The Breaking - III

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A semana passa rapidamente. Nada muda muito, a não ser pelo fato de que eles adormecem juntos no sofá com mais frequência.

Além de acordar cedo de manhã, espremidos juntos no sofá, Harry e Louis também criam o hábito de se encontrarem antes de caírem profundamente no sono, tropeçando até seus respectivos quartos às uma ou duas da manhã. Eles não conversam muito, e eles nunca se veem durante o dia, mas a noite eles sempre se sentam juntos no sofá um ao lado do outro até que os dois caiam no sono. Não é intencional. De primeira, pelo menos.

Louis nunca fez algo parecido com isso antes. Na verdade, ele nunca esteve tão submetido assim. Mas parece que dividir apartamento com Harry tornou-o uma pessoa que nunca sai e sempre dorme no sofá o mais cedo possível das nove horas. Ele não se importa, no entanto. Os escuros círculos roxos debaixo de seus olhos se clarearam de volta a seu tom de pele e ele parece muito menos cansado agora, depois de apenas uma semana de sono consistente.

Eles também não falam muito sobre seu novo hábito de dormir, assim como eles não falam sobre os hematomas de Harry ou a reputação de Louis. Quando Louis acorda, Harry já não está mais lá e eles não se veem até o jantar ou mais tarde. Harry ainda é excessivamente tímido e reservado mas Louis tenta não pressiona-lo. Ele aprecia a rotina noturna dos dois demais para tentar estraga-la. Por uma vez o mundo está balanceado e ele está aterrorizado de que algo talvez possa desalinhar isso.

Acontece apenas mais um incidente que deixa um sentimento ruim em suas entranhas. Ocorre na quinta-feira à noite, três dias depois de Louis chorar contra o moletom de Harry sobre toda a população de Upper Manhattan pensar que Louis é uma vadia que fará qualquer coisa. Louis já está adormecido em sua própria cama, enrolado em seu travesseiro de sobra que substitui o lugar de um corpo humano que ele ficou tão acostumado em dormir ao lado por anos de constantemente ter um namorado, quando acontece.

Ele é perturbando de seu sono por um som estranho que não consegue assimilar direito. De primeira ele acha que é o calor vindo dos dutos de ar ou até mesmo seu vizinho fazendo um escândalo. Mas então ele o escuta novamente, um estranho som que vagamente representa um grito. É o suficiente para que calafrios ascendam em sua pele, um arrepio correndo por sua coluna.

Deitado em sua cama por mais um momento, tentando discernir o som, ele finalmente descobre o que é. Ou ao menos de onde está vindo.

Do quarto de Harry, é claro.

Em uma profunda névoa da meia-noite, Louis vagamente pensa que um assassino talvez tenha invadido seu flat e agora está massacrando Harry com um facão ou algo igualmente bruto. Como uma decisão de último segundo, ele agarra seu velho taco de baseball de seu armário e lentamente se coloca no corredor, pronto para cair em cima de qualquer estranho que ele talvez veja em seu caminho até o quarto de Harry. Seria engraçado se não fosse tão assustador.

Quando ele chega ao quarto de Harry, apenas alguns metros pelo corredor, ele vê a porta vagamente aberta. Mais provas de que tem um assassino no apartamento deles, visto que Harry nunca deixa a porta aberta. Ele não tem tempo de pensar demais sobre a porta, no entanto, porque ele está muito mais preocupado com os gritos estrangulados vindo de dentro. Hesitante, Louis empurra a porta com o taco até que esteja aberta o suficiente para ele entrar.

Ele está esperando por uma figura sombreada em pé ao lado da cama de Harry, com uma faca enorme levantada sobre sua cabeça, cintilando com sangue. Ele também espera sua morte. Louis levanta o taco, pronto para se defender, e a Harry também se não for tarde demais para salvá-lo.

O que ele não está esperando é que a única pessoa que esteja no cômodo seja Harry. Ele também não está esperando que Harry esteja se debatendo em sua cama, enrolado nos lençóis. Gritando, chorando e gemendo. Sem assassino ou o Anjo da Morte. Apenas, sozinho.

Undone, Undress (Larry Stylinson)Onde histórias criam vida. Descubra agora