Desejos

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DEMOREI? PARA UM CARALHO, MAS CÁ ESTOU. Em compensação o capítulo de hoje tá gigante pra compensar meu atraso, então podem ir lendo com calma kkk Vamo que vamo!

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Victor andava tranquilamente pelos corredores do palácio em direção aos seus aposentos. Aquele banquete o havia deixado exausto e precisava descansar um pouco depois daquele dia. Estava feliz pela alegria de seu primo, mas sinceramente, sua mente não permaneceu naquela festa nem por um momento.

Durante toda aquela noite, só conseguiu pensar no ômega japonês com o sorriso e cheiro mais doces que já conheceu. O tempo que haviam passado juntos quando praticamente implorou para que o outro lhe mostrasse o palácio havia lhe trazido tanta alegria como há tempo não tinha. Era impossível tentar tirá-lo de sua cabeça.

Sempre foi um especialista em começar namoros, mas nunca em mantê-los, e já havia aceitado o fato de que provavelmente acabaria sozinho naquela altura do campeonato, porém, desde o dia anterior, um sentimento novo que nunca experimentou floresceu dentro de si, e aquilo o assustava na mesma medida em que o deixava ansioso para provar mais daquela sensação tão diferente e única.

O céu noturno estava limpo e sem nuvens, salpicado de estrelas e iluminado pela lua crescente. Ao longe, ainda podia se ouvir o som das risadas, conversas e da música, que aparentemente não iriam terminar tão cedo.

Estava distraído admirando o jardim enquanto caminhava pelo corredor quando se deparou com um vulto que não conseguiu identificar pela má iluminação. Escondeu-se atrás de uma das pilastras, espiando a figura que parou em frente à uma árvore que havia no jardim. O brilho da lua naquele momento revelou que se tratava de ninguém menos que Yuuri, dessa vez vestido casualmente ao invés de trajar seu uniforme cotidiano.

O japonês digitava concentrado em seu celular, não prestando muito atenção ao seu redor. Victor reparou que o mesmo estava com os cabelos puxados para trás, e que ele ficava terrivelmente mais bonito daquele jeito, se é que isso fosse possível.

Respirou fundo e se aproximou dele com cautela, sem ser notado, colocando uma das mãos sobre o ombro alheio.

- Oi Yuu... - Antes que terminasse de responder, foi acertado por um soco certeiro em seu olho direito, tão forte que o desequilibrou e lançou-o de encontro ao gramado.

- Meu Deus, senhor Victor! - O ômega se mostrou desesperado ao perceber quem o havia abordado. - Eu sinto muitíssimo! Me perdoe! Acabei ficando assustado e reagi dessa maneira. Eu te machuquei? Está tudo bem?

- Se acalme. - Pediu, sorrindo, ainda que estivesse com muita dor. - Foi culpa minha ter me aproximado assim sem dizer nada. Você tem uma mão bem pesada, heh... Ai!

Reclamou ao sentir que Yuuri havia tocado perto da área do hematoma.

- Droga, seu olho vai ficar inchado. - O moreno se pôs de pé, lhe estendendo a mão para que também se levantasse. - Venha, me deixe cuidar disso como um pedido de desculpas.

- Não precisa, está tudo bem. - Riu, gemendo de dor ao sentir seu olho latejar.

- Não, não está. - Segurou o alpha pelo braço, o arrastando através do jardim. - Venha, meu dormitório não fica muito longe.

Andaram por alguns poucos minutos, descendo o caminho íngreme que ia até a parte mais baixa da montanha que servia de morada para a família real, chegando até um pequeno alojamento com alguns poucos dormitórios, porém todos ajeitados e pintados de um branco limpo.

- Por aqui. - Yuuri caminhou consigo até uma das portas que haviam por ali e tirou uma chave de seu bolso, entrando no local.

Assim que acendeu a luz, Victor se deparou com uma cozinha pequena, mas arrumada, e uma mesa de jantar modesta. Havia uma outra porta ao lado, que provavelmente levava para o quarto do japonês.

Sua AltezaOnde histórias criam vida. Descubra agora