The Breaking - IX

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Ele acorda com um calor sufocante e com torcicolo mas de alguma maneira ainda tão confortável que ele não quer se mover.

"Lou," alguém está sussurrando em sua orelha, respiração úmida fazendo cócegas em sua pele. "Lou, vamos lá, vamos te levar para cama."

"Mmm," Louis murmura, mantendo seus olhos fechados apertados para evitar olhar para as luzes. É apenas a lâmpada e a TV mas depois de acordar tudo é desconfortavelmente claro. Embaçado e cheio de cores brilhantes.

Ele sente mais do que ouve Harry suspirar; ele supõe que ele está deitado em seu peito, pelo jeito que está subindo e descendo ritmicamente em um padrão de respirações. De certa maneira parece que ele está sendo ninado pelas ondas do mar. Ele desfruta disso talvez um pouco demais.

"Certo, vamos te levantar," Harry sussurra, se levantando e de alguma maneira levantando Louis consigo. Louis está acordado mas não lúcido o suficiente para protestar quando ele sente seus pés levemente tocarem o chão. O movimento oscilante das ondas aumenta ao que ele é balançando para frente e para trás, o som dos passos e respirações sendo as únicas ressonâncias que sua mente interpreta.

Colocado em algo macio que ele mal registra como sua própria cama, Louis abre seus olhos para ver Harry pairando sobre ele. Ele parece sonolento e desarrumado, mas mesmo assim divino.

A questão sobre Harry é que ele tem esse estranho complexo que seria confuso se fosse associado a qualquer outra pessoa. Ele é tímido e amedrontado mas não hesita em abraçar Louis por horas. Ele tem pesadelos que deixam-o chorando e gritando mas de alguma maneira ele às vezes é aquele que conforta Louis ao invés do contrário. Ele se aninha contente com um bicho de pelúcia rosa destinado a crianças mas então levanta o corpo de Louis com facilidade e o carrega até a cama, cuidando dele.

A parte mais assustadora de tudo isso é que Louis realmente entende.

As pessoas não são curtas e grossas... nada é apenas preto ou branco. Nuances existem, mais a complexidade. Personalidades são intricadas e às vezes complicadas. O caráter de uma pessoa pode conter centenas de facetas, e não há nada que possa ser dito que algumas delas não serão contraditórias, embora o inteiro normalmente faça sentido.

Harry é o exemplo perfeito, Louis tem certeza disso. Ele talvez esteja confuso sobre quem Harry realmente é no momento, mas isso é porque ele não tem todos os fatos e por isso ele não entende seus motivos para fazer as coisas que ele faz, suas motivações.

Louis não é estúpido, imprudente, ou ignorante o suficiente para ignorar o dano ou até mesmo fingir que não está ali. Ele está começando a entender a dimensão disso, mesmo que ele não saiba a causa.

Harry coloca os lençóis a altura de seu queixo, o colocando para dormir cuidadosamente.

"Obrigado," Louis murmura, aninhando-se mais ainda contra o ninho de lençóis e fechando seus olhos. Isso é tudo que ele se lembra antes de que ele esteja dormindo novamente.

Ele tem certeza de que ele sonha com lábios quentinhos pressionados contra sua testa.

[...]

A manhã seguinte é serena, repleta de um silêncio confortável e raios solares calorosos cintilando através das janelas.

Harry trabalha em sua arte em seu quarto, pintando uma tela dessa vez, mas sua porta está aberta o que é fora do comum e Louis considera como um sinal de que ele está lentamente se abrindo, o que é um progresso. Ele está muito focado em seu trabalho, sentado no chão ao lado da janela com a tela sustentada em sua frente. Suas mãos estão decoradas com tinta, sujando todo lençol cobrindo o chão, pingando em seus pijamas também, mas ele não parece se importar. Quando Louis passa pelo quarto em seu caminho para fazer uma xícara de chá, ele vislumbra rapidamente Harry tirando seu cabelo de seus olhos, um risco azul manchando sua bochecha.

Undone, Undress (Larry Stylinson)Onde histórias criam vida. Descubra agora