OS CONJURADORES - A MALDIÇÃO - LIVRO 1

Amigo - Capitulo II

Chegar a casa era tudo que Gabriel tinha desejado, não suportava mais aquele dia estressante que foi o seu primeiro dia de aula,  naquela escola que mau ele tinha conhecimento de nada. Não era somente ele que morava naquela rua, o menino que Gabriel sentou do lado, também morava na mesma rua que ele. O garoto seguia sozinho na frente de Gabriel, um andar estranho, só que ao mesmo tempo elegante, tinha aparentemente uns 15 anos de idade, cabelos loiros-acinzentados, altura mediana, um pouco mais baixo do que ele.

Talvez agora fosse uma chance de Gabriel fazer o seu primeiro amigo naquela cidade estranha, que ele queria não ter ido pra lá, mas ele tinha que ajudar o pai dele de qualquer forma. Talvez pelo motivo dos dois morarem na mesma rua seria um grande motivo para que eles se tornassem amigos. Foi exatamente o que o Gabriel fez, deu alguns passos a mais para poder acompanhar o garoto e poder puxar algum assunto. 

— Oi! – perguntou Gabriel com um pequeno receio de poder ser ou não respondido pelo garoto, que o olhou de uma forma não tão bem receptiva. 

— Oi... – respondeu o garoto, agora com um sorriso mais receptivo com Gabriel não o sorriso malicioso e intrigante na sala de aula, esse sorriso foi mais sincero. 

O garoto pareceu mostrar que tinha gostado de Gabriel ter ido falar com ele, talvez ele seja igual a Gabriel, um sozinho naquela cidadezinha que começava a ficar cada vez mais estressante, porem ele terá que engolir aquela cidade garganta abaixo, é sua nova moradia agora. Gabriel começou a andar do lado do garoto, totalmente envergonhado, sua timidez era enorme. Ele queria fazer mais perguntas para o garoto, porem ele estava com muita timidez. Para Gabriel isso não era fácil, começar uma conversa com alguém, ele dava passadas igual ao do garoto mesmo sem perceber, mas fazia isso, chegava a ser estranho à sincronia dos passos entre os dois. Até que sem querer o garoto tropeçou em uma pedra e quase caiu, ia lentamente descendo como se fosse desabar no chão em câmera lenta. Gabriel tentou segura-lo para não cair, mais o garoto sem querer puxou o ombro de Gabriel para se apoiar, foi mais rápido e mais inteligente que Gabriel, e conseguiu, pegou equilíbrio e ficou em pé novamente. 

— Nossa... Desculpa-me se eu não segurasse em você, acabaria de cara no... – ia falando o garoto quando Gabriel interrompeu. 

— Não precisa pedir desculpas não, eu até iria te segurar, mais você segurou antes, fez bem. – falou Gabriel com a intenção de puxar algum assunto com o garoto, não seria apenas uma conversa. 

Os dois continuaram andando um ao lado do outro, até chagarem numa praça que dava acesso a rua onde os dois moravam, a pracinha tinha mesas redondas feitas de concreto, e ao redor de cada uma tinham Quatro banquinhos também feitos de concretos e também com formatos redondos. No meio da praça tinha um jardim, com vários tipos de flores e plantas. Esse jardim estava com cara de quem era bem cuidado. As flores vivas e com cores vibrantes. Tinham arvores ao redor dele. Mesmo de longe Gabriel conseguiu enxergar, Tulipas. Ele era fascinado por elas. E não sabia o motivo.

Os dois sentaram-se automaticamente em uma das mesas, sem nenhum falar nada para o outro. Foi como que por instinto. Ninguém convidou ninguém para sentar. Gabriel até se sentiu sem jeito. Isso poderia já ser habito do garoto, em ficar na praça quando volta da escola. Ele nem perguntou se poderia sentar, mas quando percebeu já estava sentado e seria constrangedor para ele mesmo levantar. Mas o garoto não mostrou se importar, nem estar incomodado com a presença dele.

Gabriel ficou imaginando que aquilo já poderia ser um bom sinal, mas o que intrigava ele era o motivo do garoto olhar fixamente pra ele, seus cabelos loiros-acinzentados e seus olhos pretos penetrantes fizeram com que Gabriel ficasse meio corado, para ele estava sendo estranho, o primeiro garoto que ele tenta fazer amizade, fica o secando sem parar e sem dizer uma só palavra.