Resgatando uma joaninha perdida

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"Vamos lá Adrien, pense, onde essa mulher pode ter se metido???"

Aquilo já estava virando um absurdo, Marinette tinha sumido mesmo. O primeiro lugar que a procurou foi no seu apartamento, nada. Logo em seguida refez os caminhos que ela costumava percorrer mas não achou se quer um rastro da mestiça.

Estava começando a ficar angustiado, não sabia mais para onde ir e as horas só passavam, logo seria madrugada, o que dificultaria ainda mais a busca.

Marinette não podia ter feito isso com ele, dessa vez, ela tinha passado dos limites! E tudo por causa de um gato, que naquele momento, estava mais seguro do que ela mesma.

Mas não adiantava ficar pensando nessas coisas, tinha que se concentrar em acha-la de qualquer jeito!

A cada rua, cada lugar que passava e não a encontrava, trazia apenas para seu coração um temor terrível: alguma coisa de ruim poderia ter acontecido com Marinette como um sequestrou ou até mesmo coisa pior.

Ele sentia dores e calafrios por toda espinha dorsal e a cada pensamento negativo, aquela dor só aumentava.

Onde Marinette estava?

O que estaria fazendo?

Por acaso estava perdida?

Estava machucada?

E se estivesse, meu Deus, onde? Sentia muita dor? Havia sido algo muito grave?

Será que ela poderia estar em algum hospital?

Tantos pensamentos, tantas preocupações... tanta tristeza.

Não... não importava mais, nada importava mais! Iria passar a noite procurando por ela, iria encontrá-la!

Para lhe dizer mais uma vez... uma única vez...

"EU TE MATO MARINETTE!!!"

Foi então que a viu andando sozinha em uma rua completamente deserta.

Céus, graças a Deus estava viva e estava bem! Mas vê-la assim não o impediu de sentir uma raiva profunda dentro de si. Acelerou a moto, fazendo com que a mestiça que se assustou ao ouvir o estrondoso barulho que motor fez, sair correndo pela rua.

Droga, ela estava achando que ele era um desconhecido!

Marinette tentou correr o mais rápido possível, mas logicamente, não foi mais rápida que a moto que logo foi jogada em sua frente, impedindo a passagem.

Seu coração quase parou quando viu o motoqueiro retirar o capacete e revelar o belo rosto do seu (ex)atual namorado, completamente desnorteado. Ela deixou seu ar sair todo pelas narinas ao olhar diretamente nos olhos verdes que a encaravam confusos, mas ao mesmo tempo, felizes por terem encontrado os azuis dos seus.

Adrien então abaixou o descanso da moto e rapidamente, sem pensar duas vezes, a envolveu em um abraço forte, quase sufocante.

Naquele momento por mais que estivesse bravo, só queria senti-la em seus braços de novo. Queria sentir seu coração batendo de encontro ao seu peito e beijá-la...

Foi o que fez.

A beijou, a beijou mais uma vez, seguindo de mais beijos naquela boca quente e gostosa... A boca, os lábios da dona do seu coração.

Aquela maluca desvairada.

A sua joaninha.

Estava perdido no beijo quando Marinette o afastou com certa brusquidão. Ela se sentia confusa, estava e não estava feliz de vê-lo ali. Aquele beijo, aquele abraço, não anulavam os sentimentos que ainda tinham em seu coração e queria explicações.

- Marinette!

- Adrien! O que você ta fazendo aqui?? Aliás, cadê o meu gatinho??

- Você ainda está pensando nesse bicho?! Pelo amor de Deus Marinette olha essa rua, olha o seu estado! Eu quase me matei te procurando em todos os cantos! Dessa vez você foi longe demais!

- A culpa foi sua!!

"Ah essa é boa!" - Adrien estava puto. Porra, ele tinha ficado que nem um louco procurando por aquela doida e agora tinha que ouvir que a culpa de tudo era dele?!

Porque amava tanto essa mulher desequilibrada?

Foda-se. Não iria engolir fácil aquelas acusações mas não adiantava convence-la com palavras, ainda mais porque estavam em uma rua completamente deserta e já era tarde da noite.

Iria leva-la consigo, nem que para isso, fosse preciso amarrá-la na moto.

- A culpa foi minha? Ta bom então Marinette. Quer saber de uma coisa... não vou discutir com você aqui. Anda, vem! - Ele tentou puxa-la pelo braço mas ela não o obedeceu, se afastando rapidamente.

- Eu não vou a lugar nenhum com você!

- Ah não vai? Presta atenção, chega de brincadeira! Agora já deu! Você vem comigo e vai ser agora!

Aquilo já era o seu limite, por mais que Marinette fosse o amor da sua vida, ela estava agindo como uma criança, e das piores ainda por cima!

Ela não viria por bem?

Então seria por mal!

Rapidamente, ele segurou sua cintura, colocando seu corpo na carcunda e a levantou caminhando em direção a moto.

- ADRIEN ME SOLTA! SOCORRO!

- Fica quieta!!!

Por mais que sentisse as mãos da mestiça lhe deferindo socos nas costas, não iria solta-la, nunca mais. E ela iria ver e aprender que com ele, não se brincava assim sem ter o troco.

Mesmo sob todos aqueles protesto por parte da mesma, ele a colocou sentada na moto e antes de subir na sua frente a encarou firmemente - Ai de você tentar sair daqui, eu te pego e te trago de volta, entendeu?

Aquilo foi o suficiente para ela se calar e colocar o capacete quando Adrien a entregou. Não dava mais para ficar brigando com ele daquele jeito e por mais que estivesse chateada e ainda preocupada com o gatinho, o seu corpo não estava aguentando mais. Havia andado ruas a fora, sem ter comido nada, além de estar sentindo frio e com a perna doendo, pois havia tropeçado em uma das calçadas anteriormente.

Assim, os dois voltaram para casa e quando chegaram lá, Adrien foi o primeiro a descer da moto.

- Vamos, desce.

Ela tentou relutar, olhando para o lado.

- Anda!

Mesmo não querendo entrar naquela casa de novo, ela teve que obedecer mais uma vez. Os dois caminharam até a porta mas Adrien a parou ficando na sua frente.

- Antes de entrar eu quero que você me prometa uma coisa... nunca mais vai sumir desse jeito, você me entendeu?

- Adrien eu só quero saber...

- Me responda! - Ele falou firme. - Anda, fala logo!

- Eu prometo! Mas agora eu quero que você me diga, o que fez com o meu...

Não pode continuar a falar a frase, pois quando ele abriu a porta, viu o que jamais seus olhos pensariam que poderia encontrar naquele momento.

Seu gatinho estava são e salvo e dormia tranquilamente em uma caminha confortável.

- Vai lá abraçar seu filho. - Adrien sorriu de lado enquanto dava espaço para ela passar.

Agora sim, se sentia a perfeita idiota. A mais idiota de todas.

Mas pelo menos... era a idiota mais feliz do mundo e mais apaixonada do que qualquer uma. 

Eu estou com você ( Adrienette) Onde histórias criam vida. Descubra agora