Na manhã seguinte, acordei com batidas ligeiramente rápidas na porta.
— Liv já está acordada? Você viu o Lee? O carro dele está aí e não o encontro em lugar nenhum. — a voz de Naty invade meus ouvidos enquanto ainda tentava focar a vista na silhueta dela.
— Bom dia Naty, ele ainda está dormindo. — digo baixo enquanto ela me olha confusa.
— Onde? — ela questiona.
Abro mais a porta devagarinho enquanto ela estiva o pescoço.
— Mas por que ele está dormindo ai? — ela pergunta surpresa.
— Eu tive um pesadelo, daí ele veio dormir comigo. — explico segurando o riso.
Ela começa a rir e me cutucar.
— Isso vai dar rolo. — ela diz e logo em seguida vira pra descer a escada.
Dou risada e reviro os olhos fechando a porta atrás de mim, ando em direção ao quarto dos meus pais e vejo o relógio na parede marcando exatamente 08:48, assim que entro no quarto vejo meu pai ainda dormindo.
— Pai... Pai... — digo cutucando ele. — O senhor não devia ir para o trabalho? —
— Hã? — ele diz sonolento. — Vou as nove horas. -
— Então levanta e se arruma, faltam dez minutos para as nove horas. —
Ele dá um imenso pulo da cama e corre para o banheiro.
— Vou preparar seu café. — digo indo para a cozinha.
Assim que chego faço o café para todos e levo para a mesa. "Preciso ir buscar pão." Logo penso.
Meu pai desce correndo com a mala e gravata em maos, o café já estava no copo, ele pega um pedaço de bolo e o copo fazendo um malabarismo para que nada caísse.
— Tchau filha, até mais tarde. Vou buscar o Tony e sua mãe no hospital. —
— Tchau, bom serviço. — digo enquanto ele bate a porta.
Subo e troco de roupa para ir a padaria, pego a roupa no quarto sem fazer barulho e me troco no banheiro, já com o dinheiro e vou direto para a padaria. Assim que chego em casa Rodrigo e Naty já estavam esperando para tomar café.
— Prontinho, trouxe pão, frios e leite. — digo colocando as coisas na mesa.
— Estou morrendo de fome. — Naty diz empolgada.
— Só não vai comer tudo Nataly. — Rodrigo retruca enquanto ela revira os olhos.
O tempo estava ligeiramente nublado, com pequenas gotículas de orvalho que logo sumiriam com o sol de verão daquele final de fevereiro.
Subo e vou acordar o Lee, mas assim que entro no quarto vejo ele num sono tão bom que desisto da ideia de acorda-lo. Desço sorridente e tomamos café enquanto conversamos sobre a chegada de Tony.
— Ro vou ajudar a Liv a arrumar a casa e fazer o almoço, vai pra casa e mais tarde eu passo lá. — Naty diz retirando a louça usada do café enquanto ele arrumava sua blusa.
— Tudo bem então, até mais tarde. Se cuidem. — ele diz beijando a testa dela.
Assim que Rodrigo sai Naty e eu vamos logo arrumando a cozinha e limpando a sala que estava uma bagunça da noite anterior, já que Antony estaria chegando do hospital a casa teria de estar impecável.
Quando estou arrumando o quarto dos meus pais ouço a porta abrir e Lee entra com meu celular.
— Leãozinho estava tocando. — ele me entrega com uma voz sonolenta e os olhos semi fechados.
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A Cura Para Minha Dor. [Em Revisão]
Lãng mạnLiv é uma garota de 17 anos, com uma vida conturbada e um coração de ouro. Depois de seu primeiro término, e um trauma sombrio, Liv se depara com uma floresta sombria de sentimentos, e tudo ao seu redor não parece ter mais graça. Até que um dia algu...