava em sua cidade natal.

- Estranho isso , como aconteceu?

Silêncio de três minutos permanece no local , enquanto vários carros passam por ali , alguns param e meu celular toca , é Alice me mandando mensagens , eu tenho que ir embora , ela deve ter descobrido alguma coisa, já era 15:30 PM e tinha que averiguar tudo e claro algo já havia descoberto . Minha querida já tinha ido para sua cidade e estava mais feliz neste sentido para que não sofresse algum mal.

- Estarei indo , outro dia conversamos.

- Estou sempre por aqui , caso quiser só mandar mensagem.

- Obrigado , até mais.

 Me dirigi até Alice e um sorriso bateu em seu rosto , quase de forma sarcástica , cantando as rodas de se Renault , fomos embora.

- Vamos beber garoto.

- Melhor hora.

- Já sabe o que fazer não é mesmo ?

- Acredito que esta seja sua deixa , não é mesmo ?

- Sim , mas logo volto quero ver como vai se sair.

- Vamos para a  "saideira"?

- Porque não ? 

- Te agradeço por tudo Alice , sem você não sei o que faria.

- Provavelmente morto.

 Rimos sem entender o motivo do riso , mas riamos de nós mesmos , logo tudo haveria de mudar e grandemente algo estava para mudar e como sinal relâmpagos repartiam sobre os céus e isto era o sinal - È ELA!


Meu amigo Psicopata  (Concluido)Onde histórias criam vida. Descubra agora