55 - Happy New Year (Último)

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Feliz Ano Novo

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Feliz Ano Novo.

HARRY

No F.B.I. tínhamos um tratamento para quando estávamos com dor ou precisávamos liberar estresse. Não era nem de perto o tratamento certo para perda de memória, mas tempos de desespero pedem medidas desesperadas. Então quando anoiteceu, mandei uma mensagem para Shawn, pedindo que ele me encontrasse no hotel e que trouxesse gelo, sacos e mais sacos de gelo.

– Cara, tem certeza que quer mesmo fazer isso? Nesse tempo? Fazíamos isso no verão, não no inverno, e especialmente não durante os dias de neve, usávamos água quente. – Shawn questionou, preocupado, enquanto despejava o gelo dos sacos dentro da banheira do hotel.

– Água quente nunca funcionou para mim. – Expliquei, me despindo até ficar apenas com a boxer. – Eu preciso que você faça algo por mim. – Ele terminou de despejar todos os sacos e me encarou. – Eu preciso que você me segure lá embaixo.

– O que? – Se espantou. – Harry, isso é loucura!

– Se isso vai me ajudar a lembrar, é o que eu preciso fazer. Eu não posso perder a Olivia. – Expliquei.

– Você não fala comigo há mais de um ano, não liga nem manda mensagem, e do nada volta e me pede para eu te afogar? É isso mesmo? – Perguntou, acidamente.

– Me desculpe por isso, e por tudo. Eu só me imergir em tudo o que eu precisava fazer na Inglaterra, e tentei deixar todo o resto pra trás, toda a minha vida, meus amigos, até você, que era como um irmão para mim. Foi minha culpa, eu sei, e eu sinto muito por isso, do fundo do meu coração.

– Era como um irmão? – Ele arqueou a sobrancelha, abandonando a postura irritada.

– Ainda é, se eu estiver desculpado... – Deixei a frase no ar, e lhe estendi a minha mão, esperando sua resposta.

– Vai precisar ralar para eu desculpar totalmente... mas irmãos brigam, não é mesmo? – Ele sorriu, aceitando o meu aperto de mão, e o emendando em um abraço nele.

– Obrigado, parceiro.

Dei alguns tapas em seu ombro em meio ao abraço, então nos afastamos.

– Então, por quanto tempo você quer que eu te afogue? – Foi direto.

– Até o meu limite... só não me deixa morrer, ok?

– Ok. – Ele bateu uma rápida, e diria até que um pouco sarcástica, continência.

Revirei os olhos, não ligando, e então coloquei a primeira perna dentro da banheira. A água estava extremamente congelante. E como eu não fazia isso há uns três anos, tinha perdido completamente a minha resistência. Coloquei a outra perna para dentro, e então me sentei, afundando meu corpo todo, exceto minha cabeça.

– Pronto? – Perguntei. Shawn se posicionou atrás da banheira e colocou suas mãos em meus ombros.

– Pronto. – Afirmou. – Vou contar até três. – Eu assenti, concordando. – Um... dois... – Respirei fundo e prendi a respiração. – Três.

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