Capítulo IV

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Por Fábio

E lá estava eu buscando apoio em uma das pessoas que mais me ajudou durante todo esse tempo, depois de comer e finalmente conversar com meu avô quais seriam os meus termos para assumir os negócios e conciliar tudo com minha profissão, de início ele relutou em aceitar que eu continuasse como enfermeiro nas palavras dele "você não precisa trabalhar mais com isso e se projetando a doenças dentro daquele hospital", apenas lhe encarei e rolei os olhos, já que o momento afetivo dele havia passado, me dava vontade de rir muitas vezes, mas o grande Mont certamente não gostaria de me ver rindo.

- Então o que aconteceu? - Perguntou Bia quando atravessei a porta da sua casa, essa era uma pergunta que em menos de 24h já foram feitas incansáveis vezes - Pode ir falando sua cara está dizendo tudo, se foi seu avô novamente pode dizer que eu e o Marcos damos um jeito - ela falou e eu tive que rir, como era bom ter amigos em momentos como esse.

- Não, não foi ele - feito dando um leve sorriso para amenizar.

- Então o que foi, você só fica assim quando acaba tendo pesadelos com aquele dia... - ela falou com uma cara de frustada, incansáveis vezes ela me viu tendo pesadelos durante as horas de descanso no hospital.

- Queria eu que fosse só um pesadelo.

- Para de enigma, vai me fazer roer a unha de ansiedade - mas ela demonstrava estar mais preocupada.

- Hummm - suspirei - no almoço que fui com meu avô se lembra?

- Sim aquele dos negócios, agora fala o que teve nele.

- Não seria bem o que teve nele, mas sim quem estava.

- Não vai me dizer que... - e fez uma cara, e novamente eu suspirei.

- Pois é, nunca pensei que nesse tempo todo eu poderia acabar encontrando assim.

- Como foi ele te viu?

- Não só me viu como veio falar comigo.

- Como ele ousa ainda tentar...

- Mas essa não é a pior parte - falei me lembrando das duas bagagens extras que vieram em minhas costas.

- Como assim?

- É que ele não estava só - ela só aproximava mais esperando que eu falasse a cada pausa, como se dessa forma a informação fosse chegar mais rápido - Ela estava acompanhado da esposa.

- Quê? Ela se casou? Com quem? Eu conheço?

- Calma eu vou falar kkk - só ela com toda essa curiosidade pra me fazer distrair um pouco.

- Para de rir viado e conta logo antes que eu bata em você - falou ela com a cara emburrada.

- A esposa dele não nada mais que a Amanda.

- Quê? - ela fazia cara de falso espanto.

- Para de ser fingida eu sei que você já sabia - ela colocou a mão no peito e se fez de vítima - Não faça essa cara, eu sei que você já sabia, e não me contou porque eu pedi.

- Tão bom, mas volta história como foi o encontro?

- Preferia que no tivesse acontecido, fiquei em choque, mas tentei me acalmar não podia demonstrar nada, tentei ir embora, mas não podia fugir assim como um covarde, ele conseguiu me ver, e me seguiu quando tentava me manter o mais distante.

- Cara eu não sei se paro e vou fazer pipoca porque tá parecendo roteiro de livro.

- Kkkkk pois é, mas ainda não chegamos nem no clímax, ele veio falar comigo, de início não acreditou em.me ver, depois queria explicação pelo meu "sumiço", ainda ri do cinismo dele, e depois veio dizer que me procurou.

Quanto vale um coraçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora