Capítulo 3: O despertar do mal.

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6 horas da manhã é a hora em que todos os dias tentamos acordar, agora são poucos os que realmente gostam e veem algum prazer em acordar neste horário.
Felipe tomou um susto com o despertador de seu celular, fazendo com que o mesmo caísse da cama.
Levantou se, viu que eram 6 horas em ponto, começou aquela velha rotina semanal, ajeitou a roupa, tomou banho, escovou os dentes, tomou café, organizou o material da escola e olhou para o céu, orou rapidamente pra Deus e resolveu levar o violão consigo ao colégio e usar o colar.
Ao chegar a escola, Jaqueline chegou até ele e disse que ficou sabendo do ocorrido no dia anterior e perguntou à Felipe se ele realmente gostava dela.
Felipe não sabia como agir diante daquela situação, sua respiração se tornou mais tensa, suas pernas tremiam, mas, num instante de coragem, respondeu que gostava e muito dela,
daí Jaqueline havia pedido pra ele ser o namorado dela, ele não pensou duas vezes.
E foi um relacionamento bom, daqueles dignos de contos de fadas, porém como nada é perfeito na vida de Felipe, após eles completarem 1 ano de namoro, no dia das olimpíadas escolares, Felipe estava motivado por Jaqueline e a ela promete ganhar todas as modalidades possíveis do colégio e dedicar o prêmio a ela, e por mais incrível que seja, mesmo Felipe sendo ruim em quase tudo que fazia, ele conseguiu cumprir com a sua promessa.
Quando Felipe sobe ao Pódio de premiação, improvisado pelos professores que organizaram este, para tirar uma foto com a medalha de ouro na mão, Jaqueline diz a frase que, nenhum casal jamais quer ouvir...
"Não estou mais com você!". Esta foi a frase que transformou o sorriso de Felipe num sorriso falso, daqueles esboçados por políticos em época de eleição.
Ao tirar a foto, Felipe pulou rapidamente do pódio e seguiu atrás de Jaqueline, e perguntou:
---- Porquê você não está mais comigo?
---- Você é simplesmente chato! E com esta resposta, Jaqueline sai daquele local, deixando Felipe falando sozinho.
Felipe vai pra casa, arrasado, sem nenhum tipo de alegria em seu rosto, mesmo tendo conquistado o ouro nas olimpíadas, saber que Jaqueline não estaria mais com ele foi um puto banho de água fria nele, quando chegou em casa, postou se em sua cama e desabou em lágrimas, parecia um dilúvio humano, mas chorava em silêncio, para que ninguém notasse sua angústia e suas lágrimas.
Vendo isto, Corona se manifesta e, a primeira pergunta que ele faz é:
---- Tu já feio rindo, mas chorando é a prova viva de que tudo pode ficar pior do que realmente é
Felipe com raiva diz:
---- Se for pra me xingar, volte para o violão e me deixe em paz!
Corona dando risada, mas mostrando estar preocupado com a situação em que Felipe se encontrava, fez o seguinte comentário....
---- Vai me dar este achocolatado né? Dizia Corona olhando para o achocolatado na mesa como um cão olha para uma máquina de galeto.
---- Pega Corona! Diz Felipe encarando a ele com uma expressão de desgosto.
Então, Corona ao tomar o achocolatado, faz uma expressão de prazer e diz...
---- Que delícia! Agora estamos conversando. O que vou dizer agora, pode não ser do seu acordo, mas será para o seu bem, nada vai te bater tão duro e forte quanto a vida, ela não é justa, essa mina que você diz amar é a primeira estou certo?
---- Sim. Responde Felipe ainda triste.
---- E é a primeira garota que você quebra a cara e provavelmente não será a última, porém, enquanto você for você, o mundo pisará em você da mesma forma que se pisa em uma barata, agora, tome cuidado com quem e para quem você dedica seus sentimentos, sentimentos nos tornam vulneráveis e uma vez que alguém tem conhecimento disto, você se torna um alvo fácil de ser derrubado!
---- Caramba! Diz Felipe ao enxugar às lágrimas do rosto... Vou começar a te dar mais achocolatado.
---- Isto é um pedido de amizade? Diz Corona com brilho nos olhos...
---- Você quer ser meu amigo? Diz Felipe com sinceridade e carinho por Corona...
---- Tudo bem, mas tem uma coisa... Diz Corona com entoação mais crítica.... Não pense que serei seu amigo que vai lhe bajular ou até mesmo lhe dar falsos elogios pra lhe dar um sentimento "Ersatz" certo?
---- O que é Ersatz? Pergunta Felipe admirando se ainda mais a medida que conversava com Corona....
---- É uma palavra para descrever tudo aquilo que te dá uma falsa sensação de qualquer coisa.
Aprendi esta palavra enquanto lia um livro sobre uns órfãos desgraçadamente azarados por vida.
---- VOCÊ LÊ?! Pergunta Felipe espantado com o que ouvira....
---- Todo santo dia! Disse Corona coçando a barba com um ar de sabedoria prepotente.
E Felipe, ficando ainda mais intrigado com o que ouvira perguntou:
---- As pessoas podem te ver?
---- SÓ em 4 ocasiões: A primeira, quando alguém, seja homem ou mulher, tem um coração cheio de maldade;
Segundo: quando é um possuidor de uma das peças do destino;
Terceiro: Quando está perto da morte.
Quarto: quando você, que é o meu controlador permite que ela possa me ver
---- E como faço isto? Indagou Felipe...
---- Simples! É só pegar um pouco do seu sangue, mais ou menos uma gota e passar nela ou se você preferir, dizer olhando nos olhos dela... "Surpresa!", daí eu darei a honra desta pessoa ter a mim em tua presença.
---- Porquê você não aparece pra todos?? Questionou Felipe novamente?
---- Antigamente até aparecia, porém, o povo não mede esforços pra ganhar dinheiro, já me pegaram uma vez na rua, me confundindo com um anão e tentaram me vender no mercado negro, daí não tive escolha a não ser me esconder na minha Destiny Beast e esperar pelo meu escolhido, no caso...(bate uma expressão de desgosto em Corona) você.
---- Pera aí! Diz Felipe, agora mais curioso que triste.... Então você está me dizendo que não foi por acaso eu ter achado aquele violão e ter conhecido você?
---- Meu bambino... Diz Corona com um pouco de carinho e deboche, cada peça do destino tem sua condição restrita, a minha condição era encontrar alguém que tivesse esperança de um mundo melhor, fosse puro de coração, acreditasse no amor e que acertasse às perguntas daquele velho desgraçado. Você pode até ser esperto e acertar às perguntas daquele velho alcoólatra, contudo, se você não tiver as condições impostas por mim e pela minha Destiny Beast, a alma desta pessoa é sugada, deixando apenas o casco dela vagando sem sentido na terra.
---- Caramba!!! Felipe viajou por uns instantes, imaginando o evento que Corona descrevera em sua mente.
---- Mas, amanhã irei contigo a essa tal de escola que vocês humanos tem que ir... (diz Corona, curioso pra estudar ainda mais os seres humanos e seus ambientes de encontro).
---- Tudo bem, mas não faça nada que eu não faria. Diz Felipe concordando com a ida do novo amigo ao colégio.
---- Não se preocupe comigo... Diz Corona tentando manter a seriedade, mas rindo muito por dentro... apenas faça o que você sempre fez para que eu possa ver o que faço com você.
---- Tudo bem.... Diz Felipe olhando bem para Corona acreditando no que ele havia dito. Tenha uma boa noite maninho.
---- Você também bambino... Diz Corona, vendo que Felipe já não estava com tanto medo dele quanto antes, passando a sentir um pouco mais de confiança.
Enquanto ambos dormiam, bem longe dali, numa das antenas de alta tensão, um ser, magro, de olhos puxados, com um cabelo lambido observava atentamente aos eventos que acontecia e, dando um sorriso bobo, pensou... "mais uma das bestas foi despertada, isto está ficando melhor do que eu imaginava!".
No dia seguinte, Felipe acorda com alguma coisa no seu rosto, quando percebe, é Corona que está com a bunda em cima dele, fazendo uma dancinha bem humilhante, pelo menos para Felipe...
--- Acorda logo bela adormecida ou iremos nos atrasar! Diz Corona já puto e sacaneando ainda mais Felipe.
--- Ahhhhhhhhh nojento!!!! Grita Felipe assustado com aquela atitude e jogando Corona no chão.
---- Hahahahhaha! Ri Corona bem alto em tom de gozação. Onde está o teu senso de humor bambino?
---- Não é fácil ter senso de humor quando se tem uma bunda fedida na sua cara logo ao acordar droga!
---- Okay... Diz Corona tentando conter o riso... Vamos a escola, pois há muito estudo a ser feito e se não estudarmos, não terei conhecimento suficiente para ganhar poder e ficar ainda mais forte.
---- Certo Corona.
Felipe ajeitou se rapidamente e Corona voltou para o violão, comunicando se com Felipe através do colar que o mesmo passou a usar
No caminho de sua casa, ainda lembrando do término de seu relacionamento, voltou a ficar triste, mas, para aumentar ainda mais a sua frustração, um cachorro, da raça Pastor Alemão, de grande porte, espumando muito, ataca ferozmente Felipe, que só teve o momento de colocar o braço na frente para que o bote do cachorro não atingisse seu rosto.
Vendo aquilo acontecer, Felipe olha nos olhos do Cachorro e diz "Surpresa", a expressão que Felipe tinha, que era de extrema tristeza e medo mudou num piscar de olhos para uma expressão Psicótica, maléfica, mostrando que ele estava gostando e muito da dor que aquela mordida oferecia, daí ele disse olhando nos olhos do cachorro...
---- Já que você gosta tanto de morder... Diz Felipe com muito ódio e sadismo nos olhos... Vou te ensinar que nem sempre é dia de caçador. Adeus!
Então, com o braço ainda entre os dentes do cachorro, pressionou o contra a mandíbula dele bem forte, até que a pressão quebrasse a mandíbula e separasse a parte de cima da cabeça do corpo do animal.
Quando a dona do cão avistou aquela cena ela gritou...
---- NAAAAOOOO!!!!! ERA SÓ UM FILHOTE!!!
---- Dá próxima vez dona... Diz Felipe, mas sendo controlado por Corona... Tenha em mente que cachorros grandes, mesmo sendo filhotes, estejam bem presos para que este tipo de evento não aconteça novamente.
A mulher, sentindo a presença pesada e doentia de Corona, saiu daquele local, deixando o corpo do cachorro para trás sem nem pensar duas vezes.
Vendo que a situação já não oferecia mais perigo, Corona deixou o corpo de Felipe que, quando voltou a si, se deu conta do que estava acontecendo, começou a vomitar e entrou em pânico ao se deparar com o estado que seu braço se encontrava.
Então, Corona vendo os ferimentos que estavam no braço de Felipe, pegou a chave que estava no bolso dele e deu uma lambida nela, logo em seguida, passou a chave molhada de uma saliva verde no braço e, à medida que ele ia passando, o machucado ia se fechando e a dor diminuindo, até que o ferimento se fechasse por completo, deixando apenas as cicatrizes.
Quando Felipe viu tudo aquilo, em extrema aflição, olhando para Corona ainda mais chateado diz:
---- Agradeço a atitude boa que teve por mim, mas isto não justifica o fato de você matar um cachorro!
Ao escutar tal frase, Corona, emputecido, porém, sem perder a postura, diz:
---- Não fiz isto por você! Fiz isto por mim, pois, se eu morrer, você ficará livre, mas, se você morrer, eu morro! E mais um detalhe: apenas estou executando a minha pesquisa e pelo que eu vi, aquele cachorro não era normal, contudo, vamos ao colégio, para tentar te dar uma educação, já que além de burro, é mal-agradecido.
Chegando ao colégio, o sinal de entrada já estava soando, dando apenas 5 minutos de tempo para que Felipe entrasse no colégio, com medo de não conseguir entrar no colégio, Felipe corre o mais rápido que pôde para entrar no colégio, quando ele cruza a entrada, alguém coloca o pé subitamente em sua frente, fazendo com que ele caísse de mal jeito no chão e se ralando todo, por pouco não feriu o rosto, ao se levantar, Tommy olhava pra ele e rindo muito disse:
---- Como é sentir gosto de terra hein fracassado?
Após ter dito isso, Tommy saiu de lá rindo do ocorrido, juntamente com três meninos que o seguiam pelo colégio como se ele fosse uma espécie de Deus daquele ambiente.
Corona, olhando fixamente para os meninos, com sadismo em seu rosto e pensando algo sobre eles, foi interrompido bruscamente por Felipe que, aflito, pedia:
---- Corona! Me ajuda!! Estes machucados doem muito!
Em contrapartida, Corona disse:
---- Mesmo se eu quisesse, não posso te ajudar, pois, há algumas restrições nos meus poderes...
E dando um sorriso daqueles sem jeito ainda diz:
---- Neste caso mesmo, não posso curar ferimentos que não foram causados por mim, pois, se fosse assim, as coisas seriam muito fáceis de serem feitas, sem contar que estes machucados só foram causados a você porque você deixa. Qualquer coisa eu já te ensinei como funciona a relação entre nós. É bem simples.
---- Tá Certo! Diz Felipe extremamente bravo e sentindo muitas dores no braço, que estava bem ralado
Antes de ir pra sala de aula, Felipe havia ido ao banheiro, para lavar os machucados com sabonete líquido, lavar o rosto e tentar deixar a roupa menos suja possível.
Ao ir pra sala, sentou na sua banca, ficou lá, refletindo alguns dos momentos bons que tivera com Jaqueline, por mais que a professora tivesse falando bem alto na sala com os alunos, mais a aglomeração de vozes que permeava naquele ambiente, Felipe estava totalmente aéreo, perdido em seus pensamentos, enquanto que Corona já estava puto com toda aquela algazarra sonora, tapava os ouvidos fortemente para ver se abafava um pouco o som.
Felipe voltou a si quando o sinal para o intervalo havia tocado, ao mesmo tempo, Corona se sentiu bem aliviado ao saber que o barulho havia acabado, por conta da manada de alunos correndo avidamente para o refeitório como se fossem leões atrás de um carro arrastando um pedaço bem grande e suculento de carne.
Ao chegar na fila da merenda, ficou um pouco animado novamente, ao ver que era um dos seus cardápios prediletos, arroz branco bem solto, feijão carioca bem feito, macarrão com tempero bem rico e bem cozinhado, uma salada bem colorida com cenouras raladas, pepinos, folhas de alface bem feitas e temperadas no vinagre, sal e tempero próprio para saladas, de sobremesa, maçã e por incrível que pareça... Achocolatado!
Corona quase teve um infarto ao ver a caixa cheia de achocolatados, nunca havia babado tanto quanto babava naquele momento.
Quando Felipe havia pego a bandeja e pego a quantidade de comida que iria consumir, mais o achocolatado, só faltava pegar a maçã, fruta que ele amava comer e que se encontrava em uma caixa cheia delas, encontrada no meio das duas filas.
Distraidamente, Felipe foi tocado em sua mão por outra, na tentativa de pegar a maçã.
Quando olha, é Jaqueline, olhando pra ele e tirando a mão da dele no mesmo instante, fazendo com que ambos ficassem sem jeitos e Felipe saísse dali no mesmo instante com a bandeja portando a sua merenda e tentando conter o choro.
Ao sentar na mesa, ele, ainda desolado, ficou olhando para o prato, brincando com o macarrão, para o lado e para o outro, enquanto que Corona ficava namorando o achocolatado.
---- Pode pegar Corona! Disse Felipe olhando para ele esboçando um sorriso medíocre, porém sincero.
---- Valeu mesmo bambino! Diz Corona ao pegar o achocolatado nas mãos como se um fosse um Oscar dado a ele.
---- Meus Deus Corona... Diz Felipe, colocando a palma da mão na testa enquanto via Corona fazendo uma dancinha bem cômica e tomando o achocolatado ao mesmo tempo, mostrando claramente o prazer que sentia ao beber achocolatado...
---- Porquê você gosta tanto de achocolatado??
---- Veja bem... (diz Corona, ao voltar a sua postura, cessando aquele momento cômico propiciado por ele), cada um de nós tem um desejo único de cada um, eu mesmo me sinto extremamente em ecstasy quando tomo achocolatado, é como se eu tivesse chapado de cachaça ou tivesse com muita sede e tivesse acabado de tomar um daqueles copos enormes de um bom suco de maracujá ou até mesmo água.
---- Entendi... Disse Felipe observando a Corona como se estivesse vendo uma criança de 6 anos cheia de imaginação.
O sinal toca novamente, Felipe enxuga o rosto, ainda molhado de lágrimas perante aquele evento que acontecera, mas sendo animado por Corona por conversarem sobre os gostos e manias peculiares dos espíritos guardiões.
Ao entrar na sala, Tommy esperava a Felipe com um olhar de anciosidade, ao mesmo tempo que socava uma das mãos contra a palma da outra, soltando a seguinte frase....
---- Olha aí! Preparado para mais uma surra diária Felipe?
E Felipe diante daquela pergunta, responde de forma aflita:
---- Olha Tommy, pelo menos hoje, me deixa em paz, é só o que estou lhe pedindo, outro dia se você quiser me xingar, me zoar, me rebaixar ou qualquer outra forma de denegrir uma pessoa... Ótimo...
Felipe mal terminou de falar e já foi agarrado por Tommy, que o prendeu rapidamente contra a lousa, numa fração de segundo, Felipe lembrou rapidamente do que Corona havia dito e, juntamente com a raiva, olhou nos olhos de Tommy e disse:
---- Corona manda lembranças!
Felipe baixou a cabeça por causa de um cascudo que Tommy havia dado nele e, no mesmo instante, levantou a cabeça com aquele mesmo sorriso maquiavélico, agora como se estivesse esperando por aquele momento.
---- Porquê você está rindo Felipe? Disse Tommy, se preparando parar dar outro soco em Felipe, que, num instante, desferiu um soco tão forte e tão potente nos peitos de Tommy que mais parecia com uma voadora, fazendo com que o mesmo, por conta do impacto, arrastasse seis bancas e cadeiras em sequência, finalizando aquele momento com um choque contra a parede e ainda levando uma pancada de uma das cadeiras que veio em sequência por conta do mesmo impacto.
O professor, que havia acabado de chegar a sala e vendo toda aquela situação, pegou no ombro de Felipe que, ainda sob controle de Corona, olha para o professor com extremo ódio nos olhos e com aquele semblante sádico no rosto.
Rapidamente o professor diz:
---- Calma Felipe... E ainda calmamente continua... Vá no banheiro, lave o rosto , vá até a diretoria, pode dizer que eu te liberei da minha aula, não se preocupe, não colocarei falta e ainda te darei dois pontos pelo feito, muito gente queria ter moral pra este valentão mas só você fez isto.
---- Tudo bem professor... Disse Corona, ainda no controle do corpo de Felipe pedindo licença para se retirar dali.
Quando Corona já se encontrava fora do colégio, resolveu deixar Felipe voltar ao normal e, quando Felipe viu o estado da sua mão, que Corona usara para bater em Tommy, tomou um susto e já disse logo:
---- Bóra Corona!!! Me ajuda a curar o meu braço!
Corona então pegou a chave, enrolou a em todo o braço que se encontrava machucado, cuspiu em cima do braço e deu uma esticada na chave, quando viu que o braço já estava ficando roxo, Corona disse um rito em voz alta numa língua estranha e, do ferimento, começou a sair luzes fortes e, quanto mais forte eram as luzes, mais curado o ferimento se tornava.
---- Nossa! Diz Felipe impressionado com o estado que o seu braço se encontrava neste mesmo instante.... É como se eu nunca tivesse me ferido.
---- Mas... Disse Corona, analisando bem o braço de Felipe com um olhar crítico.... A minha restrição ainda segue e pelo que eu vi, tem uma cicatriz no seu cotovelo que não foi causada por mim ou por qualquer atitude minha e por causa disso, a mesma não foi curada.
---- Caramba. Diz Felipe frustrado, pensando que havia se livrado daquela cicatriz horrível que havia conseguido aos 8 anos de idade, por tentar pegar "bigu" na traseira de uma Kombi, daquelas cortadas no estilo caminhonete, usada pra vender água e que, naquele momento estava em alta velocidade, fazendo com que Felipe se jogasse dela pra sair e, de mal jeito, bateu com o cotovelo na guia da calçada, fazendo com que o seu osso do antebraço saísse pelo cotovelo, quebrando brutalmente o seu braço.
Corona, olhando para o garoto, que estava triste com a cicatriz, diz:
---- É Felipe, nada é perfeito, mas veja pelo lado bom, você ao menos tem uma cicatriz e está vivo, pior é se você não tivesse nenhuma cicatriz e fosse morto em vida.
Quem tem cicatriz e está vivo, com certeza tem história pra contar. Você deve ter orgulho dela. Agora vamos pra casa, pois temos um longo trabalho a ser feito.
Felipe voltou a ficar alegre e seguiu Corona até a sua casa, e, um pouco distante dali, na ponte do Anhangabaú, o ser, observando atentamente o ocorrido, disse:
---- Esta Destiny Beast é mais poderosa do que eu imaginava, isto está ficando perfeito, agora só me falta encontrar 6 das 8 criaturas.
E sai de lá, rindo bem alto enquanto andava pela ponte do Anhangabaú.

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