Capítulo 19 : Tênis molhados e Poppy ladra demais

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— Quem está aí ? — E provavelmente meu fim também!
— Melhor você sair agora!

Engulo em seco e destranco a porta lentamente a porta mas antes que consiga a abrir por completo sou parada.

— Mas antes espere por favor — A voz masculina diz apressada — Antes precisamos nos arrumar...

Um suspiro alto de Poppy soa enquanto barulhos de botões sendo fechados se ouvem como, sapatos sendo calçados e fechos de sutiã e camisas sendo postas talvez.

— Não vai demorar a gente já está finalizando — um barulho de zíper se ouve novamente — So mais um pouquinho e pronto já está.

Em silêncio a porta que logo é aberta revela um garoto alto ofegante e desajeitado e Poppy por cima da pia perfeita.

— A gente estava só... — O garoto de pele bronzeada tenta se justificar — Vendo se ninguém ficou preso por aqui

É mesmo sério isso ?

— Certo Poppy?

— Claro que sim — Seu tom sai irónico olhando fixamente para mim — A gente faz isso sempre.

Ela se levanta lentamente fazendo a saia curta xadrez revelar ainda mais suas coxas formosas.

— Nunca se sabe quando podemos encontrar alguém preso — Ela sorri — Como agora encontramos você.

— Eu não estava presa — Cruzo os braços incomodada.

— Você estava sim certo Alissa ? — seu olhar é esmagador — Você deveria agradecer a nós dois que encontramos você

Ela diz aquilo como se estivesse falando como uma criança o que né irrita ainda mais.

— Acho melhor para a próxima vez que vocês quiserem procurar gente perdida irem para um quarto.

Cansei dessa cena toda.

— Olha baby boo a Alissa é tão engraçada não é mesmo ? — Ela ri forçadamente junto com o garoto a frente dela — Eu quase nem percebi que era uma piada.

— Certo uma piada...

— Agora baby boo porque você não me deixa com a Alissa uns segundinhos — Ela diz num tom mais sério — A gente precisa conversar.

O garoto assente, abraça Poppy e olha para mim antes de sair.

— Foi bom conhecer você — Ele sorri — Bom gostaria que fosse em outra situa que você não estivesse presa... — É realmente sério isso ? — A gente se vê por aí.

— O mesmo mas para a próxima só não esquece de fechar o zíper da calça.

Aponto sem jeito para o local onde seu pomo de Adão acordado parece latejar dentro da cueca branca exposta naquela área que ele logo tapa com as duas mãos.

— Obrigado — Com uma não tapando seu piriquito ele sai do banheiro feminino deixando apenas eu e Poppy.

Que passando a língua afiada entre os dentes vem até mim me fitando com seriedade.

— O que você está fazendo aqui ?! — Ela Berra alterada — Eu não quero sua presença nojenta perto de mim.

— Qual é seu Problema ? — Esbravejo irritada — Eu não sou culpada se você achar que um banheiro público é um quarto.

— Você se acha muito corajosa certo Alissa ? — Ela ri — Me desafiar foi uma estratégia interessante para você ganhar atenção, mas isso não aí durar muito tempo.

Ele sorri malignamente.

— Você não sabe do que eu sou capaz eu vou acabar com essa sua felicidade miserável. Poppy Jenkins é alguém com quem você nunca devia mexer.

— Para começo de história você pode ir enfiando essa sua atenção nojenta e seu nome idiota no seu cú — grito irritada. — Eu não me importo com o que você vai fazer comigo e não tenho medo de você.

— Você não...

— Dizem que cão que ladra não morde — sorrio enquanto passo por ela em direção a porta — E você é uma cadela que ladra demais Poppy.

Antes que ela diga algo eu saiu dali e fecho a porta com força, eu não aguento mais isso. Eu preciso sair daqui.

Poppy é uma pessoa insuportável e quanto mais eu manter distância dela pelo menos só por agora melhor para mim.

Passo pelo portão da NYU apressada deparando com uma rua agitada pronta para me dirigir a estação de metrô mais próxima.

Acho que escolhi um mau dia para convencer minha mãe a me deixar voltar sozinha para casa, o caminho ainda é longo.

— Ei entra aí — o garoto de cabelos escuros com as mãos no volante acena rápido — Eu te dou uma carona.

O carro está parado na vaga especial e seu braço forte repousa sobre a janela por onde acaba de abaixar o vidro. Ótimo só me faltava isso!

— Não precisa. Vou pegar o metrô. — Cruzo os braços e continuo a andar pelo passeio.

Tento o ignorar ao máximo e encaro meu sapato branco molhado. Mas para a minha infelicidade, o carro não se vai com minha rejeição e me acompanha da estrada perto do passeio a medida que ando.

Curiosa, levanto a cabeça, tentando entender o motivo da sua insistência. Eu não entendo ao certo porque Dylan insiste, porque ele não vai simplesmente embora.

— É apenas uma carona — avisou seriamente. — Essa hora o metrô é muito cheio e você passará muito tempo à espera. — paro por um minuto e ele se inclina para abrir abrir a porta do passageiro como um tipo convite.

Ele infelizmente está certo, eu não quero passar o resto da minha noite à espera. Com indecisão ainda entro no seu carro que cheirava a algo semelhante a menta.

Faço de tudo para ignorar seu sorrisinho vitorioso, enquanto me acomodo no banco e coloco o cinto de segurança.

— Obrigada — murmuro sem encará-lo.

— Você não precisa agradecer — O vidro voltou a subir e o ar-condicionado começou a gelar as minhas bochechas agora sim fico aliviada que sempre tenho meu fiel moletom

Limpo a garganta quando o carro começou a andar e me remexo no assento.

— Só para você saber — comecei me virando para encará-lo seriamente. — Eu sou uma ótima jogadora em Mortal kombat e tenho capacidade de derrubar uma porta, se você tentar alguma coisa comigo, eu vou derrubar você e farei esse seu rostinho bonito, um belo estrago.

Dylan entre abre os lábios
e balança os ombros largos se virando para me encarar, antes de falar com um pequeno sorriso.

— Então realmente você me acha bonito?

Sua declaração me fez revirar os olhos e ponho toda a minha atenção na paisagem que passava pela vidro. Algo me dizia que a viajem seria longa e desconfortável. Por que eu não peguei o metrô mesmo ?

— É a segunda vez que você diz isso Alissa!

Perfect collision [Degustação]Onde histórias criam vida. Descubra agora