Hoje consegui escrever novamente em você, pelo menos não esqueço as aventuras que tomamos, já que elas estão se tornando cada vez mais frequentes e perigosas. Mas vamos lá, continuar de onde parei.
Cyob nos levou por um caminho para fora daquele local onde estávamos presos e, com a sorte dos deuses, nos levou para o lado de fora, são e salvos. Já era noite e a ilha que eu já deduzia que ficava essa base eram bem pequena. Saímos em uma porta de alçapão e, a uns 200 metros, havia uma torre em ruína, com um vão na porta e umas escadas que levavam lá para baixo.
Não havia como sairmos da ilha, ficamos olhando um para a cara do outro até Krutnar dar uma ótima ideia. O cais era pequeno, mas feito de madeira resistente e que conseguia suportar nosso peso. Então começamos a cortar a amarra principal do cais e criamos um pequeno bote para sairmos da ilha. A correnteza era bem forte, aguentamos um pouco, mas sem qualquer aviso o bote acabou tendo todas as suas partes soltas e nós tivemos que nos segurar no pedaço de madeira que desse. Com a força da água fomos levados para qualquer lugar e só lembro de engolir muita água e acordar com Krutnar batendo no meu rosto.
Acordei com o sol já raiando, cuspi uma grande quantidade de água e nós dois formos procurar os outros dois. Meredtih estava próxima a mim, já acordada, tentando se encontrar, mas Cyob não foi fácil de o achar. Ele estava debaixo de uns pedaços de mato seco próximo a margem que acordamos, meio que escondido. Quando o pegamos vimos que sua cabeça estava sangrando e um pedaço de madeira estava fincada em seu abdômen.
Krutnar rapidamente foi tentar encontrar algumas ervas enquanto eu e Meredith limpávamos o sangue que escorria dele. Mais uma vez eu senti que algo fluía do meu corpo enquanto tentava limpar o ferimento que, assim que terminei, parecia que não existia mais. Mas quando ele retornou, trouxe uma surpresa. Um cara com aparência de um daqueles idiotas que que nos perseguia, um Orc, mas ao mesmo tempo, o corpo era "menor" e tinha algumas feições humanas, eu creio que seja uma mistura entre as duas raças.
Ele se apresentou como Holge, um patrulheiro que busca vingança contra os Unitários, pelo que fizeram com seu povo. Com essa fala ele já nos ganhou fácil, e ainda ficou mais fácil nossa ida com ele quando mostramos Cyob. Ele informou que tem um amigo curandeiro que faz tudo para ajudar os necessitados, e nós só precisávamos seguir ele até a casa do tal de Irven, o mão santa.
Andamos algumas horas pela floresta em que estávamos, subimos muitas serras, e as descemos também, até que finalmente uma choupana, protegida pro pedras gigantescas se materializou em nossa frente. Um senhor de aparência não mais que 40 anos apareceu seguido de dois jovens que o agradeciam e foram embora. O senhor vestia uma túnica verde claro e tinha um rosto muito bonito, semelhante a David Beckham, um ex-jogador de futebol bem famoso por sinal.
Ele nos recebeu bem em sua casa, colocou Cyob em um quarto separado e informou que a recuperação deve durar ao menos um dia inteiro de descanso, sendo assim um prazo para todos nós vermos nossos pertences (você diário, tá bem surradinho). Irven informa que se não tivessem feito uma cura logo, Cyob teria um dano sério no cérebro. Quando ele recebeu parte dos danos mais complexos tinham sido curados, mas muito ele mesmo teve que fazer.
Analisei as palavras dele, será que eu tinha conseguido curar alguém? Será que antes eu também acabei realizando isso, porque o sentimento que aconteceu foi bem igual em todas as ações.
A noite caiu estávamos nos organizando já, oferecemos nos serviços como guarda costas, mas Irven informou que a própria população o protege, já que ele ajuda a todos, sem qualquer distinção, sendo assim desnecessário proteção pela noite. Ele dá então roupas de cama para nós três e nos recolhemos.
O sonho foi um dos mais perturbadores que eu já tive. Algo negro aparecia na frente dos meus olhos, após isso caixas coloridas saiam do céu e caiam em lugares que eu as via por estar flutuando sobre elas. A cada caixa caída uma névoa negra engolia a vila ou cidade. Chifres começavam a se destacar nas nuvens carregadíssimas de chuva, trovões ecoavam por todo lugar e um grito que não saia de mim, mas era a minha voz que dava me fez acordar.
Krutnar vem em meio apoio, enquanto Meredith foi no quarto do Irven, que também havia dado um grupo surreal. Foi com ele para ver o que estava acontecendo. Irven continuava dormindo, seu lençol todo desarrumado e no chão. Me aproximei porque Meredith não estava conseguindo controlar, uma vez que se debatia muito na cama e está sofrente muito estresse.
Toquei em seu rosto e tentei usar novamente a "cura" que tinha aplicado nos outros. Eu não sabia por onde começar, mas assim que toque na fronte do Irven, fui transportado novamente àquele mesmo lugar. Estava voando, caixas colorida caindo e, neste momento pude ver um rosto começar a se agigantar. Mais somente um nome consegui distinguir sendo gritado, Baphome. Nunca ouvi falar desse nome, o que me resta agora é procurar o que é isso.
Ao escutar o nome, eu acabei sendo jogado para distante de Irven, batendo na parede e ficando um pouco tonto. Levantei, balancei a poeira da roupa e tentei me aproximar novamente dele, mas seus olhos abriram e ele não lembrava de nada o que vc fez. Finalizei esse momento como...
Liam, o esquizofrênico.
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Os passos em Nemunus
FantasyEssa história é uma criação baseada em uma mesa de RPG D&D 5.0 realizadas nas quintas-feiras desde novembro de 2018. Mostra a relação entre os jogadores e um novo mundo que os é apresentado. Nesse conto, temos a visão de Liam, um ser humano saído d...