Capítulo 21

52 7 0
                                    

Todos eles se retiraram, incluindo Wari. Porém Alek, Hily e Sophie seguiram juntos para o campo onde alguns guerreiros já treinavam. Logo então, Alek resolve soltar suas mágoas:

-Que...tipo...de...IDEIA FOI ESSA? -Vociferou o mesmo. -TODOS AQUI JÁ ME ODEIAM BASTANTE, E AGORA ME COLOCAM PARA ESSE MALDITO TREINO?

-Alek...calma... -Disse Hily.

-Calma? CALMA? Eu disse que estava tudo bem, Hily. Disse que ficaria por você. Mas isso? Não dá...

-Você já treinava com a Rebeka, e gostava, por que não quer treinar agora?

-São coisas muito diferentes, sem falar que o pai da Sophie vai me matar se eu fizer algo que ele ache suspeito!

-Alek, eu sinto muito ter te metido nisso...eu só pensei...eu só queria ajudar... -Respondeu Sophie quase em um sussurro.

-O que está feito, está feito. -Disse Alek sem nem olhar em seus olhos. -Eu quero ficar sozinho agora.

E assim Alek sai caminhando em passos rápidos para um pequeno bosque não muito longe.

-Você...quer começar à treinar? -Perguntou Sophie se virando para Hily. -Já que estamos aqui...

-Ir atrás do Alek não vai adiantar de nada, então...por que não?

-Tudo bem então! -Ela sorri levemente e guia Hily até o primeiro treino.

Enquanto isso, Alek caminhava aos redores do bosque confuso e chateado. Às vezes pensava consigo mesmo porque vivia em imensa fúria dentro de si. Mas ele mesmo já sabia à resposta. Alek sentia falta de seu pai, de Hoodie, Rebeka, Joseph...sua mãe...parecia que seu mundo havia desmoronado e não tinha onde se apoiar. Ele gostava de correr livre e fazer suas "brincadeiras" de luta com sua irmã, mas agora era vigiado quase que sempre, e sentia medo do que poderia acontecer. Alek podia ser crescido mas continuava sendo apenas uma criança.

Em meio de seus pensamentos, Alek sente um cheiro inconfundível...carne fresca...havia dias que ele não sentia esse cheiro. Era obrigado a comer como um vegetariano naquele lugar. O cheiro irresistível de carniça o atinge como uma bala, então sem pensar duas vezes, Alek segue o cheiro na esperança de que ninguém o perceba. Se transformando em lobo, Alek segue o cheiro como um cão de caça e encontra certeiramente a carniça. Ele não analisa sua presa e começa a comer desesperadamente, um lobo experiente tem o hábito de analisar sempre antes de comer, mas Alek não era tão experiente assim.

Quando já estava de barriga cheia, se transformou novamente em sua forma humana, feliz e satisfeito. Nada que uma boa carniça não melhore. Deitou-se logo ao lado do corpo do animal e bocejou levemente. Em seguida deu uma breve olhada para sua presa e se assustou. Era um cervo. Alek aperta sua própria garganta desesperado, ele rezava pela lua que aquele cervo não fosse um transmorfo. Aliás, ele esperava que ninguém o visse, as regras de Wari foram bem claras, e ele sabia que sendo um cervo comum ou não, isso não acabaria bem.

Pensando rapidamente, Alek segura as pernas do animal, que já era quase completamente esqueleto, e arrastou na esperança de achar um lugar para esconder o resto, porém alguns minutos depois, começa a ouvir passos próximos, e quando olhou para trás, percebeu que deixava o sangue do animal escorrer formando uma trilha sangrenta. Desesperado ele corre tentando fugir de quem seja lá quem for, e desorientado, Alek tromba de frente com um dos guerreiros de Wari, caindo assim de costas no chão, com a carniça ao seu lado. O Guerreiro faz um breve assobio e Wari e outros dois homens aparecem.

-Eu sabia que tinha sentido um cheiro diferente...e o rastro de sangue me trouxe direto ao monstro... -Declarou Wari satisfeito e enojado ao mesmo tempo.

Descendentes de uma alfa Onde histórias criam vida. Descubra agora