Capítulo 3.

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Domingo, 03h30min a.m.

— Anna, eu não acho que seja uma boa ideia. – Harriet e Zola iam atrás da moreninha que tinha fogo nos olhos.

— Olha, eu não vou ficar chateada se vocês derem pra trás, mas eu vou continuar. – A
pequena Robbins andava decidida com várias coisas na mão. 

Mesmo contrariada, Harriet foi junto com as amigas, não achava uma boa ideia, mas
queria ver a travessura de perto.
 
Sorrateiramente, elas entraram na cabana número 9 e acenderam as luzes. Nenhuma das meninas acordaram ou se mexeram. 

Anna dividiu o que tinha com as
amigas e cada uma fez o que já tinham combinado. 

Harriet pegou uma lata de chantilly e com cuidado passou pelo corpo de uma das
amigas da Sofia, Zola pegou uma lata de óleo e começou a jogar ao lado das camas,
assim quando acordassem teriam uma pequena adrenalina para lidar.

Anna foi até a cama
da rival e pegou um pote de creme, com muito cuidado ela espalhou o produto pelo corpo
da menina.

— Pronto. – Rachel avisou ao terminar de amarrar a ponta de um barbante, com cautela, elas saíram da cabana e colocaram o despertador para tocar 15
minutos mais cedo.
 
Terça, 7h45min a.m.

Anna cutucou as amigas para que acordassem e, depois de arrumadas, todas correram em direção à cabana de Sofia.

Alguns monitores já estavam no refeitório, eles tomavam café mais cedo para conseguir controlar as meninas.

As três se apoiaram na janela no instante em que ouviram o despertador tocar. 

Sofia foi a primeira a notar que
tinha algo errado, passou a mão pela roupa e se levantou assustada ao sentir sua roupa
suja. 

— Mas o que...? – Logo suas colegas também despertaram.

Cada uma em um estado diferente. Uma tinha chantilly pelo rosto, outra tinha perdido metade da sobrancelha,
e todo o quarto estava cheio de fios de barbante.

Ao se levantar, Sofia sentiu o chão escorregadio e quase caiu, sua sorte foi se equilibrar na cama. A garota da cama lado não teve tanta sorte, ela acabou pisando em um dos barbantes e vários balões caíram ao redor
do quarto.

Todas tinham se molhado, até mesmo Sofia, que outrora conseguiu desviar de uma queda. Ela olhou ao redor e se levantou.

Mas devido ao óleo seu corpo tombou para trás e acabou puxando uma corda que fez cair vários balões em si.

— Eu não acredito nisso. – A loira começou a ficar vermelha e gritar como as amigas.
 
Do lado de fora, Anna chorava de rir. Podia ver tudo pela janela e sabia exatamente o que ia acontecer.

Mas para o seu azar, a diretora Pierce se assustou com o grito das meninas. 

— Diretora? – A menina olhou assustada para as amigas. — Acho que não é uma boa
ideia entrar aí. – Ela se colocou em frente a porta impedindo que a mulher entrasse. 

— Mas por que, senhorita Robbins? – A mulher perguntou curiosa. 

— Tem umas meninas passando mal, está uma bagunça, vômito pra todo lado. – Anna respondeu olhando pra cima, sua pegadinha final era um balde de melado por cima da porta. Se a diretora abrisse cairia tudo sobre ela.

— Não é nada disso senhora Pierce, não tem ninguém doente aqui, pode entrar. – Sofia estava escutando tudo e quando abriu a primeira porta viu o balde que Anna tanto queria esconder. 

— Anna, me dê licença. – Ela não tinha escolha, se contasse seria punida na certa, mas se ficasse quieta ainda poderia negar.
 
Assim que a diretora abriu a porta, o melado caiu sobre si e com o susto ela acabou
indo pra frente e o óleo no chão a fez escorregar e bater contra o armário que tinha um
bônus.

Sobre a diretora caiu várias penas que deveriam estar sendo usadas como travesseiros.
 
Em geral a mulher era pacífica e paciente, pois nunca nada do tipo tinha acontecido em toda sua vida.

— Você e você. – Ela apontou para as meninas. — Arrumem já suas malas. 

Depois das malas prontas as duas jovens só conseguiam pensar que foram expulsas em menos de uma semana.

A diretora mandou as demais meninas a acompanhar. Todas foram andando em silêncio. 
Depois de 5 minutos de caminhada a mulher parou de andar e se virou. 

— As demais podem ir se divertir. – Ao som de comemoração, as outras saíram
correndo. — Vocês duas irão passar o resto das férias juntas nessa cabana. Podem se
divertir e participar das atividades normalmente, mas quando nada disso estiver
acontecendo quero as duas aqui. Na solitária.  – A mulher se virou e voltou para seus afazeres. 

— Isso tudo é culpa sua. — Sofia subia as escadas atrás de Anna. 

— Não fala comigo. – Anna andava mais rápido já que a outra tinha a mala mais pesada e ainda um nécessaire. 

A cabana não era tão afastada, mas também não era perto. O local parecia bem abandonado, porém tinha tudo que elas iriam precisar.

Cada uma pegou uma cama, sem brigas. Depois de tudo arrumado, cada uma foi fazer a própria atividade. 

Terça-feira, 22h03min p.m.

Sofia estava entediada, por isso pegou um livro e começou a ler. Adorava ler desde sempre. Era um hábito que tinha adquirido com a tia quando a mulher tomava conta dela. 

Do outro lado Anna tentava dormir, tinha feito tanta coisa que estava muito cansada,
mas a luz a incomodava demais.

Por sorte, tinha um interruptor ao seu lado. Olhou para a sua colega de quarto que lia e desligou a luz. Para seu azar, tinha um interruptor igual ao
seu do outro lado. Da mesma maneira que ela apagava Sofia ligava.

1 hora depois já não tinha mais graça implicar, e as duas em acordo silencioso, foram dormir.

·······
Tá chegando a hora da revelação.
P.S. Não esqueçam de votar e comentar, para que eu continue a história.

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