The hell

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Porter Street
Sábado
9:30 pm

O vácuo que se formava em mim estava começando a me assombrar, eu estava com problemas e a culpa era minha, era como estar em um mar cinzento onde coisas horríveis acontecem, e agora me pergunto se estar no meio disso foi porque eu me coloquei aqui?
mudei meu comportamento e passei a odiar uma pessoa que não tem culpa, a verdade é que eu estava me sentindo assim incompleto, confuso e vazio antes do Louis chegar, mas eu pus a culpa nele, canalizei meus problemas para ele, mas eu sei que nós dois sabemos como estudantes da mente que eu não quero admitir que o meu estado de agora é culpa minha, a mente humana é cheia de mistérios e funciona como um cubo mágico, temos que saber desvendar. Quando eu estava gritando e brigando com o Louis não era por ele que eu sentia a raiva, se eu estivesse confiante e sem dúvidas de mim mesmo aquilo não me afetaria, era só eu gritando comigo mesmo, em uma briga dentro de mim. Quando uma pessoa briga com você e explode sem motivos e começa a te julgar ela não está apontando os seus erros, ela está apontando o que ela vê de errado nela mesma, o que ela acha que se sente insegura com ela, parece difícil entender a mente humana e a forma como o subconsciente funciona, mas ao mesmo tempo é simples. O mais assustador de estudar a mente humana e ser uma pessoa que odeia falhar é descobrir que estou cheia delas, e que o ser humano acorda na intenção de alcançar a perfeição, se a perfeição não existe por que todos os dias tentamos alcançá-la? Temos que ser seres humanos melhores e evoluir, logicamente, mas quanto mais tentamos alcançar a perfeição mais distante da realidade nós ficamos, essa era uma das coisas que eu estava tentando alcançar, sem perceber que somos o que somos por causa do caos e das falhas, e isso que nos faz tornar pessoas perfeitamente equilibradas, o caos também é necessário, seja ele momentos ruins, perdas ou até mesmo a paixão.

11:11 pm
festa do liam
Cirque Le Soir | Casa noturna.

Chegando lá na Ganton Street estava decidido em me desfocar de todos os meus pensamentos, e me dar um momento de distração, minha mente é totalmente acelerada e isso estava começando a deixar os seus efeitos.
Cheguei na festa com grandes expectativas de relaxar e só beber com meus amigos sem levar ninguém pra casa, o que era novidade, fui diretamente a mesa do bar para pedir um drinque e na espera que um nos meninos estivessem ali, chegando lá vi que ninguém que eu conhecia estava no bar, tentei buscar com meus olhos eles em todo o lugar, mas era grande demais para eu conseguir ver tudo, então só me virei e pedi uma vodka com tônica, não demorou muito para o Liam me achar.

— Harry, Você veio graças a Deus! — Liam gritou por causa do som alto e se sentando ao meu lado com um sorriso arreganhado na cara.

— Eu não perderia por nada. — Respondi fingindo entusiasmo.

— Eu fechei a boate só pra gente, só tem pessoas da universidade e pessoas que conhecemos. — Liam respondeu a mim, mas seguia o bar man com os olhos na procura de fazer um pedido, mas sua tentativa foi falha.
— Acredita que o Zayn realmente trouxa aquela menina? — Liam me perguntou com sua voz hilária de debochado.

— Quando vocês vão parar com esse joguinho e admitir quem sentem algo um pelo o outro. — Perguntei pondo uma mão no ombro de Liam.

— Quando isso for verdade. — Liam respondeu tirando minha mão de seu ombro e levantando. — Venha os meninos estão ali, vamos até lá. —Liam disse tentando mudar de assunto, como se eu fosse deixar aquilo por ali.

Chegando próximo dele vi Zayn e Niall em uma lugar exclusivo ficava um pouco mais alto para poder ver toda a pista e tinham poltronas para descansar e um balde de com champanhe e gelo. Zayn acompanhava uma loira que dançava pra ele e Niall conversava com dois amigos de classe Shawn e Camila, eles pareciam rir de algo muito engraçado me fazendo soltar um sorrisinho só de assistir suas risadas.

DON'T FALL IN LOVEOnde histórias criam vida. Descubra agora