VOLTEI! MUITO TEMPO DEPOIS, MAS VOLTEI! Vou poupar vocês de explicações porque já devem estar acostumados kkkk a mas saibam que esse capítulo está ENORME pra compensar a minha ausência. Sim, 9 mil palavras, porque eu esperei muito tempo pra escrever essa parte então foi tudo aaaa isso porque ainda cortei uma cena pra não ficar tão longo.
Bom, sem mais encheção de linguiça, aproveitem ❤️ e cuidado para não se confundirem porque tem vários personagens novos nesse capítulo.
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Haviam muitas coisas que Yuri pensava jamais fazer em sua vida: ganhar na loteria, ir bem em uma prova de física, conseguir assistir algum filme do Senhor dos Anéis sem dormir, dentre outras coisas. Porém, nunca imaginou um cenário como o que se encontrava naquele momento: com o tronco amarrado em uma cadeira e de frente a um prato de caviar, com uma diversidade de talheres enorme à sua disposição.
— E então, senhor Plisetsky? — Lilia perguntou novamente, encarando-o do outro lado da mesa. Seus olhos pequenos o fuzilavam diretamente. — O caviar, como deve saber, é uma das principais iguarias produzidas aqui no país, e é muito apreciado pela realeza. Por isso, qual é o talher adequado para comer uma porção como essa?
O loiro não sabia o que responder, principalmente porque nunca na vida teve a oportunidade de experimentar aquilo. Respirou fundo, esticando o braço o mais longe que podia, já que não conseguia inclinar seu corpo para frente, pegando uma colher prateada e relativamente pequena.
— Errado. — Antes que percebesse, a mulher havia arrancado o talher de sua mão.
— Mas é só uma colher, qual é o problema? — O ômega questionou, indignado com a rigidez daquele protocolo.
— Essa colher, senhor Plisetsky, é feita de metal, e o metal oxidaria as ovas e alteraria seu sabor, arruinando um processo de fabricação minucioso que demora anos. — Lilia pegou uma pequena colher branca que lhe havia passado despercebida. — Quando comemos caviar, o correto é usar uma colher feita de plástico ou, no caso, de porcelana.
Yuri pegou o utensílio, sendo orientado para que experimentasse a iguaria. Tentou mover-se da forma mais elegante possível, imitando o que já tinha visto nos filmes. Levou o caviar até sua boca, e teve de se segurar para não cuspir aquilo fora.
“Que gosto horrível!” — Pensou, esforçando-se para mastigar o conteúdo e engoli-lo. Como alguém poderia pagar tão caro por algo assim?
Forçou um sorriso para fingir que tinha gostado, apesar de que sua professora não pareceu acreditar em si.
— Certo, já acabamos com a parte de etiquetas à mesa. — Se pronunciou, desamarrando a estola que prendia o rapaz contra a cadeira.
— Ainda estou querendo entender a necessidade de me manter preso. — Comentou, esticando os braços preguiçosamente.
— Porque é assim que você deverá se manter em qualquer jantar oficial. — A mulher respondeu, como se fosse a coisa mais óbvia do mundo. — Sua coluna precisa permanecer ereta, e você jamais deve curvá-la para frente.
— Estava parecendo mais uma espécie de fetiche estranho... — Disse em voz baixa.
— O que disse? — Lilia questionou.
— Nada não. — Desconversou. — Bom, o que vamos fazer agora? Já treinamos postura, arte da conversa, modos à mesa… — Listou todas as pequenas aulas de uma forma um pouco tediosa.

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Sua Alteza
FanfictionYuri é um ômega que está prestes a se formar na faculdade de artes quando descobre que seu noivo calmo e reservado, Otabek Altin, na verdade é o príncipe herdeiro de um pequeno país na Ásia. Mergulhado num mundo do qual nunca imaginou fazer parte...