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Styles

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Styles.

OLIVIA

Eu não me lembro de ter pegado no sono, mas quando acordei, eu não estava mais na mala do carro, e sim em uma casa, o teto era de madeira e apesar de raios de sol entrarem pelas frestas, o ambiente estava extremamente frio. Me sentei na cama e foi quando percebi que uma das minhas mãos estava algemada na cabeceira. Olhei em volta, não era bem uma casa e sim uma cabana, ou um chalé, possuía apenas um cômodo, onde se misturava o quarto, a sala e a pequena cozinha, e uma porta que provavelmente dava em um banheiro. Não havia mais ninguém ali a não ser eu. Se eu gritasse, alguém apareceria para me salvar? Ou eu estava em algum esconderijo no meio da floresta onde ninguém além do próprio Enigma conhecia a localização? Era difícil dizer, mas eu tentaria de qualquer jeito.

Dei meu primeiro grito de socorro, e quando estava presta a gritar novamente, a porta de entrada se abriu bruscamente. Liam passou por ela segurando uma sacola de papelão nos braços e uma expressão nada amigável no rosto.

– Vejo que acordou. Mas você sabe que gritar não vai adiantar de nada, certo?

– Onde eu estou?

Ele suspirou, frustrado. Colocando a sacola no balcão da pequena cozinha.

– Você não pensa antes de falar? Ou você realmente acha que eu responderia essa pergunta?

– O que você vai fazer comigo?

– Nada. Por enquanto. – Ele começou a desempacotar tudo o que tinha comprado, sem nem se importar em me dar atenção.

– Você não vai me matar? – Apesar do medo, era difícil não notar como toda essa situação estava estranha.

– Normalmente as garotas imploram para não morrer, mas você está pedindo por isso? Você é realmente diferente, Olivia Collins.

– Eu não estou pedindo! Mas você tão pouco está fazendo algo! O que? Todos aqueles joguinhos mentais, mortes e pistas foram para nada? Você sequer é mesmo o Enigma?

Ele parou o que estava fazendo e olhou na minha direção, sério. Minha última pergunta com certeza atingiu algum nervo para eu ter conseguido sua imediata atenção. Ele caminhou até a área da sala, que ficava em frente a cama, e pegou um frasco que estava em cima da lareira.

– Você fala demais!

Ele tirou um lenço do bolso e o molhou com o liquido do frasco, que só poderia ser clorofórmio ou algo do tipo para me fazer desmaiar.

– Não...

Ele apertou o lenço contra o meu rosto e assim que inalei o cheiro forte, eu apaguei. Acordei um tempo depois com a visão totalmente embaçada e a mente ainda confusa. Tudo parecia estar girando. Não me lembro de muito coisa, apenas flashes de Liam falando ao celular e a palavra "tempo" se repetindo várias vezes, mas eu nunca conseguia entender o que ele falava. Quando recobrei totalmente minha consciência, eu estava sozinha novamente.

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