Chapter 21

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Tudo estava claro. Talvez fosse o céu, ou talvez fosse o sol que invadisse os olhos de Jungkook, mas envolta de tudo isso tinha uma redoma branca que o fazia franzir a testa e cerrar o olhar. Pode se levantar e focar no que tinha ao redor. Estava sentado em uma vasta grama verde, o vento soprava seu cabelo moreno e desbotado e sentiu um leve calafrio percorrendo pelo seu corpo. Se levantou assustado e começou a olhar em volta. Sozinho. Concluiu.

Jungkook correu, mas parecia que nunca saia do lugar. Gritou, mas sua voz era falha. Começou a ficar nervoso e aflito com tudo aquilo, mas como naqueles filmes de fantasia, uma luz forte atravessou o horizonte e quase o cegou, mas quando foi se dissipando, viu exatamente o que queria. Taehyung tinha em suas mãos uma cesta e um buquê de rosas, juntamente ao sorriso mais bonito de todos, mas aquela foi a última coisa que Jeon viu antes de despertar em um salto quando algo caiu no mundo real.

— Oh, desculpa amor. — Kim correu rapidamente em direção ao moreno e começou a lhe distribuir vários beijos. — Não queria te acordar. —

— Pra situação em que estamos, isso aqui ta bom demais. —

— Bobo. Porque estava gemendo? Estava sonhando comigo? —

— Estava sim, mas não era nesse sentido. Inclusive, faz um tempo né? —

— Sim, mas você está dodói, nem pense nisso. —

— Não estou não, me sinto cem por cento curado. —

— Tenho que verificar isso. — Hyung fingia examinar o namorado e arrancava uma boa risada do mesmo.

— Eu te amo. —

— Eu também amo você, Gukie. —

— Que cheiro é esse? —

— Nada melhor do que uma sopinha de manhã. —

— Me sinto um bebê. —

— Mas você é um pítico de cinco anos, meu bem. Tenho que cuidar de você. —

— Protesto. —

— Então proteste ai sentado. Vou pegar pra gente. — Kim se levantou com cuidado e se dirigiu até a "cozinha" improvisada que não era mais do que uma bagunça com um fogão a lenha montado de forma também improvisada.
Jungkook se levantou com a ajuda das muletas e foi para perto do namorado para que ele não tivesse o trabalho de levar duas tijelas.

— O que tem aí? —

— Olha, melhor você comer sem saber, juro que não tá ruim, mas também juro que nem eu sei direto o que eu coloquei aí dentro. —

— Sem perguntas então. —

Kim colocou uma toalha no chão, posicionou a panela, concha e tigelas para os dois. — Tcharam! — O acastanhado fazia uma pose engraçada, como se tivesse montado um restaurante com as próprias mãos. —

— Melhor que qualquer restaurante cinco estrelas, juro. —

Eles se posicionaram e começaram a pegar a quantidade que cada um desejava, saboreando a deliciosa sopa que Hyung tinha feito. Mais uma das pequenas coisas e demonstrações do mesmo que ganhavam o coração do moreno.

— Sabe, isso pode dar certo. Viver escondido sem ver a luz do sol, comer sopa todo dia, dormir junto no chão duro... Não é tão ruim assim, né? —

— Vai dar certo, vamos deixar a poeira abaixar e quando estiver mais calmo, vamos pra China e vamos morar no campo, o que acha? —

O Príncipe EsquecidoOnde histórias criam vida. Descubra agora