Capítulo I

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Por Fábio

        
3 anos atrás

       Depois de tudo que aconteceu eu não sabia mais o que fazer, meus pensamentos só iam para a cena que eu tinha acabado de ver, eu estava sem rumo, o taxista que eu acordei quase pulando na frente do carro, ficava me olhando pelo retrovisor enquanto eu me acabava em lágrimas.

        - Senhor não fique assim está me deixando preocupado - falou ele tentando me ajudar.

        - Não se preocupe.

        - Quer que eu te leve pra algum hospital? Você nesta situação não está nada bem. - e logo lembrei que era melhor eu ir pra o hospital que trabalho, concerteza minha mãe ainda deve estar lá.

         - Por favor me leve para o Hospital Geral Salvatore - falei, mas não prestei atenção em mais nada do que ele falava, na minha cabeça só vinha pensamentos do porquê tudo isso está acontecendo, eu tentava de todas as formas tentar entender o que levou isso a acontecer, mas não tinha explicação nenhuma pessoa nessa vida merece passar por isso, e mesmo assim eu estava passando, só voltei a olhar ao redor assim que ele estacionou em frente ao hospital.

       - Quer que eu lhe acompanhe? - falou o senhor taxista prestativo.

        - Não, agradeço, mas pode deixar daqui eu sei o que fazer - mesmo não sabendo eu não queria oportunamente outra pessoa - obrigado novamente - falei saindo do taxi quase correndo em direção a entrada de funcionários do hospital.

         Por onde eu passava as pessoas me encaravam eu via colegas com olhar de pena como se soubessem o que havia acontecido, mas não era do impressão minha e uma sensação de ter a palavras trouxa estampada na minha testa, tentei passar despercebido ao máximo, mas por ser conhecido e trabalhar no hospital ficou difícil, além da minha situação que estava péssima chorando um pouco alto, entrei na sala de minha mãe sem me preocupar se havia alguém lá, a única coisa que eu queria era o colo dela, tenho certeza que ela conseguiria me ajudar a pensar no que fazer, por sorte não havia ninguém somente ela com seus óculos que estava na frente do computador, mas que logo saiu detrás da mesa vindo em minha direção com uma feição preocupada.

        - Fábio meu filho, o que aconteceu porque você está assim - falou ela me abraçando e nos dirigindo a um pequeno sofá.

        - Eu não sei o que fazer mãe - falei chorando no seu colo.

       - Calma filho, você tem que se acalmar, está muito nervoso - falou ela alisando meus cabelos como quando era criança, ela começou a cantar uma canção de ninar, mesmo minha mãe não sendo superprotetora como meu pai, ela transmitia o carinho dela tanto quanto ele.

        - Mãe - falei me virando para encarar ela depois de um bom tempo tentando de acalmar - eu tou grávido.

        - Oh - falou ela com uma mão na boca segurando o sorriso de felicidade - mas que notícia ótima meu filho, mas você está chorando assim por causa disso não tem com o que se preocupar, já contou ao Lúcio, tenho certeza que ele irá amar a notícia - eu fiz cara de desgosto, mas minha mãe não tem culpa nem eu sabia o quanto o Lúcio era um traíra, se ela soubesse não teria tocado no assunto, mas só em fazer menção ao seu nome minha calam se foi era um misto de tristeza, ódio e raiva.

         - M-Mãe - falei chorando novamente - ele me traiu.

        - Como assim filho - ela estava tão chocada quanto eu - calma não precisa me contar agora, calma - falou ela entendendo que eu não tinha condições de contar a ela, não agora, e ela entendeu - vamos você precisa se acalmar isso pode fazer mal pro bebê - logo comecei a alisar minha barriga, meu filho, ele não merecia ficar mal por causa de um idiota, assim como eu, mas era tudo tão recente que... não, eu preciso cuidar dele, agora somos só nós.

Quanto vale um coraçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora