bônus encantados

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Eu sei quem você deve estar pensando "Nossa, Taehyung, pra que demorar tanto pra falar um pouquinho mais sobre a sua vida mesmo depois de um final feliz?" e eu te peço as mais profundas desculpas pela demora. Eu tô bem ciente de que uma demora de alguns dias é até ok, alguns meses até que passa, mas dez anos acho que já é demais até pra mim; foi meio exagerado mesmo né? Também devo admitir que eu queria ter vindo antes, queria mesmo, mas preparar um casamento, passar pela fase de pré-adolescência de Dahyun e continuar com um bom trabalho junto de uma saúde mental estável é muitíssimo mais difícil do que eu imaginava há dez anos quando resolvi encarar aquela aventura.

Depois de eu ter pedido Jimin em casamento no meio de uma sessão de fotos e ter ouvido o seu mais feliz "sim" em meio as lágrimas, tudo pareceu melhorar, sabe? Agora o meu príncipe morava definitivamente comigo, em alguns dias me acordava com beijinhos em todo o rosto e em outros com um tapa porque não queria ser acordado pelo despertador, e tínhamos uma princesinha que ficava em nosso palácio de sonhos a cada quinze dias como era o combinado.

Jimin tinha se dado bem com Taeyeon num nível que eu nunca imaginaria. Não que eu quisesse que os dois entrassem num pé de guerra nem nada do tipo, até porque longe de mim uma coisa dessas já que os dois são as pessoas mais assustadoras da face da terra quando bravos, mas era bom demais ver os dois se divertindo em nossos almoços de domingo e combinando até uma saidinha aqui e ali já que tinham um gosto muito parecido para moda e livros de romance. Éramos a família perfeita do início ao fim, e acho que isso fica bem claro na foto do meu casamento onde estamos os três juntos com uma Dahyun de oito aninhos sorridente no colo do Jimin.

— Pai? Paaaaaai? — ouvi alguém chamar enquanto observava a foto sobre a estante da sala, e o meu sorriso teria se desmanchado por ter sido interrompido se eu não conhecesse de quem era aquela voz.

— Diga, Dahyun. — respondi assim que ela parou no batente da porta, o rosto coberto de uma máscara preta de limpeza facial enquanto ela continuava enrolada em seu roupão felpudo. Quase me senti ofendido quando ela notou que era eu quem estava na sala e revirou os olhos.

— Não você, pai, o outro pai. Onde o Jimin foi?

— Ué, você não pediu uma cera de depilação? Ele foi buscar.

— Ele não pode demorar mais! Imagina se eu vou com uma perna peluda e a outra raspadinha? Todo mundo vai rir de mim na formatura!

— Ué, usa a lâmina de barbear.

— Tá doido é? Isso vai acabar com a minha pele hidratada! — quando ela viu a minha expressão levemente confusa, riu do seu jeitinho gostoso e se aproximou de mim com o sorriso quadradinho que eu tanto amava.

Dahyun tinha se tornado a mulher mais linda de todo o planeta, e espero que Taeyeon nunca saiba dessas minhas palavras já que, segundo ela, o posto de mulher mais linda do planeta deveria ser dela já que ela veio antes. Minha princesinha estava alta, com o mesmo sorrisinho quadradinho de sempre e aqueles olhos que não perdiam o brilho infantil nunca; seus cabelos pretos agora estavam num tom de castanho claro que eu confesso adorar apesar de todo o gasto com cremes de hidratação, e mesmo que tivesse uma das orelhas com uns cinco furos e atitude de durona em diversas situações, continuava sendo a mesma garotinha animada e sonhadora.

Senti seus braços se entrelaçando em meu pescoço e logo fiz o mesmo com os meus em sua cintura, me envolvendo naquele abraço apertado e com cheirinho de banho recém-tomado. Se eu me esforçasse um pouco, conseguiria ver que as mãos da minha pequenina tremiam e seu coração batia acelerado, e por isso acabei a apertando um pouco mais naquele abraço que eu sabia que a acalmava. Era justo que ela estivesse dessa forma num dia tão especial, já que não é todos os dias que ela se forma no ensino médio para ir direto para uma das melhores universidades de Seoul, e digamos que talvez eu estivesse um tantinho ansioso também.

conto de príncipes | vmin / pjm+kthOnde histórias criam vida. Descubra agora