Capítulo IX

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Pedro após enxerir vários golpes finalmente conseguiu atingir algo, que em resposta soltou um rugido horrendo, fazendo o rei estremecer com o som, uma esperança surgiu em seus pensamentos e pode perceber que o ferimento fez a possível fera aumentar sua respiração a cada vez que se aproximava, possibilitando que Pedro notasse sua aproximação e sua direção. Alguns golpes não acertaram, mas os seguintes a fera parecia ter perdido seu foco, o rei então atacou com toda sua força, ate que sua espada cravasse algo solido juntamente com outro rugido, mas este era fraco, o rei puxou sua espada e um liquido esguichou por todos os lados, que também notou que a fera era alta.

Após sofrer vários ferimentos, os ataques cessaram e algumas pessoas ainda reclamavam de suas dores, Pedro estranhou o motivo do fim dos ataques, mas ainda sim não saiu da posição de defensiva.

-Susana!!- clamou novamente o nome de sua irmã, mas não teve resposta. - Professor!!- continuou.

- Alteza, me ajude!!- uma voz próxima suplicou, fazendo o rei se aproximar com cautela.

- Quem está ai?- perguntou- Erius é você?!

-Sim, majestade. - respondeu o comandante da tripulação. - Esta ferido, senhor?.

- Estou bem, continue falando para que eu possa te encontrar.

- Por que cessaram o ataque? O que aconteceu?

Pedro suspira e consegue encosta em algo- Ainda não sei explicar. - Diz ao ajudar Erius que levanta com dificuldade devido os ferimentos.

- Erius, você viu a ranha Susana?- perguntou esperançoso.

- Infelizmente não, majestade.

Ambos saíram em buscar de mais pessoas pela escuridão sem fim, após algum tempo parte do grupo estavam juntos de mãos dadas evitando que se perdessem novamente, mas a rainha Susana e o professor estavam desaparecidos, ninguém conseguia encontra-los.

Aos poucos suas visões foram se tornando claras, logo podiam ver o sombras e posteriormente  os rostos assustados do grupo de soldados na ilha, que estava completamente diferente, a vegetação que havia ali foi substituída por areia, e pequenas arvores mortas, a montanha estava mais distante do que antes e o navio que chegaram não se podia mais vê-lo. Um desespero tomou todos os soldados ali ao perceberem que alguns desaparecidos se encontravam sem vida na área, Pedro procurou com dor no coração por sua irmã e o professor, mas nenhum dos dois estava ali.

- Não se separem as feras podem retornar, irei atrás da minha irmã e do professor. Procurem o barco, levem os corpos e fiquem protegidos. - disse o rei antes de ir em direção a montanha.

- Iremos com vossa majestade, alguns de nos irão procurar o barco, senhor. – Erius se aproxima do rei.

- Essa ilha é perigosa, não podem arriscar suas vidas- Pedro diz ao olhar vários soldados se preparando para qualquer ataque.

- Caspian é nosso rei e você também!- diz Erius e os outros concordam.

O rei apenas acena em concordância e prossegue com os guerreiros ao seu lado.

(...)

Edmundo caminhava pelo acampamento próximo a um riacho que refletia a lua, que estava cheia e deixava a noite clara e menos assustadora.

- Deveria estar descansando, majestade- disse Aylla ao se aproximar.

- Você também princesa- responde.

- Estou no meu turno de vigia- disse ao se por ao lado do rei que não conseguia tirar seus olhos da princesa.

- Qual é o nome do seu reino, Aylla?- pergunta o jovem tirando um pequeno sorriso da princesa.

- Horatio- respondeu calmante, parecia relembrar do seu reino, notou Edmundo.

-  Nunca ouvir falar neste reino. – completou o rei.

- Poucos ouviram, é um reino distante.

- Todos são feiticeiros como você?- perguntou novamente, fazendo a jovem demostrar expressão seria. –Me desculpe, não quis ofender- completa o rei ao perceber o que teria causado.

- Não ofendeu você não é o único que acha que somos feiticeiros- respondeu após demostrar compressão nas palavras e em sua face. Edmundo soltou o ar que nem sabia que estava segurando.

- Quase não se ver as estrelas em Londres- inicia Edmundo.

- O reino de vocês antes de Narnia, me parece triste.

- Oh! Não, é belíssima, cheia de pessoas para todos os lados. - retruca o jovem rei.

- Não significa que sejam felizes ou que são pessoas boas- disse olhando aos olhos do rei, que se sentiu um pequeno rato encurralado por um predador.

- Bom, existe pessoas felizes e pessoas tristes em todos os lugares, a tristeza nunca foi banida independente do reino.- responde um pouco tímido.

Aylla apenas concordou e deixou apenas um pequeno sorriso de canto como resposta, deixando o jovem rei confuso com as atitudes da princesa, ela era tão fechada, talvez alguém tenha forçado a ser assim ou teria passado por algo que a deixou assim, estava curioso apara saber a origem de suas atitudes e personalidade, mas seria difícil retirar de sua própria boca estas informações.

- É melhor voltar para sua cama, Edmundo- disse antes de sumir pelo acampamento. Edmundo não teve chance de responder, mas resolveu escutar o pedido da princesa, que mais se parecia com uma ordem.


As Crônicas de Nárnia: A volta dos reis Onde histórias criam vida. Descubra agora