Lilly Luna Potter narrando:
Saio da sala de Neville, ele me chamou para conversar sobre profissões que eu pretendo, quase confessei que não faço a menor ideia, porque até esse ano eu jurava que ia acabar me matando antes do sétimo, então nunca fiz grandes planos para o futuro até tudo começar a dar certo.
Ou melhor, até eu e Riley virarmos amigos e então começarmos a namorar.
E desde lá tenho vivido um dia após dia, sem grandes planos, o que talvez seja um erro, mas parecia uma das únicas perspectivas até hoje. E é bem óbvio que eu quero continuar no ramo da música e quem sabe escrever uma história sobre tudo o que aconteceu comigo para ajudar garotas ou garotos que enfrentam as mesmas coisas que eu enfrento... Quem sabe até dar aulas... É, parece algo legal.
E claro, ainda posso ter uma carreira no quadibol, mas confesso que isso me interessa menos do que fazer alguma coisa com música.
Afinal de contas posso até descontar minha raiva nos pobres balaços, mas é na música que eu me liberto.
–E aí, como foi? – Riley pergunta me segurando por trás e me encostando em uma das paredes.
–Esclarecedor – sorrio para ele – Acredita que até hoje não tinha pensando sobre o futuro?
–Bem, nesse ano ou nunca antes? – ele pede ainda com o sorriso nos lábios.
–Nunca antes, apesar de que isso soa como pleonasmo – ele faz uma careta – É que sabe, eu não tinha grandes perspectivas para o futuro e...
–E esse ano que você começou a ter alguma esperança preferiu viver um dia de cada vez? – ele tira um fio de cabelo dos meus olhos.
–É – dou de ombros – Mas agora eu acho que tenho uma ideia, e você?
–Bem, sempre pensei em ser auror ou medi-bruxo, mas no fundo no fundo eu só quero ser um astro do rock – ele deu um meio sorriso – O que é foda pra caralho ainda mais na sociedade bruxa e com os meus tios – ele revira os olhos.
–Mas agora você já é maior de idade...
–Exatamente, mas ainda não tenho acesso a minha herança, só depois que eu terminar Hogwarts, e nem renda própria – ele fez uma careta – Vou ter que aguentá-los por mais um ano.
–E se...
–Ei casal vinte – Hugo berra me interrompendo, meu primo tem um timing para chegar em horas legais – Nós temos ensaio, o show é depois de amanhã, lembram? - Meu coração dá um pulinho só com a menção disso e eu e Riley soltamos um suspiro.
–Já estamos indo – respondemos junto o que faz o sorriso de ambos voltar a se estampar no rosto. E então – obviamente – nos beijamos.
Riley Black Malfoy narrando:
Falar sobre o futuro nunca é uma tarefa fácil, ainda mais agora que tenho Lilly. Antes eu só pensava em ir embora, assim como Jack, me livrar do meu passado e ter uma vida longe da Inglaterra, mas agora quando penso em deixar minha terra me dá um apero do peito.
É claro que é por causa de Lilly, não sou idiota em achar que é porque algo mudou... Quer dizer algo mudou sim, eu mudei, virei alguém melhor, alguém que no fundo eu sempre fui e devo isso a ela. Não que seja isso que me segure assim, e sim o meu amor.
Mas... O fato de eu não querer ir embora é porque vejo um futuro para nossa banda. Fazer música está nas veias e na magia de cada um de nós e todos nós nos completamos. Posso sentir a energia fluindo de cada instrumento e de cada nota agora mesmo. E não existe nada mais mágico do que isso.
Ich Bin Nitch tem futuro e se nós tivéssemos uma oportunidade tenho certeza que o futuro de todos nós seria esse e posso ver no brilho do olhar de cada um aqui que isso é o que nós queremos fazer.
Ouvi uma frase algum tempo atrás que dizia que o que fazemos enquanto procrastinamos deve ser o que devemos fazer pelo resto das nossas vidas e é isso que eu, Lilly, Hugo e Jason devemos fazer.
Só precisamos de uma oportunidade.
É claro que Lils ainda precisa resolver os problemas com a mãe, mas não sei se isso tem solução, aprendi com a Tia Astoria que quando alguém não quer sair do estado de loucura a pessoa não sai. E sim, ser doente é a única explicação que consigo pensar para Gina ser do jeito que é.
Se não for por loucura então juro que pararei de entender a sociedade bruxa. Não que ela tenha muito entendimento já que os bruxos falam tanto dos trouxas, mas agem exatamente igual a eles. Talvez porque lá no fundo todos nós ainda somos humanos.
–Ei Riley – a música acaba e Lils me tira do estado de torpor – Eu acho que nós podemos colocar aquela música que escrevemos juntos.
–Qual delas? – peço tirando a guitarra e a colocando no suporte, enquanto vou até a minha pastas de músicas.
–Você sabe qual...
–Mas ela não é animada, achei que só iríamos tocar músicas animadas – falo olhando para a letra dela – Quer dizer, essa música é...
–Sobre todos nós e sobre algo que muitos da plateia precisam ouvir, podemos animá-los, mas no fim precisamos fazer com que chorem – Lilly deu um meio sorriso, acho que alguém está virando um pouquinho maldosa, não que eu esteja reclamando.
–Bem, por mim tudo bem, vocês querem Jason e Hugo?
–Na verdade, a ideia foi minha – Jason sorriu – Lágrimas sempre vão bem em um show, além do mais minha mãe falou que ás vezes esse tipo de música salva a sanidade de quem precisa.
–Ou acabam de vez com ela – Lilly respira fundo. Ela vai tocar aquela música para Gina como um último apelo.
–E se isso não der certo com ela Lils, o que você pretende fazer? – quem pede isso é Hugo, apesar de que eu estava prestes a perguntar o mesmo.
–Não sei, só sei que esse problema acaba no dia do show, não quero mais conviver com ele, é a única coisa que me incomoda além das memórias ruins – ela respira fundo – E eu não quero voltar ao que era antes, preciso me livrar desse passado.
Ela dá um sorriso, eu, Hugo e Jason nos entreolhamos. A garota ruiva parada na nossa frente não é mais a garotinha assustada de antes, muito menos a Lilly quebrada, ela é uma nova mulher, com cicatrizes é claro, mas ainda assim forte e com vontade de viver.
Lilly decidiu viver e ninguém vai tirar isso dela novamente.
E não há nada mais certo e indestrutível do que isso.
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A Minha Amada Potter
FanficLilly Luna Potter é a filha mais nova de Harry Potter, e deveria ser a queridinha de todos em Hogwarts, mas as coisas não são bem assim, ela é ridicularizada em Hogwarts, e excluída pelos próprios irmãos. Seus pais não percebem nada, e ela também nã...