TAKI: então, Bakugo ainda está aí?
Curioso, Kacchan inclinou-se para olhar uma de nossas fotos na parede. Ele encarava cada canto e centímetro de nosso apartamento com os olhos vermelhos e curiosos.
ZUZUKU: ele ainda está aqui. Está olhando nossas fotos.
TAKI: ta tudo bem por aí? Mirio não para de pedir para voltarmos!
ZUZUKU: ta tudo ok. Kacchan parece mais curioso do que qualquer coisa. Se algo acontecer eu ligo. Obrigada por hoje.
THEMIL: não precisa agradecer; quando ele for embora nós vamos ate ai e você paga o sushi.
ZUZUKU: perfeito!!
Fechei o celular e me virei para olhar para Kacchan; os cabelos loiros e baguncados estavam enfeitados com uma das duas coroas douradas que costumavam ficar em uma das estantes da sala.
- Já vi isso em algum lugar - ele murmurou para mim. - É familiar.
- Nós compramos na Europa - comentei. - Em uma loja de lá... Alguns meses antes do seu acidente.
- Nós viajavamos muito?
- De vez em quando. Você sempre foi mais caseiro, então...
- Qual era nosso programa favorito?
Pisquei algumas vezes para ele, perfuntando-me se eu deveria ou não responder sinceramente. Nosso programa favorito costumava ser desligar nossos celulares e transar a tarde inteira, depois assistir filmes, jogar video game e por fim transar de novo.
- Ah... A gente passava bastante tempo jogando e vendo filmes... As vezes até saíamos com Kirishima, Todoroki, Aizawa... Eles eram amigos próximos.
Kacchan concordou e voltou a examinar nossas fotos. Ele não disse mais nada durante um tempo, concentrou-se apenas em seus pensamentos.
- Hm, Izuku...
- Você pode me chamar de Deku - corrigi depressa. Kacchan ergueu as sobrancelhas e me encarou confuso.
- Isso não é estranho?
- É um apelido antigo. Eu não ligo muito...
- Como eu costumava chamar você?
.
- Zuku - Kacchan sussurrou contra minha bochecha.
Resmunguei piscando os olhos e dei de cara com a claridade da sala. Minha mente registrava vagamente que eu estava sem roupas e que haviamos dormido com a porta da varanda aberta. Corri uma de minhas mãos pelos cabelos e rolei no colchão até chegar perto de Kacchan.
- Hmmmm - murmurei satisfeito, sentindo o cheiro da pele dele. - Cheiroso.
- Chama-se tomar banho - ele retrucou. - Você devia tentar de vez em quando.
Neguei com a cabeça.
- Só aos sábados.
Por fim, sentei-me na cama, ganhando um olhar cheio de desejo e admiração de Kacchan.
- Mirio vai querer arrancar a sua cabeça - ele segurou o riso. - Eu acabei de ver um monte de mensagens dos rapazes. Iida quer que todo mundo vá pra casa dele nesse sábado.
- Uh, e que dia é hoje?
- Coincidentemente, sábado - Kacchan gargalhou. - Isso significa que você precisa tomar banho, nojento.
- Nãooooo! - gritei e me joguei para trás de forma dramática, fazendo Kacchan rir de novo.
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A Teoria Do Esquecimento | BAKUDEKU
أدب الهواةKatsuki Bakugo acordou depois de um grave acidente. Ele não sabe quem é "Kacchan", nem tem lembrança alguma sobre seu namorado, Izuku.