XIII

420 51 489
                                    

Louis acordou com o sol entrando pela janela de seu quarto. Harry ainda estava apoiado em si e ressonava de forma baixa, a respiração lenta fazia o seu peito subir e descer em um ritmo constante. Louis aproveitou aquele tempo para observar o rosto de Harry, ele fazia muito isso, mas achava que nunca iria se cansar. O garoto estava tão sereno, parecia ter sonhos bons. Louis passou a fazer carinho nos cabelos dele enquanto se lembrava da noite anterior. Ele e Harry haviam feito amor e havia sido perfeito, Louis se sentia mais do que satisfeito e apertou mais o cacheado em seus braços, ele soltou um resmungo e se ajeitou dentro do abraço dele.

Harry abriu os olhos de forma lenta e encontrou Louis o encarando, ele sentiu o rosto corar ao lembrar que ainda estava nu e com seu corpo todo colado ao do mais velho.

— Bom dia, amor. — Louis disse dando um beijo em sua testa.

— Bom dia, Lou. Tá acordado tem tempo?

— Não, só um pouquinho. — Harry se aconchegou um pouco mais e soltou um suspiro.

— Vou sentir falta de acordar assim. — Louis soltou uma risadinha, o garoto era tão manhoso.

— Eu também, mas a gente pode escapar para a cabana, huh? — Sugeriu fazendo Harry revirar os olhos.

— Claro e depois sermos expulsos por libertinagem. — Murmurou contra o pescoço de Louis que gargalhava.

— Você e suas regras!

[...]

Jay não estranhou ao acordar e encontrar Harry e Louis dormindo juntos. Ela espiava por uma pequena fresta da porta, e soltou uma risada baixa ao notar as roupas espalhadas pelo quarto. Estava certa afinal, claro que estaria, intuição de mãe não falha nunca. Johannah aprovava a decisão de Louis, Harry apesar de ser muito tímido e reservado, aparentava nutrir muito carinho por seu filho e tratá-lo com muito respeito. Ela fechou a porta com muito cuidado e desceu para preparar o café.

— O irmão de vocês parece estar muito feliz. Sementinhas, será que teremos um casamento até vocês completarem o primeiro ano? — Ela conversava com os filhos em sua barriga e esfregava o estômago de forma afetuosa.  — Talvez eu deva começar a planejar. Será que devo procurar a mãe de Harry?

— A mãe de quem? — Mark Perguntou fazendo com que a esposa se assustasse e levasse a mão ao peito.

— Jesus Cristo! — Arfou.

— A mãe de Jesus? Olha Jay, acho que você não vai conseguir encontrá-la. — Ponderou. Jay como sempre o repreendeu com um tapa. — Aí! Sua agressiva!

— Não seja insolente! A mãe de Harry! — Ela respondeu fazendo bico.

— O que você teria para resolver com a mãe de Harry?

— O casamento de nossos filhos oras. — Respondeu como se fosse óbvio o que fez Mark olhar a esposa incrédulo.

— Amor, você não acha um pouco... — Ponderou. — Cedo? — Disse incerto.

— Cedo? Eles já até dormiram juntos!

— Dormiram? — Mark exclamou enquanto o rosto começava a ficar vermelho. — Na minha casa? Esse garoto insolente! — Mark fazia o caminho para as escadas, mas foi impedido por Jay que o puxou pela orelha.

— Não seja tão careta, é óbvio que nossos filhos transam.

— Claro o correto é casa-los. — Disse irônico

— EXATAMENTE! — A mulher exclamou e bateu palmas. — Vou começar a planejar a gente pode fazer a cerimônia depois do aniversário dos gêmeos, certo feijãozinhos?

| Impuro |Onde histórias criam vida. Descubra agora