The Curse Of The Mystical Realms

Capítulo - 2

O cheiro de feno incomodava o meu nariz por conta do saco em meu rosto, não sei dizer exatamente á quanto tempo nós estávamos dentro da carruagem ou onde estávamos, tanto Amanda como eu não pudemos ver nada, só tínhamos certeza de uma coisa, nada fazia sentido, as roupas de Niall, esses homens estarem usando armaduras, além do fato de que falavam sobre rei, castelo e o lance de salvadora, não consegui nem salvar a princesa do Mario Bros, como irei salvar alguém? Povo maluco.

Meus pulsos estavam começando a se cortar por conta das amarras que Niall fez, a todo tempo procurava um jeito de me soltar, mas parecia impossível.

− Um quilo... Um quilo... Um quilo de carne – resmungava Amanda.

Não tive certeza em qual canto ela estaria então apenas levantei a cabeça.

− O que você está falando?

− Se eu vou morrer que seja cantando Um quilo de carne.

− Mas isso nem é musica, sua maluca.

Não iria discutir isso com ela, principalmente porque havíamos parado. Pude ouvir quando a porta foi aberta e alguém com armadura entrou, o ferro batendo contra a madeira era algo impossível de confundir. Estava ficando agoniada de não poder ver nada, imaginei mil e uma coisas que poderia estar prestes a acontecer e naquele momento senti quando as mãos de alguém tocaram minha perna e me desamarrou.

Fui posta em pé, mas ainda com as mãos amarradas e sem poder ver absolutamente nada, me guiaram o que deveria ser para fora da carruagem, pois a luz fez com que pudesse ver levemente o ambiente em que estava, era difícil de explicar, mas parecia um tipo de jardim trilhado por pedras.

− O que essa garota está fazendo aqui e o que aconteceu com as roupas dela? – alguém perguntou.

Minhas roupas? Qual o problema com minhas roupas?

− Encontramos ela e uma outra na carroça de um traitor, mas ele fugiu antes que pudéssemos capturar.

Um silêncio se instalou no ambiente, o modo com que se referiu a minha amiga me fez pensar que já a tinham levado para outro lugar. A luz do sol invadiu meu rosto quando o saco foi retirado. Por reflexo fechei os olhos, mas logo os tornei a abrir. Havia um homem a minha frente com uma faixa no peito contendo um símbolo de uma espada, tanto a parte de cima como a de baixo das roupas eram azul escuro.

Se aproximando mais o homem pôs a mão sobre meu queixo e levantou o mesmo para que pudesse me olhar bem.

− Você é uma traitor também? – perguntou o mesmo de modo calmo, seus olhos claros da cor de mel se reluziam com o sol, seu rosto tinha traços delicados, o cabelo tinha um tamanho médio e foi penteado de modo que ficasse com um leve topete.

− Não, minha amiga e eu estamos perdidas, se você puder me dar um celular posso ligar para meus avôs e vamos embora.

− Celular... – repetiu, fazendo com que eu ficasse confusa.

Apenas concordei com a cabeça e dei uma olhada por cima de seu ombro. Só podia ser outro dos meus sonhos malucos, não teria outra explicação, a trilha de pedras sobre meus pés davam caminho para um enorme castelo, era exatamente como nos filmes, sobre as pontas de cada torre havia uma bandeira com o mesmo emblema do peito desse guarda. O azul estava presentes nas tonalidades do castelo junto ao tom bege, uma estatua de um homem usando uma caroá estava posta ao lado de uma das torres contendo quase o mesmo tamanho.

− Não temos tempo para isso agora, amanha é a cerimônia de premiação do príncipe – ele falou para os homens de armadura – leve para a masmorra com os outros pecadores e depois decidimos o que fazer com ela.