Capítulo 13

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" O eterno lamentar de tudo que se desencantou no meio do caminho."

Jughead Jones

Acordar depois de 5 meses, as únicas que me perguntaram foram se eu estava bem e garantindo que tudo iria ficar bem.

Meus pais apenas falaram de vídeo chamada comigo, estavam trabalhando e não podiam vir me visitar por enquanto.

Mas eu sabia que não iria, depois daquela bateria de exames me senti exausto, só queria a minha namorada do meu lado.

Ela sempre me fazia sorrir até nos piores momentos, precisava dessa energia boa comigo.

Ao terminar os exames, do lado de fora, me deparo com o delegado da cidade.

Ele não estava com uma expressão nada boa, me guiou até uma sala desocupada do hospital.

— Oie Senhor Jones — me cumprimentou, foi a primeira vez que iniciou sua conversa comigo — Hoje a senhorita Taddeo veio me dar um depoimento muito interessante, nesses últimos meses ela foi internada numa clínica de reabilitação por ter tentando suicídio na noite que foi internado — justificou.

— Espere um momento delegado, isso está me deixando mais confuso ainda, não entendi onde a Lorena se encaixava em tudo isso — falei o encarando.

— Foi ela que te atacou — Delegado explicou com uma voz calma e serena — O pai dela está disposto a pagar todas as multas acumuladas durante esse último mês e garantir uma boa estabilidade para sua família — revelou.

— Tudo isso em troca do meu silêncio? — o questionei.

— Viu, senhor Jones, estamos chegando em algum lugar — falou orgulhoso.

Eu não estava acreditando, que estavam fazendo tamanha chantagem, pensei que poderia ser algo da minha cabeça, mas agora tenho certeza que foi a Lorena que tentou me matar.

Eu sei que ela me fez dormir durante 5 longos meses, pelo que meu pai disse estávamos passando por momentos turbulentos, eles estão se matando de trabalhar e tenho certeza que cortaram todos os luxos da minha irmã.

— Digam que não acharam, arquivem esse caso, mas faça uma medida preventiva, não quero ela perto de mim, meus amigos ou família — propus.

O delegado apenas concordou e saiu, por sorte gravei toda a conversa, porque caso algo acontecesse futuramente, eu iria levar até às últimas consequências.

Betty Cooper

Ao chegar no hospital da porta dava pra ver um grande túmulo entre repórteres e fãs.

Alguns policiais estavam tentando de alguma maneira conter eles, para que não entrassem no hospital.

Por sorte me reconheceram e conseguiram me fazer entrar bem rápido, se caso ficasse alguns minutos iriam me encher de perguntas que eu não teria respostas.

Por sorte as enfermeiras, me guiarão até o quarto, onde o meu namorado estava, mas necessariamente na ala vip.

Como a porta estava fechada, apenas girei a maçaneta e abri, vi que Jughead estava se encarando num pequeno espelho de mão.

Ele estava usando o uniforme azul-claro do hospital, seus olhos perderam aquele brilho e de algum modo sua expressão entregava o tamanho da sua preocupação.

— Jug — o chamei, vendo ele me encarar — Será que posso entrar? — perguntei, ainda olhando pela porta.

— Oie meu amor — falou — Sabe que sim, você é a única pessoa que gosto de ver a todo momento — respondeu.

Caminhei me sentando, num banquinho que tinha do seu lado da cama.

— Tenho certeza que está aqui, por ver a minha entrevista na TV certo? — me perguntou.

— Vi sim — concordei — Mas eu vim aqui, porque sinto que algo sério aconteceu com você e não é só sobre o coma — falei me levantando da cadeira e sentando na cama dele, alinhei a minha cabeça no seu peito.

— Nesses meses que fiquei em coma — falou meio evasivo — Se interessou por outra pessoa? — perguntou acariciando os meus cabelos.

— Não — respondi — Nesses últimos meses a minha vida parou literalmente, devido à pressão dos fãs e da mídia — justificou lhe dando um selinho.

Ficamos um tempo conversando, estava tentando atualizar as notícias que ele perdeu nos últimos meses.

Depois de algumas horas....

Verônica e Archie chegaram com a marmitex, pelo cheiro comprado no melhor restaurante da cidade, porque o cozinheiro usava temperos secretos da família.

Verônica estava usando um vestido vinho de mangas com detalhes delicados e uma scarpin preto de salto médio.

Archie estava usando uma camiseta azul-claro sem estampa, jaqueta preta de couro, calças jeans claro e tênis de van vermelho.

— Oi casal — Verônica nos cumprimentou.

Ambos apenas acenamos meio tímido para eles, afinal estavam num momento íntimo e não chegaram a nada.

— Pelo jeito trouxeram o nosso almoço — Jughead falou animado — E ainda por cima do meu restaurante favorito — falou aspirando o cheirinho gostoso do almoço.

— Você tem um ótimo faro em — Archie zombou — Eu disse querida, que ele ia gostar — falou entregando marmitas pra ele.

Eram duas marmitas com uma garrafinha de um litro com suco de abacaxi natural.

— Obrigado — Jughead agradeceu.

— Obrigada por virem nos apoiar novamente — agradeci.

— Não custava nada, vim fazer o ultrassom hoje — Verônica falou acariciando a sua barriga.

— Parabéns pelo bebê — Jughead falou meio sem jeito.

— Amor não precisa se sentir desconfortável, é apenas o Archie e a Verônica, nada mudou — falei, tocando no seu ombro.

— Assim que você sair, iremos comemorar no Pop 's ok? - Archie sugeriu.

Ambos concordamos com aquilo, iria fazer bem para o meu namorado, passar um tempo entre amigos.

Entre Os Holofotes - Bughead ( Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora