Cinco: Jung Hoseok

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De repente

Ela foi embora no flash de sua luz

Eu não estava procurando,

Eu estarei procurando pelo resto da minha vida

Em breves momentos perdemos aquilo que achamos que vamos ter por muito tempo, eu a perdi de vista quando fui falar com meus amigos, a conversa com eles me entreteve de um modo que não notei que a perdi, quando finalmente cai em mim já era tarde.

Procurei por alguns minutos mas não obtive resultado, como alguns estavam sonolentos e outros alterados demais resolvemos ir embora, fui alvo de escarnio por estar estranhamente sóbrio e eu sabia o motivo daquilo só não queria admitir para todos ouvirem, resolvi antes de irmos resolvi a procurar por mais uma vez, apenas para me despedir ou para ter uma ultima breve conversa porém por mais que eu procurasse em volta da pista ou nos bancos do bar não a achei.

A ideia afundou em meu estomago quando finalmente me toquei, ela havia ido embora, havia ido sem ao menos se despedir também onde eu estava com a minha cabeça ela não era obrigada a dizer nada a mim eu não fui ou era nada seu, apenas nos conhecemos naquela noite e dividimos conversas e momentos divertidos. Mas por que uma parte de mim se lamentava com isso?

Quando cheguei não tinha desejo de me enturmar ou curtir, mas quando a encontrei a vontade me tomou de uma forma inimaginável, eu não estava procurando por alguém naquela noite, mas encontrei algo que não queria perder de jeito nenhum, eu faria de tudo para encontra-la novamente procuraria por quanto tempo fosse necessário e me esforçaria em encontrar aquilo que poderia estar escondido.

No caminho para casa me peguei olhando aquela foto novamente e ri com a memoria ainda fresca e repleta do que falamos e fizemos, como seu corpo se movia despreocupado e como falava sem pressa; como dois desconhecidos interagiram tão bem e como fiquei louco com sua presença.

Sempre ouvi minha irmã dizer que coisas boas aconteciam em momentos inesperados, porem sempre a ignorei achando que fosse parte do seu extra positivismo, entretanto hoje vejo que ela realmente estava certa, ainda existia pessoas no mundo disposta a uma simples conversa sem interesse, sem julgamento, sem maldade.

(...)

A semana havia dado uma volta completa e se finalizando novamente, eu não podia imaginar como o tempo correria tão rápido e me traria lembranças daquele dia, eu ainda pensava sobre tudo e me peguei arrumando roupas para sair novamente naquela sexta.

'Você vem sempre aqui?' ela me perguntou risonha, não parecia uma cantada, mas sim uma pergunta curiosa 'aqui é barulhento demais não acha?' ri do seu jeito dócil e respondi que somente as vezes com a ajuda de meus amigos aparecia ali. Sua voz era firme porem demonstrava calma o que me fazia ficar preso a cada palavra.

O ambiente era o mesmo, só que dessa vez eu estava sozinho, procurando me encontrar, procurando a encontrar; eu bebi um pouco e conversei com alguns conhecidos, mas não encontrei o real motivo de estar ali... Ri irônico do pensamento louco que havia me dado, que ideia eu estava na cabeça quando pensei em voltar ao mesmo lugar e acha-la? Na verdade agora me lembrava com clareza ela falar que preferia um bom descanso do que uma bagunça e agora eu ria como um completo tapado por me expor a aquele ridículo, pelo menos ninguém saberia.

'Prefiro lugares calmos, lugares aonde posso pensar!'

'Biblioteca?'

'Um lugar perfeito ao meu ver!' Ela encarou o copo que estava vazio e sorriu pensando no lugar mencionado 'você tem um livro favorito?' de repente a conversa girou em torno de algo que era apaixonado, algo que me fazia bem e a completava.

Andar de volta para casa foi a melhor terapia que fiz me ajudou a colocar os pensamentos em ordem e parar com aquele sonho besta de encontrá-la novamente, talvez ela pudesse estar mais perto do que eu imaginava, talvez ela estivesse mais longe do que minha mente alcançar.

Por que não conseguia tirar aquela noite da minha cabeça?

'Você tem ótimos assuntos, poderíamos conversar a noite toda sobre livros que não me cansaria!' seus olhos brilharam quando falou sobre aquilo.

'Você é realmente real? Obrigada por alegrar a noite que achei que seria uma tragédia' soei exagerado mas me senti bem arrancando uma risada de seu rosto.

Polaroid | JHOnde histórias criam vida. Descubra agora