Capítulo 16.

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— Sadie, esse nome te diz algo, Calliope? Sadie Harris. – A morena perdeu a fala.

Então esse era o motivo de tanta raiva.

Sadie tinha armado tudo.

— Você contratou a Sadie para ser sua advogada, Arizona ? Com tantos advogados no mundo, você contratou logo ela? – Callie a olhava, indignada.

— Se levarmos em consideração que eu não sou adivinha, sim, a eu contratei. Ela era uma advogada famosa e eu tinha pressa em resolver a nossa situação. O que você fez para essa Sadie te odiar tanto? – Arizona questionou encarando Callie nos olhos. — As meninas não cresceram juntas por causa de um contrato que ela redigiu. E ela fez esse acordo com a certeza de que iria se vingar de você. Eu me ferrei por tabela.

— Não é da sua conta. Não mais. – Callie olhou para o chão. — Vamos falar do nosso divórcio, que tal?

— Já liguei para o meu advogado. Até semana que vem, estaremos separadas. – Arizona disse se sentindo mal, mesmo não demonstrando. — Mas eu quero te pedir um favor, mesmo não merecendo.

— Se você sabe que não merece, não entendo o motivo de insistir tanto. – A morena revirou os olhos. — O que quer?

— Se você não vai fazer, não precisa saber. – A loira cruzou os braços, emburrada.

— Meu Deus Arizona, vê se cresce. – Torres olhou a pose de criança que ainda era
mantida pela loira - tão linda -. — O que quer? Não me faça perguntar novamente.

— Quero passar minhas empresas para o seu nome. Tudo. – Ela disse de uma vez. — Eu quero ter certeza de que se algo acontecer comigo, tudo que eu tenho vá para as minhas filhas.

— Não estou entendendo. Você está doente ou algo do tipo? – A morena quase se preocupava, mas a mágoa ainda a cegava.

— Nós duas construímos uma empresa juntas, eu devo admitir que devo tudo que eu tenho a você. Mer está montando um negócio próprio e não vai demorar muito para se lançar no mercado e crescer profissionalmente. – Robbins dizia tudo olhando para o nada. — Eu quero ter certeza de que se algo acontecer comigo, minhas filhas tenham tudo garantido.

— E a Lauren? – A morena se lembrou da outra loira. — Vocês não vão se casar?

— Claro que sim, mas o que tem uma coisa a ver com outra? – A loira arqueou a sobrancelha. — Lauren me ama Callie, nós vamos nos casar com separação de bens.
 
A morena queria muito rir, porém se conteve, ela já tinha percebido que Lauren não era lá grande coisa em relação ao caráter.

— E você já disse isso a ela?

— Ainda não, mas eu tenho certeza de que ela não vai se importar. – A morena bebeu
o resto do suco que estava no seu copo.  

— Se você diz. Vamos decidir sobre as meninas. – Callie sentou-se ereta e ficou séria. — Acho que podemos continuar com o esquema de cada uma morar com uma e podemos começar a dividir os feriados e as datas comemorativas.

— Tudo bem. Eu li em algum lugar que no Brasil durante uma semana eles comemoram o carnaval. – Emma pediu outro copo de suco.

— Nos contentemos com os nossos feriados, pois se for assim, elas irão viver em
aviões. – A morena disse racionalmente. — Vamos começar com os feriados mais
importantes por aqui. Você pode ficar com o dia de ação de graças e com o ano novo. Eu fico com o Natal e com a Páscoa.  

— Ou nós podemos revezar a cada ano. – A estilista concordou.

— Estamos de acordo. – Callie ia se levantar quando percebeu o olhar distante da loira. Respirou fundo e xingou-se mentalmente. — O que foi Callie?

— Sofia. Ela ainda não gosta de mim e eu tenho certeza de que ela não vai concordar com esse acordo. – Callie queria pedir uma bebida mais forte, mas ainda era
muito cedo.

— Ari, Sofia é uma Torres, ela foi criada por três mulheres Torres, óbvio que ela não demonstra sentimentos, mas ela não te odeia, ela é sua filha. Essa loucura começou, pois ela queria te conhecer. E mesmo você não merecendo um pingo de minha compaixão, te ajudo, caso precise. Eu sei como minha filha pode ser frágil e como ela gosta de guardar os sentimentos pra si para poupar os outros. – A mais baixa levantou-se. — Quando os papéis do divórcio chegarem, me avisa. – Torres se virou e saiu andando deixando Arizona pensativa no bar.

Addison chegou ao hospital e levou Anna ao pronto-atendimento. As enfermeiras
andavam de um lado ao outro, mal-humoradas e ignorando metade dos pacientes.

— Nesse ritmo não sairemos daqui hoje. – Sofia reclamou abraçada a irmã.

— Ah nós vamos sim. – Addie respondeu e puxou a enfermeira que estava passando ao seu lado.

— Tá ficando doida? – A moça perguntou assustada.

— Ainda não, mas se vocês não começarem a atender os pacientes direito e apressar
o atendimento, faço questão de te mandar pra uma ala mais renomada. – A ruiva ficou
vermelha e logo a enfermeira tratou de andar com o serviço, rapidamente fazendo o fluxo
diminuir.

— Meu Deus tia, eu nunca te vi brava assim. – Sofia disse admirada.

— Quando a sua mãe não está presente, eu tenho que tomar as rédeas da situação. – a ruiva jogou o cabelo no melhor estilo Addison. — Olha só como está esvaziando isso aqui.

Em pouco tempo Anna foi chamada e a médica constatou que sua garganta estava
inflamada. Ela receitou alguns remédios e a garota foi liberada.

— Vamos compraento. remedinho e voltar para o hotel. – Addie sorriu e mandou uma
mensagem para Callie.

— E uma base também, né tia? Seu pescoço está horrível. – Sofia debochou. — Aproveitou bastante com a tia Mer, não é mesmo?

— Em primeiro lugar, foi sua mãe que bateu aqui, em segundo lugar você é ridícula igual ela e olha que não tem nem idade, em terceiro, não conta pra sua mãe que a Mer é sua tia, pois ela vai querer esfregar minha cara no chão. – Ela entrou na farmácia e
comprou os remédios. — Vamos?

— Não tem como você esconder da mamãe que a tia Mer é a loira que você está pegando. Ela vai ligar uma coisa à outra. – Sofia disse.

— Olha, ela acha que a irmã da Arizona é morena, então ela nunca vai desconfiar. Fora que
é bem possível que vocês já não tenham mais mãe a essa altura do campeonato. Callie deve ter matado ela. – A mulher olhou as horas, já era quase meio dia. — Vocês vão tomar café ou almoçar?

— Almoçar. – As duas disseram juntas.

— Ok, pestinhas. – A ruiva chamou um táxi e foram brincando dentro do carro no
caminho até o hotel.

Arizona estava deitada junto a Mer contando sobre a conversa com Callie.

— Por que você quer passar tudo para Callie? – Meredith questionou confusa.

— Ontem quando Lauren e eu estávamos conversando, percebi uma coisa. Ela não ligou nem um pouco para a história. Não ligou para minha segunda filha, para minha ex-mulher. Achei
estranho.

— Você sabe que eu não gosto de me meter, mas acho que estás cometendo um erro. – Mer olhou para a irmã, solidária. — Você está usando a Boswell pra tapar buraco. E isso tá errado.

— Não estou fazendo isso. – Arizona levantou. — Eu gosto da Lauren.

— Gostar não é amar. Você mesma já me disse isso. Adia esse casamento, Arizona. Vai ser melhor assim. – Mer levantou. — Vou aproveitar a piscina. – A loira saiu do quarto deixando a irmã pensativa.

······
Prometi dois capítulos ontem.
Porém no horário que iria postar, fui mordida por um cachorro de rua e tive que ir para o hospital. Estava com muita dor na perna e o corte foi profundo.
Enfim, morri mas passo bem.
Volto mais tarde.
Xoxo

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