Capítulo XI

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Ao amanhecer, todos estavam se preparando despontando todo o acampamento para prosseguir com a jornada, alguns se divertiam conversando entre eles, outros se deliciavam com as torradas e chás do café do desjejum, alguns soldados permaneciam em suas posições de alerta em casos que ataques inesperados. A princesa já estava de pé e se certificando de que tudo estava pronto, observando os mapas com William, que se mantinha sentado em uma cadeira próxima à mesa. 

- O rei Edmundo não deveria está aqui, princesa?- inicia William.

- Mandei chama-lo faz alguns minutos, provavelmente dormiu mais que a cama- Aylla responde em ironia.

- Se me permite, irei ao seu encontro- diz ao se levantar- talvez esteja com problemas.

- Como queira, William-.

- Não há necessidade, estou aqui! Perdoem-me pelo atraso!- diz Edmundo ao entrar na tenda.

-Tudo bem, majestade!- diz William ao se levantar e reverenciar o rei.

Aylla apenas balança a cabeça em sinal de respeito, mas seus olhos logo capturam um pequeno corte em seu pescoço e suas mãos um pouco mais vermelhas que o comum, provavelmente devido alguma espada que havia segurando com força. Edmundo ao notar a direção em que seus olhos capturavam se explica.

- Estava treinando com alguns guerreiros!- diz passando a mão ao local do corte.

- Estamos próximos a um vilarejo abandonado, logo após o rio da Calormânia- a princesa prossegue após um pequeno sorriso. Ela também sentia falta de treinar.

- O vilarejo também foi atacado? O que tem lá?- pergunta o rei ao se sentar ao lado de William.

- Não sabemos!-

- E se déssemos a volta por trás desta montanha? Seria mais seguro para todos. - sugere o rei.

- A volta pela montanha adiciona mais 3 dias na viagem e não podemos perder tempo, quanto mais tempo longe do castelo mais susceptível ele se tornar para ataques.

- Se o vilarejo foi tomado, ao nos aproximarmos seremos alvos fáceis- a voz de Edmundo se altera recebendo toda a atenção.

-Sim, por isso proponho que um grupo entre no vilarejo antes que a caravana se aproxime, o grupo observa a situação e tentam neutralizar alguns perigos. – Propõe a princesa.

- Concordo, eu irei neste grupo- completa Edmundo-.

- William você coordena a caravana, ao final do dia voltaremos.-

- Sim, princesa!!- concorda.

- Edmundo, o que acha de escolher os guerreiros que irão nos acompanhar, já que sabe bem as suas técnicas. - segue outra proposta-.

- Claro, irei me preparar- responde e logo se levanta para iniciar suas atividades.

-Majestade! Devemos nos manter fortes, então se junta comigo a um desjejum?!- Aylla diz calmamente.

-Seria uma honra- o jovem deixa transparecer um pequeno nervosismo com o convite-

- Com licença majestades!- diz William ao se retirar com um pequeno sorriso no rosto.

Ao se aproximarem da mesa, Edmundo rapidamente puxa uma cadeira para a princesa, que apenas o analisa sem nenhuma expressão facial, o jovem rei se sente constrangido, mas se direciona ao seu acento. Alguns minutos observando Aylla bebericar um chá.

-Um dos guerreiros que partiu com o rei Pedro e outros, mandou uma carta. –a princesa acaba com o silencio.

-Encontraram o rei Caspian?- pergunta Edmundo ansioso.

-Não, mas na carta dizia que haviam sido atacados e uma explosão, acho melhor que leia, entenderá melhor.- Aylla entrega um pequeno papel sobre a mesa para Edmundo, que agarra como cuidado e medo do que teria escrito ali.

Após alguns minutos Edmundo anda de um lado para outro em desespero, parecia querer quebrar tudo ao seu redor.

-Não!! Temos que fazer alguma coisa, Pedro não esta morto!- grita tentando entender seu pensamentos.

-Eu pedi que alguns soldados partissem hoje pela manha em busca de todos, mas preciso de você aqui.- Aylla diz com cautela e preocupação, mas Edmundo não percebe apenas lagrimas escorrem pelo seu rosto.- Eu sei pelo que esta passando, mas preciso que se mantenha calmo para nossa missão de hoje.

-Eles são meus irmãos, você não sabe o que estou sentido, não sabe!! Você não tem sentimentos ou algo do tipo, você é uma farsa, eu duvido muito que seja mesmo um a princesa.- Edmundo tremia de raiva e lagrimas escorriam pelo seu rosto, apenas sentimentos de raiva o tinha agora.

A princesa parece se abalar por um momento com suas palavras, parecia sumir em seus próprios pensamentos, mas logo retorna fria e com olhos queimando de fúria.

- Não me importo com o que pensa rei Edmundo!! Narnia esta em perigo agora, faça o teu dever para com o povo, eles não podem saber que Pedro se foi, isso irá desestabiliza-los. –suas palavras eram de uma rainha fria ordenando ordens a uma criança tola, foi assim que Edmundo se sentiu.

-Como acha que estou? Não há estabilidade alguma neste plano!!- Edmundo se aproxima de Aylla tremendo.

-É  melhor se controlar, Majestade! Suas atitudes então dificultando!.- a princesa fecha os punhos.

- Você não é rainha de Narnia, não pode ordenar o que devo ou não fazer!!- Edmundo grita mais alto do que deveria e todos fora da tenda prestam cada vez mais a atenção na discursão.

Um rugido feroz de leão que faz todo o local estremece com o som, alguns se afastam com susto, mas todos possuem o mesmo pensamento e alegria toma conta de todo o local.



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As Crônicas de Nárnia: A volta dos reis Onde histórias criam vida. Descubra agora