Capítulo VIII

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As águas navegadas pareciam nunca acabar os sinais de terra a vista estavam distantes dos reis.

Após dias,o barco estava em lugares não mapeados,sem destino para onde ir e o que iriam encontrar. Parte da tripulação se encontrava em desânimo profundo, enquanto a rainha Susana se mantinha esperançosa.
Pedro por um momento quis desisti da missão e retornar ao castelo, pois desacreditava na possibilidade de Caspian ainda está vivo.
- Você acha que ele ainda vive?. - diz Susana que parecia ler os pensamentos do jovem rei.
- Talvez!.- reponde Pedro sem nenhum ânimo.- Temos que ser pacientes.
- O que faremos se não o encontramos?.- Susana se aproxima sem tirar os olhos do horizonte. -Eu gostaria de voltar para casa, Pedro!.- sua voz diminuí ao completar a pergunta.
Pedro não diz nada,apenas demostra um olhar de compreensão e um sorriso de lado.
Logo a tripulação começa a se agitar, pareciam terem avistado algo.
- Majestade,os homens avistaram algo, provavelmente uma pequena ilha.- diz um dos tripulantes.
Pedro observa com um binóculo a pequena ilha e um enorme navio ancorado.
- Vamos até a ilha,preparem os botes - Pedro diz se preparando para enfrentar algo.

O navio que estava ancorado era de Caspian,porém não havia resquícios do rei ou da tripulação.

- Pedro, pode ser perigoso temos que ser cautelosos- diz Susana ao entrar no bote.
- Estaremos preparados-.

A ilha era pequena com uma vegetação espinhosa, sem sinal de vida por ela, apenas uma pequena montanha rochosa em que algumas pequenas vegetações tentavam sobreviver ao local, não havia sinal da tripulação ou do rei Caspian.
- Eles não estão aqui. – o professor Vincent procura com os olhos pegadas pela areia.
- Estranho, deveriam deixar rastros na areia. - completa o rei Pedro. – tenham cuidado!
- Talvez seja melhor alguns soldados ficarem no barco, majestade- diz Vicente.

- Certamente, professor! Fiquem e protejam nossos a rainha Susana e os bote- ordena o rei.
-Não!! Eu irei junto, não posso ficar- exige a rainha.
- Tudo bem, mas me prometa que independe do que acontecer e eu te mandar correr para o barco você obedecerá- sua exigência sai com preocupação, que faz Susana acenar a cabeça em concordância.
Após alguns minutos de caminhada, o vento no interior da ilha se tornava quente, dificultado a respiração do grupo. Pedro orientou que todos molhassem seus lenços e deixassem sobre seus narizes, diminuindo a intensidade do vapor do ar. Ao se  aproximarem da pequena montanha, um pequeno tremor em toda ilha fez todo o grupo se preparar com suas armas em mãos, esperando um possível inimigo.
- Acalmem- se é apenas um pequeno tremor e a culpada é a montanha, que provavelmente é um vulcão- disse  o professor olhando as pequenas rochas no chão.
- Fique alertas, está ilha pode ser perigosa- grita Pedro.
O vento rapidamente se torna forte e as arvores pareciam se movimentar devido o extremo movimento.
- A ilha parece esta se movendo!!- grita um soldado ao se segurar em um troco de arvore.
-Todos segurem em algo!!- ordena Susana em desespero.
O dia rapidamente se torna noite, o grupo se desespera com a situação. Pedro ouve alguns gritos e tenta se direcionar para a direção, mas tudo estava tão escuro que não conseguia enxergar suas próprias mãos.
- Susana!!- berrou o rei ao perceber que não sentia sua irmã do seu lado- Susanaaa!!- seu desespero foi maior quando não se ouvia sua voz ou grito.
As pessoas corriam para todos os lados, gritos de desespero tomaram o lugar e os tremores se dissipavam com o tempo. A escuridão parecia não ter fim, algo estaria gerando aquela escuridão, algo que poderia atacar a qualquer minuto, que se pôs em posição de defesa. Quando os tremores acabaram, os berros de desespero acabaram por um estante, apenas nomes se ouvia sendo chamados para identificação de cada um.
-Susana!!- Pedro gritou novamente, mas nenhuma resposta foi ouvida.
- Rei Pedro!- disse o professor, que aparentava esta próximo, mas Pedro não consegui distinguir em qual direção.
-Estou aqui, professor!- respondeu o jovem, que tentava se aproximar de qualquer som, mas algo o empurrou bruscamente para o chão, fazendo o rei levar rapidamente em posição de defesa, pensou que poderia ser o professor, soldados perdidos ou ate mesmo sua irmã, mas o cheiro que tomou suas vias foi de algo podre fazendo Pedro cobrir seu nariz.
-Quem está ai?- perguntou sabendo que não seria ninguém conhecido, aquele cheiro ele nunca havia sentido em toda sua via. Em resposta sentiu apenas algo bater fortemente contra seu corpo o jogando para o chão em tamanha força que sua cabeça latejou com o impacto.
Pedro por um momento sentiu suas pernas fraquejarem e um líquido escorrer por sua face, deduzindo que seria seu sangue. O ataque provavelmente era de algo grande, pela direção do ataque e por sua força, ao se levantar Pedro notou gritos horrendos de desesperos, acompanhados de impactos, o grupo estava sendo atacado cegamente. O rei se levantou e iniciou vários golpes onde acreditava ter vindo a origem do ataque, mas nada consegui acertar, porem golpes eram lançados contra o rei, fazendo gritos saírem de sua boca a cada ferimento feito.

As Crônicas de Nárnia: A volta dos reis Onde histórias criam vida. Descubra agora