Reunidos pelo destino

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  Macaylla encarou o quarto com tristeza. Bel observava a pureza de uma criança que tocava em todos os moveis básicos de uma casa em que alugaram na França. Ela não falava.

  Era uma criança de pouquíssimas palavras que estava sempre com um olhar preocupado de medo. Ela não aparentava muita confiança nas pessoas em que a rodeavam e Bel não a culpava por isso.

— Sente falta de sua mãe, não sente? — Perguntou Bel.

  A menina com o olhar tristonho abaixou sua cabeça e parecia querer chorar.

— Vamos acha-la... Eu prometo.

— Ela sabe. — Disse Rachel entrando no quarto com um sorriso no rosto e com roupas mais simples. Uma jaqueta de couro e calça jeans.  — Vamos garota, vou te animar um pouco.

— Nem pensar nisso. — Disse Bel. — Vai acabar traumatizado a Macaylla.

— Bel relaxa, só vou levar a menina pra dar um volta. Que tipo de demônio você acha que eu sou?

— A pior de todas.

— é só um sorvete... — disse Macaylla despertando a atenção dos dois. — Ela disse que queria tomar sorvete. Certo? — Perguntou e Bel encarou Rachel esperando sua confirmação. Rachel sorriu confirmando com a cabeça.

— Prometo que ela volta inteira.

— Nem ouse poluir a cabeça dela, Macaylla é só uma criança.

— Vovô coruja esse que você ganhou hein pirralha. — Sorriu Rachel.

  O fato de Rachel querer sair com Macayla era interessante. A rainha não costumava ter contato com crianças e nem levava de fato algum jeito com eles.

  O que ela queria com a filha de Rebecca era o mistério.

  E foi desse jeito que ficou. As duas sentadas uma de frente pra outra naquela mesa da sorveteria francesa na esquina. Macayla tomava o sorvete repleto de doces e balas com vontade. Já Rachel observava os passos dela. Cada movimento.

— Então... Me conte mais sobre você. — Disse Rachel. — Como anda seus pais. Retirando os fatos recentes é claro.

— Vão bem... Brigam muito as vezes, mas vão bem.

— Eles brigam?

— Minha mãe quer me colocar em uma escola pra pessoas especiais e meu pai é contra, ele diz que não quer me ver trancada lá dentro... — Provável que ela se referia a escola de Bloodville.

— Você é muito nova pra ir parar naquela escola.

— É, mas eu já despertei meus poderes. — Respondeu. Então ela já sabia que era uma criança especial.

— Então... Não foi Rebecca que te enviou para aquele lugar?

— Aquele lugar ruim? Claro que não! Mamãe jamais faria algo assim. Eu estava em casa e depois fui parar lá!

— Você fez isso? Consigo mesma? Seus poderes são o que? Teletransporte?

— Não... É mais complicado que isso. Ainda não sei tudo sobre eles... Por isso minha mãe quer me colocar lá na escola. Ela diz que pode ser perigoso se eu não souber usar eles...

— E o que mais você pode fazer? — Perguntou cada vez mais curiosa.

— Eu curo as pessoas.

— Cura do tipo... Regenera elas?

— Sim. Se elas se machucam eu posso curar o machucado delas...

— o que mais você pode fazer?

Alucard: O Retorno - Vol 3 - Uma História Renegados Do Inferno Onde histórias criam vida. Descubra agora