Mira Quien Baila

954 80 1
                                    

Zabdiel POV's

(Batidas na porta)

- Huuum.- Solto um resmungo sem mover um músculo do meu corpo.

- Loco não vai tomar café da manhã não? Daqui a pouco estamos indo ao estúdio da apresentação.- Ouço a voz do Erick.

- Tá.- Continuo imóvel.

- Papi vai rápido.

Ouço os passos dele se afastarem e até pensei em voltar a dormir, porém não vou me atrasar mais do que já estou. Levantei ainda sonolento e no automático segui ao banheiro. Limpei o rosto, escovei os dentes e resolvi tomar um banho para despertar mais rápido.
Entrei e sai rápido do chuveiro, envolvi minha cintura com uma toalha e passava outra no cabelo enquanto segui até a mala. Vesti uma boxer preta e peguei a primeira camisa que encontrei.
Estava prestes a vestir quando ouço meu celular. Estico o pescoço e era o Renato ligando, sei que ele ligava para que eu pudesse despertar e nem me dei o trabalho de ir pegar o celular.
Mais quando sua chamada termina vejo o alerta de uma mensagem. Passei a perna por cima da mala e peguei o celular

"Muñequito, desculpa mais não poderei cumprir a promessa de esperar você voltar em dois dias... estou voltando ao Brasil. Por favor me liga que preciso falar com você.

Beijos Val❤️"

Sentei rápido na cama. Sem demora liguei para ela e enquanto esperava os toques serem atendidos eu fazia todo tipo de perguntas. "Como assim voltar?" "O que aconteceu?" Cara, ainda ontem ela estava na minha casa. Eu preciso saber melhor disso.
Os toques de celular encerram e caem na caixa de mensagens.

- Val. O que aconteceu? Assim que ouvir por favor me liga ou manda uma mensagem, qualquer coisa.- Falo enquanto passava a mão na testa.- Eu só espero que você esteja bem.

Desligo e olho o chão pensativo.

- Zabdiel de Jesús, se você não sair nós iremos sem você.- Ouvi a voz do Renato que me fez acordar.

- Okay Okay papi, já vou.- Falo levantando.

Troquei rápido de roupa, fechei a mala, peguei e celular e desci. Cheguei no restaurante e só o Chris estava comendo.

- Cadê os outros?- Pergunto.

- Foram arrumar as malas.- Ele diz comendo sua panqueca.

- Cabrón você falou com a Jess?

- Falei.- Ele diz e para me olhando.- Você conseguiu falar com a Val?

- Você sabe? A Jess te contou alguma coisa?- Eu estava com uma mistura tão confusa dentro de mim que não sei ao certo explicar.

- Acho melhor deixar para a Val te contar bro. A Jess me contou na promessa de que eu deveria deixar você conversar com a Val primeiro.- Ele fala olhando eu sentar.

- Porra cabrón.- É, soltei um palavrão.- Fala logo, sei lá quando ela vai poder me ligar cara.

- Tá.- Chris tira o óculos.- Foi o pai dela.

- O que aconteceu?

- Da pra deixar eu terminar?- Ele cruza os braços.- Mais o pai dela parece que teve um AVC e não tá muito bem. Eu não entendi direito as coisas de médico que a Jess contou, mais acho que a Val foi ajudar e ficar com a mãe. Sabia que ela é filha única?

Enquanto o Chris falava meu olhar estava vidrado nele. Todas as palavras que ele pronunciava entravam pelos meus ouvidos e minha mente processava a informação.
Eu realmente deveria ter ligado pra ela ontem. O sentimento de culpa me tomou.

(3 horas depois)

Joel POV's

Zab e Chris estavam estranhos, principalmente o Zab. Ele nunca foi de ficar tão desatento nos ensaios e só hoje já voltamos a coreografia cinco vezes por ele ter errado a sincronia.

- Vamos dar uma pausa aqui.- O coreógrafo pede.- Zab respira um pouco, com sorte ainda temos tempo para ensaiar mais algumas vezes. Só não esqueçam que serão três músicas hoje.

- Tudo bem. Obrigado bro.- Zab senta em um dos degraus.

Eu, Erick e Rich nos entreolhamos e o mesmo questionamento que tinha em minha mente, nitidamente tinha na deles.

- Qué passa bro?- Pergunto sentando ao seu lado. E assim todos estamos juntos.

- Com vocês dois?- Erick continua a pergunta olhando o Chris.

- A Val voltou pro Brasil.- Zabdiel solta de uma vez.

- QUÊ?- Rich praticamente grita. Mais se não fosse ele seria eu, por que tive a mesma reação.

- Por que?- Erick olha.

- O pai dela tá mal.

- Quando você falou com ela?- Pergunto.

- Ainda não consegui. E é isso que está me deixando muito frustrado.- Ele coça a cabeça.- Eu não tive nenhuma notícia.

- Calma bro.- Passo o braço por seus ombros.- No momento precisamos nos concentrar nessa apresentação de hoje. Por sorte não temos tantas entrevistas.

- E as que tiverem, pode deixar que daremos um jeito de te livrar de responder.- Rich toca o joelho dele.- Só não perde o foco tá?

- Valeu caras.

- Prontos?- O coreógrafo volta.- Pronto Zabdiel?

- Sim. Pronto.- Ele responde.

- Dessa vez vamos direto ao break dance de Se Vuelve Loca e logo depois para o de Reggaeton Lento. Okay?

- Okay.- Respondemos.

- E 3.. 2.. 1

Terminamos os ensaios, ainda fizemos uma live com uma das participantes, demos mais 3 entrevistas, gravamos as chamadas dos comerciais.
Seguimos ao camarim e nossos looks já estavam prontos. Todos pretos. Nós trocamos rapidamente.
E assim chegou nossa primeira apresentação da noite, nos posicionamos e logo depois anunciado começamos com Se Vuelve Loca. Felizmente tudo saiu impecável, não erramos um passo. Atendemos ainda alguns fãs quando saímos do palco e disparamos correndo para nos preparar pra Llegaste Tu e Reggaeton Lento. Dessa vez escolhemos nossos looks e em poucos minutos voltamos ao palco. Começamos Llegaste Tu e eu errei um pouco o tempo na volta para começar Reggaeton lento, mais fora isso tudo correu perfeito.
Saímos do palco e fomos direto a vã, pois teríamos algumas entrevistas antes de voltarmos ainda hoje para Califórnia.

Valentina POV's

Mal o avião ousou e eu já estava à procura de um táxi, minha mãe havia me mandado o endereço do hospital e...

- Táxi táxi.- Balanço a mão freneticamente e ele para. Jogo a mala no banco de trás mesmo.- Esse hospital aqui.- Mostro o endereço.

Eu não iria passar em hotel, na minha casa ou em qualquer outro lugar, eu só queria ver meus pais.
O táxi segue pelas avenidas de São Paulo e eu observava tudo pela janela. Pouca coisa havia mudado. A velocidade do carro diminui e assim para em frente ao hospital. Peguei na carteira uns dos poucos reais que consegui trocar na loja de câmbio no aeroporto e logo entro no hospital. Ainda arrastando a mana procuro o balcão de informações.

- Com licença.- Falo com uma atendente.- Quero saber sobre um paciente.

- Que paciente?- Ela me olha.

- Senhor Miguel Ferraz.- Falo.- Sou filha dele.

- Um minuto.- Ela pede e eu estava extremamente aflita batendo as pontas dos dedos no balcão.

- Filha?- Ouço de perto uma voz que a tantos anos eu senti falta

Do You Believe In Distiny? (Temp 2: Zabdiel)Onde histórias criam vida. Descubra agora