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Encontrada

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Encontrada

OLIVIA

Assim que eu ouvi o som de chaves do lado de fora, fechei os olhos e fingi que ainda estava dormindo. Ouvi a porta abrir e fechar, e então o som de pegadas se aproximando.

– Ela ainda está dormindo. – Era a voz de Liam. – O que eu devo fazer?

Meu corpo todo tencionou com o pensamento de que havia outra pessoa aqui com ele, possivelmente o real assassino. Mas após um período de silencio, percebi que ele estava falando ao celular... ou no pior das hipóteses, falando sozinho. Senti o colchão afundar perto dos meus pés e deduzir que ele havia se sentando na cama.

– E quando você vem? ... Isso é tempo demais! Você... – Ele se irritou, mas parou de falar, como se tivesse sido interrompido ou repreendido. – Me desculpe, eu sei. Eu entendo, senhor. E eu estarei esperando... Tchau.

Abri um pouco os olhos, rapidamente, e vi que ele continuava sentado, mexendo no celular, voltei a fechar os olhos, e esperei até ele se levantar e eu ouvir a porta do banheiro abrindo e fechando, para abri-los novamente. Olhei em volta, para ter certeza que ele estava no banheiro, e então os meus olhos pairaram na cama, perto dos meus pés, onde ele havia deixado o seu celular. Era a minha chance. Talvez a única que eu teria.

Com os meus pés, alcancei o aparelho e comecei a subi-lo pelo colchão. Consegui deixa-lo na altura do meu joelho, então me sentei na cama, e usei os pés novamente para traze-lo ainda mais para cima. Consegui deixar próximo do travesseiro, mas não conseguia alcança-lo com as minhas mãos algemadas. Me virei o máximo que consegui, me sentando de lado, e então coloquei o celular entre os meus dedos do pé e levantei o pé até que alcançasse a minha mão. Assim que peguei o celular nas mãos, olhei para a porta do banheiro, para ter certeza que não havia alguma movimentação, mas eu ainda conseguia ouvir o som do chuveiro, então apertei o botão para acender a tela. Como eu não tinha a senha, apenas entrei na discagem de emergência e liguei para a polícia.

– 911, qual a sua emergência? – Uma mulher falou.

– Meu nome é Olivia Collins. Sou filha do delegado David e fui sequestrada pelo serial killer Enigma que é o Liam, por favor mandem ajuda!

– Olivia, fique calma. Estamos rastreando a ligação nesse exato momento e assim que possível, mandaremos viaturas para esse lugar. Onde o Enigma está?

– Ele está no banheiro. Eu consegui pegar o celular, mas não tenho tempo...

Notei que o som da água do chuveiro parou e joguei o celular no colchão imediatamente, o empurrando para debaixo do travesseiro com o pé. Então me endireitei na cama e me deitei novamente. Liam saiu no banheiro na mesma hora, enrolado em uma toalha da cintura para baixo, enquanto com outra menor, ele secava o cabelo.

– Você acordou. Já era tempo. Trouxe comida, se quiser. – Apenas em ouvir a palavra "comida" meu estomago roncou. Eu estava com tanta fome. No entanto, não falei nada. – Vai me dar um gelo? Está irritada? – Perguntou sarcasticamente.

Enigma | H.SOnde histórias criam vida. Descubra agora