Pedidos de ajuda

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Eu odeio quando você está triste. Odeio quando não posso te tocar. Odeio poder não te olhar nos olhos e dizer "vai ficar tudo bem". 

Por um tempo eu acreditava que todas as suas cicatrizes iriam ser costuradas.
Só que daí a diante, eu percebi que você tinha medo de agulhas, tinha medo de ninguém poder te costurar. Então, eu mesma, com meu medo de coisas afiadas, costurei seu pequeno coração. Ele parecia tão morto, mas também tão vivo. Para ele, não existia um lado.

Era de se esperar, que você fosse correr atrás de mim para contar os problemas e desfechos, e aquilo me deixava madura. O seu sorriso não se desmanchava e seus lábios não se calavam, nossa sintonia era boa pra caralho. 

Como o tempo é o melhor remédio, ele propôs que deveríamos nos distanciar, ele nos deixou em pé, frente a frente, cara a cara, pensamentos a flor da pele, almas atingidas por emoções.
Foi simples, foi doce.

Nos encontramos depois de meses, e você continuava o mesmo, e eu não era mais a mesma. Era diferente. Mas não tão triste. Era livre. Era emotivo. Era extremamente significativo. Estávamos felizes, finalmente.

Eu, você e minhas pílulasOnde histórias criam vida. Descubra agora