Capítulo 8 - Uma Loja 'Adorável'! Parte I

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  • Dedicado a Rick Riordan
                                    

8 - UMA LOJA 'ADORÁVEL'! PARTE 1

          Após tomarem uma quantidade de vinho considerável – Diego muito mais do que Jane poderia aguentar sem ficar tonta -, eles seguiram uma rua qualquer, ‘rumo ao desconhecido’, como Jane imaginava, pois obviamente não poderia voltar para o lugar que estava com o Mike – eles poderiam estar lá, esperando pela sua volta. Fora um dia engraçado, já que Diego ficara implicando sobre a sua idade e se seria correto beber alguma bebida qualquer em um bar. Ela virou-se para Diego e franziu o cenho." Meu pai não se importa nem um pouco, já que deixa a gente beber um pouco de cerveja. E, afinal, quem iria para um bar, no meio da noite, para tomar vinho?  - Ela riu, mexendo na taça enquanto via os olhares curiosos de homens e mulheres mais maduros tomando cerveja ou uísque."

- Sério, não acredito que você saiba falar mais de cinco idiomas. – dizia Jane, descrente.

- É... Ter um pai que gosta de história tem as suas vantagens. – dizia rindo.

- E é incrível que você conseguiu beber tanto vinho e só ficar um pouco vermelho. – observava ela, apoiando-se no garoto.

- É porque eu já... Como é que se fala? Eu já ‘calejei’. Mas então, Ari... Jane, onde você vai agora?

- Espera, do que você me chamou? – falou assustada.

- De nada. – respondeu rapidamente. – Mas então, você não me respondeu ainda.

- Você ia me chamar de Aria, não é? – Ela se afastou e elevou a voz. – Como no café?

              Como ela poderia ter se esquecido? Ela teve uma conversa muito estranha com aquele garoto algumas horas atrás. Parece que tudo tinha ficado no subconsciente da sua cabeça, que tudo não parecera importar, que nada tinha acontecido. Mas agora, tudo voltou à mente dela e agora, ela queria respostas.

- Afinal, sobre o que era a história que você estava falando no café? Aquele papo que nós nos conhecíamos à séculos e tal... – atacou.

                Ele passara de uma expressão de total felicidade, com um sorriso ofuscante e com covinhas para uma cara assustada, um tanto séria e pensativa.

- Não... não foi nada. – murmurou.

- Como não? Olha, já cansei de todo mundo guardar segredos e não me contar o que está acontecendo. Tudo isso... Os acidentes, você, todos se afastando, Harry... – de súbito, ela parou de falar. Ela realmente falara o nome dele. Depois de tanto tempo sem nem mencionar seu nome, com medo de que algo de ruim aconteceria ou que ela sentiria mais falta dele. Depois de tanto tempo, ela dissera seu nome, mas não se sentia nem melhor nem pior. A verdade é que ela se sentia triste mesmo sem mencionar o nome dele, pois o que ela sentia, ainda jazia em seu subconsciente, ela simplesmente amontoara seus problemas em um canto da sua cabeça, mas nada iria evitar que ela tivesse de lidar com isso mais cedo ou mais tarde.

Diego, notando que ela estava paralisada, confusa com o que ela mesmo falara, logo se impôs.

- Jane... Quem é Harry?

             Essa era uma pergunta que Jane se recusava a responder. A qualquer um que fosse. E, por causa disso, ela logo se recompôs, deu um olhar fuzilante ao garoto e desatou a andar, não olhando para trás.

- Jane? Aonde você vai?

           Ela continuou andando, sem olhar para trás, até a voz do garoto desaparecer. Ao se dar conta que tinha andando muito, notou logo que tinha se perdido. Ela parou e observou os estabelecimentos que estavam a sua volta e um acabou por chamar sua atenção.

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