Quanto vale um coração

Capítulo IX

Por Lúcio

Acordei no outro dia cedo, para falar a verdade mal dormi a noite, tendo novamente pesadelos, dessa vez eu via o Fábio feliz, junto com meu filho e outro homem que no meu sonho não tinha rosto, e meu filho o chamava de pai com a maior alegria, aquilo me cortava o coração, eles passavam por mim, olhavam, mas não tinham reação nada mudava a felicidade deles.

Levantei como se todo o peso do mundo estivesse em minhas costas, fui me arrumar para ficar em casa mesmo, desci para tomar café torcendo para não ter ninguém na mesa e eu tomá-lo em paz.

- Decidiu levantar amor? - falou Amanda se levantando para vir me beijar, e eu recusei.

- Agora não Amanda - falei a afastando de perto de mim e indo me sentar.

- Então meu filho dormiu bem - falou minha mãe séria.

- Pra falar a verdade dormi pouco. Mas onde está meu pai?

- Estou aqui - falou puxando a cadeira para se sentar e tomar café, se eu achava que havia dormido pouco meu pai não dormiu nada, e prova disso eram suas olheiras - Isso são horas de levantar?

- Que eu saiba não tenho nenhum horário para acordar, pelo menos não nesse final de semana - ele fez uma cara de bravo.

- Como não tem? É cego que que tá vendo eu correndo? Estamos perdendo negócios graças...

- Graças a sua arrogância - falei, e ele pareceu surpreso, mas logo voltou com sua carranca.

- Me respeite - falou ele - Isso tudo é culpa sua

- Minha?! - falei indignado - Fui eu quem falei todas aquelas atrocidades sobre o Fábio? Foi ele que provoquei um escândalo naquele almoço por simples preconceito? Não foi somente o senhor que ocasionou tudo isso.

- Se você não tivesse se envolvido com aquele enfermeirozinho de merda nada disso estaria acontecendo.

- Se eu não tivesse escutado você realmente nada disso estaria acontecendo, porque eu só vim enxergar o pai que tenho agora - falei isso o encarando.

- Ora seu ...

- Não vamos discutir na mesa - falou minha mãe - Agora fique calado Laércio e deixe o Lúcio em paz - finalmente eu via minha mãe desafiar ele.

- Como você ousa me mandar calar? - falou ele olhando para minha mãe que não parecia ligar muito.

- Com o direito que tenbonpor ser dona de 50% de tudo que é seu, agora ou você se cala ou perde os meus 50% que ja Não eram muita coisa não é mesmo e pelo que estou vendo agora vai ser muito menos - falou ela o olhando em desafio e logo tomando um gole do seu chá.

- Você não faria isso!

- Eu não só faria como ja praticamente fiz, quer ver os papéis? A qualquer momento é só você pedir que lhe entregarei pra assinar, só estou nesse casamento mesmo porque eu estou com preguiça de ter que fazer suas malas.- meu pai parecia que queria arrancar a cabeça de alguém.

- Acalme-se minha sogra - falou Amanda pegando na mão dela.

- E você não se faça de santa, do Laércio eu posso ter preguiça de fazer suas malas, mas de você não faria nenhuma questão de oferecer um Brechó com suas roupas - Amanda arregalou os olhos.

- Amor sua mãe...

- Como ela disse a casa é dela e se ela quiser eu não posso fazer nada.

- Mas eu sou sua mulher você vai deixar ela fazer isso.

- Cale-se, acho que deveria fazer como minha mãe e já preparar os papéis ela está certa.

- Você faria isso? Jogaria 2 anos de uma casamento feliz fora por causa daquele...