Capítulo 5.

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Sábado, 8h40min a.m.

As meninas já tinham terminado de arrumar as malas e estavam se despedindo das amigas. Iriam o fazer entre si por último.

— Anna? – Sofia se aproximou da irmã que estava sentada em um banco. — O que foi?

—  E se ela não gostar de mim? – A menina perguntou preocupada. —  Não tem como ela não gostar de você. Olha, nós vamos descobrir por que elas se
separaram e por que nós fomos separadas. Teria sido incrível crescer com uma irmã como
você. – As duas sorriram.  —  Agora se lembre, você é Sofia Torres e fala sempre corretamente.

—  E você é Anna Robbins, uma criança normal que faz coisas normais.

—  Eu vou sentir sua falta. –  As duas se abraçaram.

—  Nós vamos nos ver de novo, temos que destrocar, não é mesmo? – Sofia entregou sua pulseira de berloques.  —  Eu nunca tiro, mamãe ficaria louca se eu não aparecesse com ela.

—  Tem certeza?

—  Sim. –  Sofia olhou uma última vez para a pulseira e levantou.

—  Bom, eu tenho uma também, está na caixinha azul perto do computador. Pode usar se quiser. – Anna colocou a pulseira e logo o ônibus chegou. —  Tá na sua hora e lembre-se: Você não fala politicamente correto.

— Tudo bem. – Elas se abraçam uma última vez e Sofia entra no ônibus. Sofia nunca andou em um ônibus antes. Para ela, era uma grande novidade.

Pouco tempo depois o carro que estava marcado para buscar Sofia chegou, Anna respirou fundo e entrou. O veículo era bonito e aconchegante. O motorista era gentil e não
se importava em ser o DJ nas horas necessárias.

Sábado, 15h30min p.m

Londres - Inglaterra.

Anna chegou ao aeroporto e ficou procurando alguém uma plaquinha escrito “Sofia”. Como não encontrou, subiu no banco de espera.

—  Pestinha! – Uma mulher pegou Anna pelos braços e a abraçou.  —  Que coincidência te encontrar aqui. O que aconteceu com seu cabelo?

—  Sim, muita coincidência. –Anna sorriu sem graça, não sabia quem era aquela mulher.  —  Eu cort-

— Senhorita Addison? Sofia minha querida. – Um homem de terno abraçou a menina.

— Olá Henry. – Ela disse meio insegura.

— Que bom que chegou Henry, já estava preocupada com minha pequena sobrinha sozinha em um aeroporto. – Addison sorriu e encarou a pequena. — Cadê a Callie?

— Está em casa senhorita.

—  Ai Henry, pelo amor de Deus. Não precisa de tanta formalidade. Você é tão
importante na família quando eu. Agora vamos. Não quero perder a carona. – Henry pegou
as malas da menina e Addison pegou as suas. A ruiva amava falar e fazer perguntas.

— O que te fez ir a um acampamento? — A ruiva se virou pra sobrinha.

— Você.  –  Anna respondeu. Durante aquelas semanas Sofia lhe explicou muita coisa.

— Gracinha. Se contar para sua mãe, eu nego.

— Não vou. – Anna conseguiu se sair muito bem, nem Addison nem Henry desconfiaram de nada.

Também, como poderiam imaginar que as irmãs conseguiriam se encontrar em algum momento da vida?

O carro entrou em uma rua com várias casas iguais. Anna soube que chegou quando estacionou na casa de número 108. Ela desceu do carro e correu para a varanda de entrada. A porta estava apenas encostada, ela entrou e não viu ninguém.

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