À essa altura, as ascensões das tendências hipersexuais de Harry são mais previsíveis, ao ponto de Louis dificilmente se surpreender naquela noite quando Harry implora para Louis fode-lo.
Eles estão sentados juntos no andar de baixo no sofá, em frente ao fogo ardente que aquece o cômodo mas nunca consegue realmente eliminar o frio na casa que sobrepõe-se à toda corporalidade. Seus pais já foram dormir, e tudo está quieto.
"Você tem certeza?" Louis pergunta, pela milionésima vez ao que eles escalam as escadas e seguem em direção ao quarto de infância de Harry e parece tão errado das piores maneiras. A única parte que parece certa é Harry pressionado contra suas costas, todo calor e conforto. Parece que seus corpos se pertecem, mesmo que nada mais pareça pertencer.
"Quero tanto você," Harry sussurra em sua orelha, guiando-o em direção a primeira porta à esquerda ao fim das escadas. Ele a abre e ela range alto o suficiente para os dois estremecerem, preocupados que qualquer pequeno barulho irá acordar os pais de Harry. E então o que eles farão?
Parece que Harry não se importa. Ele fecha a porta atrás deles e não há uma fechadura nela. Se houvesse, Louis se sentiria muito melhor sobre o que eles estão prestes a fazer. O pensamento de que qualquer um poderia entrar a qualquer minuto se pendura em sua mente, desconfortável como uma tempestade visível no horizonte. Ameaçador.
Eles ficam parados ali no meio do quarto e se encaram. Harry parece impaciente mas Louis está decidido em diminuir o ritmo das coisas, de modo que eles dois tenham tempo de recuar se precisarem. No ritmo em que eles estão indo, a única pessoa que está propensa a amarelar é Louis, o que é patético quando ele pensa sobre, porque Harry é o traumatizado.
Então Louis fica parado ali e faz uma pausa no que ele espera ser um pretexto para examinar Harry. Ele leva seu tempo para catalogar suas características porque ele está com medo de que isso seja um grande erro, e depois disso Harry irá fugir dele e eles nunca serão próximos assim novamente.
Ele olha para Harry e vê as roupas escuras que ele está vestindo, algumas sendo sobras do funeral e algumas sendo complementos mais novos. Mais cedo naquela noite, após os últimos parentes terem ido embora, ele trocou suas calças arrumadas por leggings pretas. Ele ainda está vestindo o moletom preto com aparência cara de mais cedo porém agora parece mais aconchegante de um jeito, menos frio e rígido e retraído. As cores escuras deixam sua pele de inverno assumidamente pálida e suave do melhor jeito. Ele é como um deus do submundo de certa maneira, sombrio e conturbado e tão irrevogavelmente lindo.
Harry começa a tirar suas roupas e Louis não irá impedi-lo. Ele deixa-as em uma pilha bagunçada no piso, esquecidas quase que imediatamente após terem sido jogadas no chão. Em um momento ele fica parado ali em nada além de suas roupas íntimas como se estivesse esperando por instruções e Louis suspira, sobrecarregado e meio O que eu vou fazer com você?
"Alguma preferência?"
"Me fode com força."
"Certo," Louis concorda, indicando para Harry situar-se na cama. Eles não discutiram nem perto de suficiente sobre logísticas para isso estar ok. Ele leu tantos avisos sobre se apressar no sexo, especialmente tão intenso como Harry quer, mas não há nada para ser feito agora. Eles já cruzaram a linha. "Você sabe o sistema de cores, querido?"
Harry praticamente se exibe, um pouco tímido ao que ele se senta na beira da cama, arrastando-se para trás até que sua cabeça encontre o travesseiro. Louis demora um momento para notar que é por causa do termo de ternura. Suas longas pernas são desastradas mas existe algo tão doentiamente atraente sobre elas, como ele se atrapalha e se contorce para ficar confortável. Como se ele fosse inocente e não soubesse o que está fazendo, como se isso não fosse algo que ele fez várias e várias vezes e até mesmo pediu explicitamente. É tudo um disfarce, mesmo que o desajeitamento seja real. Ele não é tão puro.
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Undone, Undress (Larry Stylinson)
FanfictionO novo colega de quarto de Louis é tímido, nervoso e se assusta com os mínimos barulhos. Ele é um estudante de artes que fica bêbado com vinho de cereja, veste lingeries de renda, e chega tarde em casa coberto por hematomas que florescem em sua pele...