bônus II 01

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Pov Elídio

Hoje é sábado, e faz exatamente 7 meses que eu e Daniel estamos namorando. Por ser uma data especial, ele avisou aos seus alunos que não teria aula hoje. Sendo assim, nós passamos o dia juntos, e a noite, fomos ao nosso restaurante preferido.

Após o jantar, que aliás foi maravilhoso, viemos para a casa dele. Estávamos na sala, sentados no sofá. Trocávamos beijos e carícias... Entretanto, nós sabíamos onde isso iria parar.

( ... )

Cansado, suado e ofegante é como me encontro agora; deitado ao lado de Daniel, em sua cama.

─ Caralho... – falei quase num sussurro, tentando normalizar minha respiração. – Você acabou comigo.

Ouvi Daniel rir baixinho. Ele estava do mesmo jeito que eu.

─ Digo o mesmo. – comentou, enquanto sua respiração voltava ao normal.

Ao ouvi-lo, sorri. Estava deitado de barriga para cima, então deitei de lado, olhando para ele, que parecia estar mais calmo. Com minha mão, fazia carinho em seu peitoral, ao que Daniel virou sua cabeça, sorrindo pra mim.

─ Eu te amo, sabia? – disse, olhando nos meus olhos.

─ Sabia sim. – respondi divertido, fazendo-o rir. – Eu também te amo. – me aproximei, selando seus lábios.

Voltei a deitar minha cabeça no travesseiro, e levei minha mão aos cabelos de meu namorado, passando meus dedos entre os fios. Seu cabelo estava um pouquinho grande, deixando Daniel ainda mais lindo.

Estávamos deitados, em silêncio. Ele não tirava seus olhos de mim, e eu continuava fazendo cafuné nele. O ventilador de teto estava ligado na velocidade mais baixa, apenas para fazer o ar circular.

Não sei porque, mas sentia Daniel tenso. Seus olhos pareciam passear por mim, como se quisessem me dizer algo. Conhecia bastante sobre ele, e sabia que algo estava errado. Sabia que algo estava o incomodando... Mas o quê? Resolvi perguntar, pois se ele não está se sentindo bem com alguma coisa, eu quero saber.

─ Dandan? – chamei-o, que pareceu meio que voltar a realidade, saindo de uma espécie de transe.

─ Oi Lili, o que foi? – perguntou. Eu ainda fazia carinho em seus cabelos.

─ O que está te incomodando? – perguntei diretamente. Daniel me olhou como se estivesse assustado, porém ao mesmo tempo, seu olhar parecia perguntar "como você sabe que algo me incomoda?" – Dani, além de te conhecer muito bem, eu te observo muito e sei quando está desconfortável com algo... Eu fiz alguma coisa? – perguntei receoso, sem desviar meu olhar dele.

Daniel pareceu ficar ainda mais tenso.

─ Você é bem observador mesmo... – comentou, deixando um riso nervoso escapar. – Mas fica tranquilo, você não fez nada. – fez carinho em minha bochecha, deixando um selinho nos meus lábios.

Parei com o cafuné que fazia nele e o olhei como se dissesse "me conta o que está acontecendo". Daniel entendeu meu olhar, suspirando logo em seguida.

─ Tudo bem, você acertou. – disse, olhando nos meus olhos. – É que eu queria te pedir uma coisa... Mas meio que tô com vergonha... – desviou seu olhar do meu, olhando para qualquer canto do quarto.

─ Dani, nós estamos juntos há 7 meses, acabamos de transar e estamos pelados na sua cama! – exclamei, fazendo ele rir baixinho. – E você me diz que está com vergonha de pedir algo? – perguntei. Nós dois começamos a rir, fazendo o clima tenso ir embora, e o ar leve voltar.

Recomeço?Onde histórias criam vida. Descubra agora