Águas passadas

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  Perdoem qualquer errinho! Leiam as notas finais.

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   Otabek despertou com o som do canto suave dos pássaros. Os olhos demoraram até focar e sentia que seu corpo estava exausto. Olhou para o lado, deparando-se com as costas de Yuri, que dormia profundamente.

  Sorriu, afastando algumas das madeixas loiras e beijando o pescoço e os ombros de pele alva e com algumas marcas de mordidas que foram deixadas por ele na noite passada. Aquele cheiro doce e perfeito de flor de baunilha em seu nariz. Como era sortudo de ter aquele perfume todinho para ele.

  — Hum… — O ômega se remexeu na cama, o encarando com a cara sonolenta e adorável. — Bom dia.

  — Bom dia. — Deu-lhe um selinho. — Dormiu bem?

  — Como uma pedra. Você acabou comigo ontem a noite. — Riu, deitando a cabeça cansada no peitoral do alpha, que o abraçou.

  — Acho que foi o contrário. — Mordeu o lóbulo da orelha, o fazendo ruborizar. — Inclusive, se quiser repetir agora, estou a disposição. Ainda falta um tempo para a minha oração.

  — É errado eu achar sexy quando você fala esse tipo de coisa? — Perguntou, beijando o maxilar do moreno.

  — Hum… Acho que você achar o fato de eu ser religioso atraente não vai deixar Alá bravo, muito pelo contrário. 

  — E Alá não vai ficar bravo com você se deitando comigo antes do casamento? — Yuri levantou uma das sobrancelhas.

  — Bom, tecnicamente, você não segue a nossa religião, então já é um alívio. E bem, como nós somos regidos por instintos, digamos que é algo que devemos considerar, e eu sei que Alá sabe que minhas intenções com você são as melhores possíveis. Acho que esse galho ele quebra pra mim… Ou não, e eu vou arder no mármore do inferno.— O alpha brincou, enrolando uma das mechas douradas em seus dedos.

  — Hum, se eu fosse muçulmano, como tudo isso iria funcionar?

  — Bom, supondo isso e caso eu não fosse um príncipe, nós provavelmente iríamos nos conhecer por escolha da nossa família. Eu iria tomar chá na sua casa com os meus pais e negociaria seu dote com o seu avô. Dependendo dos costumes, eu poderia te conhecer ou só poderia ver uma foto sua. Mas pensando no Armenistão, nós dois poderíamos até trocar nossos telefones caso nossos responsáveis permitissem. Se você aceitasse meu pedido, nós só nos veríamos novamente no nosso Mangni e no dia do nosso casamento. 

  — Hum, acho que a gente pulou vários passos, não é? — Deslizou o indicador nos lábios do alpha, que beijou seu dedo.

  — Talvez, mas vai me dizer que você se arrepende? — Levantou uma das sobrancelhas.

  — É, pra falar a verdade, não. — Puxou o príncipe para um beijo selvagem.

  — Senhor Yuri? — A voz de Yuuko ressoou junto com a batida na porta.

  Yuri encarou Otabek completamente assustado. Se alguém pegasse o príncipe ali, certamente teriam problemas sérios.

  — O que vamos fazer? — O alpha perguntou sussurrando, visivelmente desesperado.

  — Eu não sei. — Respondeu, também nervoso. — Eu vou me arrumar, só um minuto! — Disse para o Yuuko.

  Levantou-se da cama e começou a se vestir de forma desesperada. Seu corpo cheio de chupões, tapas e mordidas não iria ajudá-lo a mascarar o que havia acontecido ali.

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