Capítulo 5 - Um anjo doentio no céu.

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No dia seguinte, por volta das 5 da manhã, Gaby sentiu um beijo estalado em sua testa, por estar acabando de acordar e estar sem seus óculos, pensou que fosse sua mãe, porém, ao colocá – Los, percebeu que KILLPOM é quem beijava a mesma, como uma espécie de saudação ou coisas deste tipo.
---- Por um instante, pensava que tudo isto fosse um sonho ruim. Disse Gaby, vendo que, os eventos do dia anterior eram reais.
KILLPOM, vendo que a garota já havia aceitado aquela situação, resolve então dizer uma coisa que deixaria Gaby feliz e ao mesmo tempo aflita, pois saberia dos eventos que passará por conta de sua escolha, ingênua, porém própria.
---- Isto que você está vendo é simplesmente você... (e dizendo isto, dando a entender que já tinha algo em mente continua), só que eu sou uma parte sua que você quer alcançar, contudo, pra chegar aonde estou, você terá que aprender muito e talvez fazer coisas que você jamais queria ter feito, porém, vou te dizer uma coisa, que espero que você leve pra sua vida toda....
Você só deve se arrepender daquilo que você não fez, pois, se deu certo, é lucro, se deu errado, é aprendizado.
---- Uooou! Disse Gaby, enquanto batia palmas ao ouvir tudo aquilo e logo em seguida pergunta:
---- Espíritos tem amigos?
Ao ouvir isto, KILLPOM fica um pouco triste, pois passa a ter um flashback de suas eras passadas, lembranças não tão boas de serem resgatadas, mas que veio mediante aquela questão, vendo que as mesmas eram fortes, não se conteve e deixou uma lágrima cair de seu olho direito.
Ao tocar o chão, na parte atingida, nasceu flores azuis com um fruto e um cheiro muito bom, lembrava muito o cheiro de sorvete de groselha que estávamos acostumados a tomar na infância.
Conseguindo engolir o choro a seco, responde:
---- A consequência de ser perfeita é que você não consegue ter amigos de verdade, mas, um dia saberei o gosto de ser verdadeiramente amada, saberei o que é ser autêntica e não julgada, louvada ou até mesmo invejada pelo que possuo.
---- Você quer ser a minha amiga Kill? Diz Gaby, um tanto quanto comovida com o que KILLPOM dissera, porém, ao olhar pra ela, Gaby pensa algo como “Meu Deus”, no mesmo instante em que posta a sua própria mão na testa, mostrando um pouco de indignação com o que vira.
---- VOCÊ ME CHAMOU DE KILLL??! Diz KILLPOM, enquanto fazia uma expressão de pura fascinação, dando a impressão de que a mesma estava se sentindo como um verdadeiro pinto no lixo.
---- Chamei sim. E perguntei se você quer ser minha amiga.
KILLPOM não se conteve e pulou em cima de Gaby, abraçando a, numa extrema felicidade e saindo daquela postura militar que aparecera logo no começo, apesar de seu tamanho titânico, se portava naquele momento como uma menina de 7 anos de idade que acabara de ganhar seu primeiro presente de aniversário, ou até mesmo ter ganhado um cachorrinho.
---- Sim, sim, sim, sim!!!! Diz Kill, ainda em ecstasy com o pedido.
Gaby, vendo que tinha que ir ao colégio, conteve Kill e, ao esboçar um sorriso, disse:
---- Tudo bem então, agora, fique à vontade no meu quarto, irei ao colégio, diferente de você, meus “poderes” são minhas habilidades geradas através de muito esforço, estudo e dedicação.
---- Quero ir com você! Disse Kill, e, batendo o dedo indicador contra o outro e de forma tímida ainda diz:
---- Não farei nada de errado, apenas quero ver como é a rotina de vocês, também estou procurando algumas pistas do nosso primeiro inimigo.
---- Tudo bem então. (Diz Gaby, enquanto ajeitava o restante do material e a roupa para seguir sua rotina diária) Vamos lá?
E KILLPOM diz ainda mais alegre:
---- Com certeza!!!
Às duas então saem juntas, felizes e conversando sobre muitas coisas, como se de fato se conhecessem a muito tempo.
E, do Centro de Garanhuns, bem distante dali, mas como se as seguissem bem de perto, sorrateiramente, a visão do homem oculto estava a analisar cada segundo daquele evento sórdido que acontecia e dizia pra si mesmo “Até o momento, esta guardiã não me pareceu grande coisa, mas não posso dizer muito ainda, por ela ser conhecida como a Deusa da guerra, não levaria este nome a toa. Ela me parece ser bem interessante hehehe.”.
Gaby, conforme andava até ao colégio, seguida de KILLPOM, ouviam se notícias vindas de um rádio de um senhor ligado, notícias como: “número de suicídios ganhou um aumento de 20 por cento com relação ao mês passado”, ou “A mazela está à solta aqui na cidade, jovens morrendo por causa de suicídio e depressão”.
---- Caramba, quantas mortes de jovens em tão pouco tempo... Diz Gaby ao escutar àquelas enquetes rapidamente.
---- Não são mortes comuns (e ainda dizendo enquanto repousava uma de suas mãos no queixo de forma pensativa, complementa), estas mortes têm o perfil de um monstro bem antigo, talvez nosso primeiro inimigo.
---- QUÊ??! Diz Gaby, ao ver que Kill falava muito sério sobre o assunto.
---- De fato, estas mortes, além de terem um fator comum, ainda foram feitas por jovens, adultos e até mesmo crianças, e somente um ser é capaz de tal ato, de forma silenciosa e com grande proporção de alcance.
---- Quem kill? Diz Gaby apreensiva.
---- O nome deste monstro é Edaduas, um monstro que se alimenta do suco extraído das almas de suas vítimas, fazendo com que elas andem pela terra sem vida, deprimidas até chegarem ao ponto de cometerem suicídio.
---- Assustador! Disse Gaby ao ouvir a descrição que fora dita do monstro por KILLPOM.
KILLPOM, olhando pra gaby ainda diz:
---- O mais tenso é que ele é difícil de ser encontrado, ainda mais aqui na terra, onde ele pode se transformar em humano pra ocultar sua aparência horrenda. Mas, devemos estar preparadas, não só para ele, mas para o restante das feras que andam soltas por aí.
---- Certo Kill... Diz Gaby, enquanto apressava os passos pra entrar no instituto.

Então, ao entrarem no instituto, viram que um clima muito estranho repousava naquele ambiente, ambas se sentiam como se tivessem em uma câmara de gás, cercadas por uma energia extremamente ruim, como se almas de pessoas angustiadas estivessem cercando as, convidando as mesmas para a dança da morte. Então elas se olharam, Kill, vendo a aflição de Gaby ao tentar respirar naquela intensidade maldita, fechou a mão direita, levanta a mesma com o punho fechado e grita bem alto “BALKAAAA!!!”, naquele exato momento, pequenas criaturas, parecidas com répteis, porém extremamente horríveis de aparência, possuindo 6 olhos vermelhos, espumando ácido pela boca, tinha uma calda com pequenos filamentos de metal, que fazia um rangido idêntico ao que fazíamos quando estávamos no colégio e tínhamos a “brilhante ideia” de passar o giz de forma ignorante no quadro negro, fugiram o mais rápido possível daquele local, por conta da magia usada por KILL.
Gaby, ao sentir que a tensão daquele ambiente havia se dissipado, conseguiu respirar normalmente, dando a ao entender de KILL que a situação havia se normalizado, prosseguindo o trajeto até a sala de aula que Gaby iria estudar.  Quando estavam próximas da sala, um homem velho, de cabelo grisalho, olhos puxados, característicos de um oriental, pele parda, usando um terno vermelho escuro, com as mãos apertadas uma contra a outra, com uma expressão misteriosa, porém cômica, olha fixamente para as duas e quando elas estão próximas, ele começa a dizer:
---- Vejo que ainda está em forma, apesar de estar muito tempo adormecida em duas pedras de tolo.... Diz o velho, enquanto tossia roucamente, mas sem perder a postura.
---- Quem é você???! Diz Gaby, ainda mais preocupada que o normal.
---- Eu sou apenas um velho amigo de sua guardiã, sou um vendedor de sonhos e pra ti, tenho uma proposta irrecusável.
---- Você conhece ele KILL??! Diz Gaby, ainda mais aflita que antes, ao ouvir o que o velho havia dito.
----- Claro que sim! (E KILL, olhando ainda mais fixamente pra o velho diz) Temos que sair daqui.
Ao escutar KILL, o velho estalou os dedos e, de repente, paredes feitas de carne e rostos de pessoas mortas de olhos e bocas abertas que gritavam, caíram em volta dos três, formando uma espécie de gaiola, impedindo qualquer tentativa de fuga que elas tivessem.
---- O que você quer de nós Edaduas? Diz KILL, enquanto pensava numa forma de sair daquele lugar asqueroso.
---- Como vocês são desatentas... Disse o velho, agora com sua identidade revelada, esboçando uma risada baixa em pausas enquanto apontava pra Gaby. Apenas quero fazer uma proposta pra sua escolhida, mas parece que eu não terei nenhum acordo aqui, estou certo?
Quando KILL ia se pronunciar, Gaby coloca a mão direita a frente da mesma, interrompendo KILL e fazendo a Edaduas a seguinte pergunta:
---- É qual é a “grande proposta” que você tem a me fazer?
O sorriso de Edaduas ficou ainda mais aberto e hostil ao ouvir tal frase.
---- Seja minha! Deixe me ser o seu espírito Guardião e descarte esta puta com aparência de anjo, garanto lhe muitos benefícios com o meu uso.
---- E porque eu deveria acreditar em você e não nela? Diz Gaby ainda mais analítica que o normal.
---- Pois ela é igual a mim. E Edaduas, apontando pra KILL, vendo que a mesma estava ficando alterada e rangendo os dentes, uns contra os outros, diz... Ela te disse que, antes de se tornar uma Guardiã, foi um dos Pilares do Inferno, uma guerrilheira sanguinária de alta periculosidade?
----- CHEGAAAA!!!! Disse KILLPOM aos gritos enquanto saía lágrimas de sangue seu olho esquerdo escarlate. Não permitirei que leve a minha amiga para o seu banquete de sangue sua besta maldita!!!
----- Amiga? Choro?? Sério??? Hahahahhahahahahahahaa!!!!!
Edaduas não se contém ao ver aquela cena épica diante dos seus olhos.
---- Quanta besteira em um canto só, uma Demônia, convertida em uma Guardiã, após anos trancada numa sala de reabilitação, chorando por um ser humano, tão pequeno e tão insignificante, KILL, somos demônios, não fazemos amizades com humanos, nós os devoramos!
---- SÓ te digo uma coisa: DEUS me escolheu e por ele estou aqui e, diferente de você, demônios também choram, há muito tempo não conhecia alguém tão especial quanto Gaby, e por ela, te encararei com todas as minhas forças!
Ao ter dito isto, KILLPOM materializou se pra dentro dos brincos que Gaby usava, formando uma espécie de armadura de alma em volta dela, de cor azul clara e em ambas às mãos surgiram duas clavas com correntes e na ponta destas clavas, duas esferas mais fortes que titânio, idênticas aos brincos que Gaby usava.
Ao ver tal fato em sua frente, Edaduas apenas disse:
---- É uma pena, mas, já que você quer assim? Tudo bem então. Faremos do seu jeito!
Ele então pega uma faca, estica a manga da camisa e faz um corte preciso em direção ao pulso e, do sangue que jorrara de seu antebraço, eis que surge uma espada com um olho em seu cabo e em suas lâminas, pequenas deformações em seu fio que lembra muito os dentes de um tubarão branco, a espada era tão grande e sua lâmina tão volumosa que o próprio Edaduas tinha que segura – la com as duas mãos. 
Eles começaram a se enfrentar, Edaduas se embatia com extrema agressividade contra KILL, mas ela resistia bravamente a seus ataques e contra-atacava na mesma intensidade, KILL se distanciou um pouco e usou um tele transporte e se materializou atrás de Edaduas, e, ao desferir um ataque extremamente violento, Edaduas conseguiu se livrar do ataque com um grande salto giratório, fazendo com que o mesmo pegasse em cheio em um dos rostos da parede de carnes, fazendo com que os gritos da parede fossem se tornando cada vez mais frequentes e até mesmo ensurdecedores.
---- Gaby, por favor, toque os brincos com o meu sangue, de uma forma que eles façam barulho!
----- Certo KILL! Diz Gaby, enquanto passava a mão no escorrer de sangue que jorrava do olho esquerdo de KILL e caia, tanto por dentro, quanto por fora da armadura projetada pela mesma.
KILL toma distância de Edaduas e, olhando para o mesmo, escuta os barulhos que emanava dos brincos, agora umedecido com seu sangue e brilhando tão forte quanto na vez em que a própria havia surgido.
Ela foca o seu olhar em direção à Edaduas, e, girando os Chocalhos da vida, lança os mesmos em direção a Edaduas que, mesmo tentando sair da mira daquela energia fulminante, não conseguia, por ter seu corpo paralisado pelo som, agora extremamente alto, que emanava dos brincos.
----- Droga!!! Porque não consigo me mover, não, não nãoooooooo! Disse Edaduas com aflição nos olhos.
----- Morra!!!!!! Disse KILL, enquanto acertava um dos balaços no braço de Edaduas, partindo o ao meio no mesmo instante, seguido do segundo golpe, que arrancou lhe parte do outro braço, finalizando a sequência de golpes com um duplo ataque em direção ao estômago do mesmo.
Enquanto Edaduas estava jogado ao chão, extremamente ferido mediante ao ataque furioso que fora desferido por KILL, a mesma o olhava com ódio, as lágrimas de sangue começaram a cair em um fluxo maior, de repente, a mesma coloca as duas mãos sobre a cabeça, agarrando e apertando a com força, seguindo de um grito estridente partido da própria KILLPOM.
Gaby, olhando pra KILL, chega perto da mesma, a toca em seu rosto, agora carregado de puro ódio e sadismo, misturado com desespero e dúvida, e apenas diz:
---- Vamos pra casa KILL, independente do que ele disse, você é a minha melhor amiga e a melhor pessoa que eu já conheci, mesmo sendo de outro universo.
Ao ter seu rosto tocado e sentir verdadeiramente as palavras de carinho proferidas por Gaby, começou a sair lágrimas do seu olho azul celeste, estas lágrimas se misturaram às lágrimas de sangue, fazendo com que a armadura projetada por ela tomasse forma, contraste e tivesse mais detalhes, a mesma armadura esboçava um rosto triste, mas diferente da sua primeira aparição ela estava bem mais resistente do que realmente aparentava ser.
Ao ver aquela cena, Edaduas levantou se, mesmo estando extremamente ferido e sangrando, ele levantou os olhos em direção às duas e disse:
---- Agora vocês verão a real forma de um Demônio com a mais alta patente....
Nisto, a espada começa a levitar sozinha do chão e nisto que ela fica com a ponta levantada, Edaduas a controla mentalmente e faz com que a mesma perfure o bem ao lado de seu coração, e, tendo o seu sangue escorrendo pela lâmina, ele diz: “Soido Ed saossep sacarf!”, ao terminar de dizer aquela frase, ele começa a sofrer uma mutação e a sua forma humana começa a sofrer alterações físicas. Dos braços cortados, saem outros dois braços, agora com uma pelugem preta metálica, a mão, agora com 4 dedos enormes, com 4 garras grandes, o corpo daquele velho que vimos no começo, se desmembrou de cima pra baixo, como se fossem aquelas roupas que a tiramos de cima pra baixo, apenas abaixando o zíper, seu rosto, havia aumentado de tamanho e proporção, ganhando mais dois pares de olhos puxados vermelhos e sua boca, antes pequena, agora estava maior, mais larga e com mais dentes pontiagudos que o normal, até mesmo para um Demônio, de sua testa, abre um olho vermelho com um corte na íris, lembrando muito os olhos de uma cobra.
Agora, com sua metamorfose concluída, Edaduas havia assumido sua forma original, porém mais forte, ele olha pra KILL e diz:
---- Você realmente tem que tornar às coisas difíceis pra mim né, garota insignificante?
Ao dizer isto, Edaduas apenas faz um movimento rápido com a espada, e, o vento que ela produz de seu movimento, é mandado em direção a KILL, que rapidamente desvia, mas mesmo desviado da lâmina de vento, pode perceber um pequeno arranhão no seu rosto, vendo que, os danos seriam bem piores se não fosse pelo porte da armadura.
---- Eu já disse que não vou deixar que você leve a minha amiga! 
E dizendo isto, KILL foi pra cima de Edaduas com um ataque fulminante saídos de seus balaços, sendo defendido pela espada de Edaduas, que o mesmo, agora mais forte, a segurava com apenas uma mão, tendo a outra posta numa espécie de bolso formado por pelos espessos de sua coxa. E, de uma forma bem simplória, defendia a sequência de golpes dados por KILL, como se os golpes da mesma não surtissem mais efeito nenhum.
E foram exatos trinta minutos de golpes em cima de golpes, ataques defendidos de ambos os lados, os balaços, ao entrar de encontro com a lâmina, saíam faíscas e feixes de luzes fervorosas, era um espetáculo luminoso em meio há uma guerra entre anjo e demônio.
No último ataque, o choque das armas foi tão grande e o impacto tão bruto que ambos recuaram com a pressão causada pelos dois.
Apesar da batalha estar em constante equilíbrio, via se notoriamente o cansaço no rosto de KILL e a aflição de Gaby, que mesmo em extrema proteção, encontrava se preocupada por KILL e estava vendo a disposição de Edaduas, que estava aparentemente bem e sem nenhum traço de cansaço, mesmo com alguns arranhões causados pelos atritos e faíscas do choque dos golpes.
Tendo em vista que duraria muito mais tempo que o esperado, Edaduas resolveu, de longe, apontar a espada pra KILL e fazer o seguinte pedido:
---- Vejo que você ainda continua muito boa, porém, nossa diversão tem que chegar ao fim, então, venha sua aberração celestial, venha com tudo, mostre-me o seu poder com apenas um Golpe e decidiremos este embate de uma vez por todas!
---- Não me chame de aberração!!!
Ao dizer isto, KILLPOM puxa os balaços, conecta as duas esferas pra se tornar apenas uma Maça (arma muito parecida com o balaço, de origem medieval e com alcance maior) e vai com toda a força e fúria em direção a Edaduas, que fez apenas reforçar sua guarda e apanhar a espada de forma tática, se mantendo a espera do golpe.
Quando houve o choque, ambos permaneceram numa espécie de jogo de resistência, o impacto era muito, mas muito maior que os anteriores, mas ambos estavam decididos a acabar com este conflito de uma vez por todas.
Quando KILL olhou fixamente nos olhos de Edaduas, o mesmo apenas esboçou um sorriso cínico e disse:
---- Morra.
Ao dizer isto, a própria espada, através do controle da mente do próprio Edaduas, dividiu parte do fio de sua lâmina e cravou se bem no pescoço de KILL!
Na hora Gaby não teve nenhuma reação, exceto pelo grito:
---- Não!!!!!!
KILL estava parada na mesma posição, com os olhos virados pra cima, a boca aberta, o sangue jorrava do olho esquerdo e da perfuração causada pelo ataque traiçoeiro que sofrera.
Foram dois minutos naquela situação, Edaduas pensara “eu venci esta batalha”, mas, do nada, os brincos começam a soar um som e nisto, KILL volta o olhar a Edaduas, agora com as cores dos olhos roxos apenas disse:
---- Você agora verá que, se quiser ganhar de mim em batalha, ganhe, mas que seja de maneira honestaaaaaa!!!!
Ao dizer isto, KILL arrancou a lâmina de seu pescoço e no mesmo instante, enfiou a mesma no peito de Edaduas, e nisto que ela encravou a lâmina nele, apenas pegou um pouco do sangue de seu olho, passou na lâmina e disse: “Racs!”
A mesma lâmina, além de ter penetrado mais profundamente no corpo de Edaduas, a mesma começou a se multiplicar e a perfurá – lo de dentro pra fora, porém sem matá – lo.
Edaduas estava agora no chão, totalmente massacrado, olhando em direção a KILL, agora em total desespero, como se ela fosse o próprio monstro ao invés dele, enquanto que KILL, passava os dedos de sua mão no sangue e fazia pequenos símbolos em seu rosto, símbolos estes que eram marcas de guerra promovidos por seu mestre!
---- Se eu te matasse agora Edaduas, seria muito fácil, bom e não teria nenhuma graça no tempo que fiquei aqui, você não me quis? Aqui estou, então é a minha vez de brincar com você.
KILL estava muito diferente do que ela realmente é tomada por ódio e desgosto de ter que enfrentar um oponente, não pelo fato de ser fraco, pois Edaduas era muito forte, mas pela tamanha falta de justiça no combate que para com ela tivera.
----- Me mate logo sua cretina infeliz, eu não tenho mais como continuar o combate...
----- SILÊNCIO! Disse KILL após pendurar Edaduas por correntes nos muros de carne e torturá – lo lenta e vagarosamente por dolorosas seis horas.
Gaby, ao sentir que KILL não ia parar com aquilo tão cedo, gritou de dentro da armadura:
---- Chega KILL! Não o mate, se o matar, só fará com que ele esteja certo no final das contas, eu estou pedindo por favor? Não mate! Toma qualquer atitude menos esta.
Ao ouvir tal argumento, os olhos de KILL voltaram a seu estado original, dando conta do que realmente estava acontecendo, ela concentrou o seu poder envenenado de ódio que ainda possuía e disse:
---- Edaduas: Você é culpado por fazer inúmeras vítimas de sua fome de poder, Em nome de Deus, de Jesus e de todas estas vítimas, eu o julgo culpado de todos estes crimes e sua sentença será passar a eternidade em Sawrion...
----- hahahahahahhaha! Moleza. Disse Edaduas, enquanto ria debochadamente de KILL, interrompendo a mesma.
----- Na ala Doof Jail!
----- Não, por favor, qualquer canto menos lá, me mate logo para que eu possa voltar ao inferno, mas não me mande para a Doof Jail, pra lá não.
---- Já está decidido, que Deus tenha piedade da sua alma, pois eles não terão.
Ao terminar de dizer isto, KILL se distanciou um pouco de Edaduas, cortou a parede e nela, abriu uma fenda dimensional, e dela, saiu um Ceifeiro, ainda mais horrendo que Cymer, totalmente negro, com aspecto sujo, ele tinha um formato de cabelo bem espetado e jogado, espalhando se por toda sua cabeça, um autêntico Black Power espinhudo, uma de suas mãos eram a própria foice, seu nome era Oaciart.
Ao ver Oaciart, Edaduas chorou como criança, se humilhando para sair dali, em vão, Oaciart é tão cruel e tão silencioso que o mesmo encravou sua Foice no estômago de Edaduas, passando com a ponta da foice na corrente que segurava o mesmo, deixando – o pendurado na posição de enforcamento, por tê-lo levantado facilmente, como se faz com um gato pelo cangote, e olho a olho com Oaciart, ele fez apenas um gesto pedindo silêncio para Edaduas e esboçando um sorriso, levou ele para dentro da fenda dimensional que foi aberta por KILLPOM.
Quando KILL se deu conta de que os muros de carne haviam sumido e de que ambas estavam fora de perigo, a mesma desativou o poder da armadura, liberando Gaby e, na mesma hora, KILL caiu de joelhos no chão pedindo perdão a Deus e chorando por ter se arrependido de ter usado o poder Purple Demons, poder que temporariamente trás a forma demoníaca dela a ativa, mas que faz com que ela queira ter vontade de matar por qualquer motivo que seja.
Gaby vendo o estado em que a amiga se encontrava, apenas chegou por trás dela e deu lhe um abraço bem forte, demonstrando carinho e afeto e agradecendo por tudo que KILL fez por ela.
KILL enxugou as lágrimas e retribuiu o abraço, e apenas disse:
---- Vamos pra casa Gaby, hoje foi um dia muito ruim.
---- Com certeza KILL!
E assim, KILL regressou aos brincos e Gaby voltou pra casa, pensando em tudo que ocorrera naquele dia e se perguntando: “Porquê aquela criatura estava solta na terra e porquê existe um inferno para criaturas fortes?”.
Enquanto que dali, um pouco distante, eis que o homem misterioso, agora acompanhado de um charuto e um brilho no olhar, apenas diz “agora entendi o porquê de se chamar a Deusa da Guerra, ela massacrou Edaduas como se o mesmo fosse um Demônio comum e ela é bem mais poderosa que o esperado, estou amando ela e isto está ficando cada vez mais interessante.

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