Capítulo 2: O primeiro passo é despertar

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Numa casa pacata, encontrada em uma das favelas de São Paulo, eis que acaba de acordar o nosso personagem, que, mal sabe o que estará por vir, Felipe, um garoto bem simples, com um rosto um pouco rosado, olhos verdes e brilhantes, bem magro, devido à sua rotina diária, carregava um semblante triste, mas estava sempre sorrindo, bem meigo e brincalhão, não havia nada que não o deixasse mais alegre que poder jogar vídeo game e poder tocar violão, sua mãe, Dona Eunice, sempre cobrava ao filho para não se desfocar dos estudos, e não perder tanto tempo com jogos, mas Felipe amava estar à frente das telas de TVs, em Lan houses ou até mesmo na casa de seus amigos jogando o que tivesse pra jogar.

Quando ele acorda, Dona Eunice diz...

— FILHO! Não se esqueça de levar o lixo pra fora antes de sair, quer ser vagabundo igual ao seu irmão é?

Tentando responder de maneira clara à Dona Eunice, Felipe responde:

— Vou Levar, mãe, mas não tem como eu ser vagabundo como ele, Rafael domina e muito bem esta área.

E então, Felipe vai para a rua com o lixo nas mãos, coloca o fone nos ouvidos, de um jeito que consiga se isolar das pessoas.

No fone, ele escutava uma peça clássica composta por Beethoven, peças clássicas como esta o ajudavam a relaxar e se desligar um pouco do mundo.

Seu gosto musical abrangia muitos gêneros musicais, o sonho de Felipe era ser músico, e estava sempre compondo belas canções, mas, ele não gostava de ir a escola, pelo fato dos garotos não entenderem o seu jeito de ser, rotulavam ele de inúmeras formas, mas, de todos os garotos, a cruz de Felipe era Tommy que, apesar da fofura de seu nome, era um cara grosseiro, sujo e que adorava diminuir Felipe na frente dos outros alunos e alunas para aumentar sua popularidade naquele grupo.

Naquele mesmo dia, na hora da saída do colégio, Felipe tomou um susto com a aparição de Tommy e o mesmo dizendo com uma voz irônica, seguida de uma risada rouca e baixa:

— Olha só! Se não é a menina feia que escreve coisas melosas, escreveu hoje pra quem hein?

Felipe, tentando se esquivar daquela situação, disse com uma voz calma:

— Tommy, eu tive um dia estressante, não te fiz coisa alguma, então, me deixe em paz...

Mas Tommy ignora o seu pedido e toma a folha com um poema romântico que Felipe acabara de escrever.

Então, Tommy passa os olhos rapidamente no conteúdo da carta e diz:

— Não creio que uma aberração feito você gosta de garotas, e o melhor de tudo é a ingenuidade que você tem de pensar que Jaqueline gosta de você. Se enxerga cara!!!

Felipe, com lágrimas nos olhos, engolindo-as a seco, diz...

— Me devolva isso!

— Não! Disse Tommy.

— Me devolva! Disse Felipe, com mais altura na voz.

— Já que você quer o seu poema? Vem pegar! Disse Tommy, com uma expressão maléfica e cínica.

Quando Felipe chegou perto de Tommy, o mesmo desferiu um chute no estômago de Felipe, fazendo com que ele caísse no chão atordoado, após isto, Tommy colocou a folha do poema em seu saco, esfregou à com toda a sua força, jogou a folha de papel amassada no rosto de Felipe e ainda cuspiu no rosto dele, terminando aquela seção de humilhação com a seguinte frase:

— Aprenda uma coisa seu bosta! Amor não levará ninguém a canto algum, o mundo só será governado por aqueles que tem maldade e, se você tem maldade, você tem domínio e os fracos se curvarão pra ti! Até lá, você continuará sendo fraco.

8 Peças do Destino.Onde histórias criam vida. Descubra agora