Capítulo 25 : Só duas perguntas e algo de errado acontecendo.

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Fecho a porta do carro com cuidando e observo a área de algumas árvores, um tanto altas.

A areia vai ficando com uma textura meio diferente a clara a medida que dou alguns passos em frente.

Tudo isso ainda me parece meio estranho mas prefiro me manter firme e não demonstrar tanta desconfiança.

— Só precisamos caminhar mais um pouco. — A voz de Dylan soa atrás de mim e um arrepio percorre meu corpo ao me virar e ver que ele estende a mão para mim.

— Eu posso me orientar sozinha —Cruzo os braços enquanto sinto minhas bochechas queimarem.

— Claro que pode — Ele mete as mãos nos bolsos da jaqueta de couro começando a caminhar pela floresta adentro.

O olho desconfiada e começo a pensar duas vezes se devia o seguir mas bom agora é tarde demais para voltar a trás.

Parte do caminho é passada em silêncio com algumas trocas de olhares e exceto por algumas reclamações de Dylan me lembrando sempre do quanto estou sendo lenta, mas não tenho culpa nunca fui boa a andar na areia, acabo por enterrar de qualquer maneira.

Ignoro ele e observo o ambiente ao redor posso notar como ele olha de forma diferente para esse local, ele o olha com interessante como se realmente gosta dele.

"Estamos indo para o único lugar que eu gosto"

Me lembro das palavras com certa sinceridade dele, e realmente começo a perceber porquê ele gosta tanto daqui é tudo tão tranquilo calmo. Poderia ficar aqui por um bom tempo também.

Poucos minutos depois o barulho de ondas é maior o carro ficou para trás e já não faço ideia onde estamos quando ele para de andar me fazendo parar também e em seguida, se abaixa para desapertar as botas sujas.

— Só quero ser mais rápido — Ele se justifica e pega suas coisas antes de começar a correr e me deixar para trás.

— Onde você está indo ? — Fico imóvel e ele não responde nada apenas o barulho de seus passos se distanciando se ouvem.

Olho em volta assustada o mesmo ambiente tranquilo foi substituído agora um assustador vazio e sem nada, sem nada além de mim e o único som vai se tornando minha respiração irregular.

— Dylan ? — Grito e minha voz faz eco pela floresta.

Medo, pânico, pavor, fobia, horror todos sinônimos se expandem rapidamente pelo meu corpo como uma onda de adrenalina correndo pelas minhas veias.

Ouço um barulho de galho sendo quebrado no fundo o pânico aumenta como uma onda electrizante em mim.

E não penso duas em correr, e seguir em frente pelo caminho onde ele foi, correndo desesperadamente pela floresta noturna e que sem ele parece sombria.

Tiro meus sapatos e a areia clara e quente cumprimenta meus dedos do pé descalços enviando pequenos choques pelo meu corpo frio.

Eu não sabia para onde ir, apenas corri e fui em frente até parar numa espécie de entrada de caverna.

Onde raios ele se meteu ? Um animal apanhou ele ? Ele me abandonou e foi embora ? Eu não sei o que ele está fazendo comigo ou porque está fazendo isso mas de algo tenho certeza ele está me deixando louca.

— Vem Alissa você está perto — A voz de Dylan se ouve de dentro da mesma caverna.

Um alívio percorre meu corpo o relaxando um pouco e por um segundo a possibilidade dele ter sido comido por algum urso vai embora da minha cabeça.

Entro no sítio um tanto desconfiada, e confesso que também tenho um pouco de raiva por ele ter me feito correr até aqui, mas em seguida a raiva vai embora e é substituída por outro sentimento.

Perfect collision [Degustação]Onde histórias criam vida. Descubra agora