Capítulo 3

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Julie

Algum tempo depois...

Chego do colégio e assim que entro em casa a mesma está silenciosa.

- Mãe?

Chamo e não obtenho resposta

Deve estar trabalhando

Subo para o quarto, tomo um banho e troco de roupa.

Estou morrendo de fome

Saio do quarto e vou até à cozinha.

Vejo um bilhete da minha mãe na geladeira e leio:

Julie

Tive que ir trabalhar e deixei seu almoço pronto no forno.

Vou até o fogão, abro o forno, tiro meu almoço e coloco no microondas pra esquentar.

Depois de poucos minutos tiro do microondas e começo a comer.

Eu sou um completo desastre na cozinha e amo a comida da minha mãe

Assim que termino de almoçar fico assistindo tv na sala.

Pra quê vou sair? Não conheço nada por aqui.

Quando anoitece vou pro meu quarto, tomo outro banho e resolvo dormir.

No meio da noite acordo ouvindo um maldito barulho na casa vizinha.

Mas que droga é essa? Parece som de guitarra

Olho pro relógio que marca exatamente duas da manhã.

Quem é esse sem noção que toca às duas da madrugada?

Que maravilha provavelmente minha mãe está no plantão do hospital e agora preciso dar um jeito nesse louco que não me deixa dormir

Levanto da cama e afasto as cortinas da janela vendo que o barulho está vindo da casa ao lado.

Calço meus chinelos e saio do quarto.

Esse barulho vai acabar agora. ah se vai!

Saio de casa, vou até à casa vizinha, toco a campainha freneticamente sem parar.

O barulho cessa por um instante e segundos depois a porta é aberta.

- Olha aqui seu tocador de guitarra maldito...

Perco a fala quando vejo um ser sem camisa parado na porta me olhando.

É o motoqueiro.

Ou será o gêmeo dele? Ah sei lá os dois são iguais

Caramba se ele é gato de roupa sem camisa é melhor ainda.

- Gostou da visão garota encrenca?

Ele sorri

- Deixa de ser idiota.

Reviro os olhos

- O que faz aqui Juliezinha? Veio me visitar?

Ele ri

- Eu moro bem ali.

Aponto pra minha casa

- Sério? Acho que somos vizinhos então.

- Por acaso sabe que horas são?

Cruzo os braços irritada

- Duas da manhã se eu não me engano.

Ele me olha

- Sim são duas da manhã e você tocando essa maldita guitarra e empatando o meu sono.

- Foi mal eu estava estressado.

- Nossa que grande motivo.

Ironizo

- Tá eu vou parar de tocar. Satisfeita?

Ele me encara

- Melhor assim, vou voltar pra casa.

Me viro e ele me segura pelo braço

- O que foi?

Pergunto e ele se aproxima de mim

- Já te disseram que você é muito linda?

Engulo seco

Me surpreendo quando ele me beija, tento afasta-lo, mas ele me prende entre seus braços e acabo retribuindo o beijo.

[...]

Dose DuplaOnde histórias criam vida. Descubra agora