In My Body

70 6 11
                                    

Notas da escritora:
Oi amores, é muito importante que vocês leiam as minhas notas finais, lá eu explico algumas coisas, perdão pela interrupção, boa leitura!

05:30 A.M


Me despertei com o som de vibração do meu celular, tateei cegamente a mão pela cômoda ao lado da cama e desliguei o alarme, ainda com meus olhos marejados e tentando se adaptar ao ambiente, por conta do brusco modo em que fui acordado, pude sentir o leve perfume de Louis, tirando de mim um sorriso, e logo depois um bocejo, acabei por cobrir a boca com minha mão livre, a que não estava praticamente coberta pelo corpo dele, para evitar que algum som saísse e acabasse estragando a cena mais linda do mundo.

Lá estava ele, deitado em meu peito, em um sono profundo e silencioso, com uma expressão neutra, sem precisar lutar contra sua realidade, era o meu Lou, meu garoto forte e resiliente, em um leve sono. Levantei com calma e lentidão para não o acordar, estava indo me preparar para corrida matinal como de costume, mas antes de sair do quarto, olhei para ele, bem ali, seus olhos fechados, sua respiração profunda, ele era lindo, era difícil decifrar ele, em toda minha vida eu lia as pessoas com muita facilidade, deduzia as pessoas até com a respiração delas, mas o Louis, ele é como um código que eu não aprendi a decifrar, um cubo mágico, e isso era uma das coisas que me fazia querer ele, ele não é como todas as pessoas que se passaram na minha vida, ele é como uma escritura de uma língua diferente, que eu quero aprender a ler.




[...]




Minhas corridas matinais antes eram para correr de meus pensamentos, sobre qualquer coisa, eu tentava desligar a minha mente, e só prestava atenção no movimento do meu corpo, e na minha respiração. Mas a mente humana nunca para de pensar, não há um momento onde simplesmente nosso cérebro para de trabalhar, até quando estamos pensando sobre algo, por mais superficial que seja, inconscientemente estamos pensando em várias outras coisas, sejam elas concretas ou não.

Sendo vencido pelo poder da terapia, aprendi a filtrar meus pensamentos e emoções na corrida, como pensar, me questionar com qualquer sentimento, ou pensamento, e lidar com eles. As corridas matinais são como um conhecimento profundo sobre mim mesmo, em movimento constante, me permitir à loucura de desembolar todos meus sentidos bagunçados e desfazer conceitos automaticamente construídos da minha vida. Correr era a melhor hora do meu dia, porque é a hora onde eu posso me ver no espelho e, delicadamente, me moldar, sem nenhum peso, por mais que minha mente esteja em dias de tormento, eu sempre consigo me aliviar na tentativa de organiza-lá.




[...]




Ao voltar para casa subi para meu quarto com pressa, estava preocupado de Louis ter acordado sozinho com todos aqueles sentimentos pesados da noite passada, mas quando abri a porta no mísero desespero dele estar pensando nas suas situações, aliviei meu coração, Louis ainda em seu palácio mental, na fuga da vida real, sendo ele, sem a realidade o assombrando.

Resolvi tomar meu banho, já que estava suado de tanto correr, fui o mais rápido o possível para o banheiro do meu quarto, ligando a ducha e deixando a água cair com força sobre meu corpo, coloquei uma playlist calma em meu celular e começou a tocar Love Is a Bitch do Two Feet.

Com meus olhos fechados, de frente à parede na direção do chuveiro, senti uma mão tocar com delicadeza minhas costas, me fazendo virar com rapidez, Louis Tomlinson, sem nenhuma peça de roupa em seu corpo, me olhando de cima para baixo enquanto mordia seu lábio inferior. Ele se aproximando de mim e pondo seus braços entrelaçados em meu pescoço, me dizendo com seus olhos o quanto ele estava em chamas por dentro.

DON'T FALL IN LOVEOnde histórias criam vida. Descubra agora