capítulo 49

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    Os policiais corriam ao meu redor mas eu era incapaz de prestar atenção em algo que não fossem os tiros. Apenas notei quando mais um carro parou junto com uma ambulância  e dessa vez Jungkook desceu, ele parecia muito preocupado.

     — Hana! — correu até mim e se abaixou me encarando — o que aconteceu?

      — O Yoobum, ele parou nosso carro — solucei lhe abraçando — e agora o Tae tá la dentro...e eu não sei se ele tá vivo.

     — Shh, vai ficar tudo bem — pelo seu tom, nem ele acreditava naquilo.

      — Você precisa sair daqui — um policial se aproximou — e prestar depoimento na delegacia.

     — Eu preciso ver o Taehyung — me afastei de Jungkook.

    Olhei na direção do galpão, socorristas corriam até lá e vi Taehyung sair numa maca. Não, não, não, havia uma mancha de sangue em sua camisa e ele se encontrava desacordado.

    — Me deixa ir com ele — implorei ao policial enquanto novas lágrimas marcavam meu rosto — eu preciso saber como ele está.

     — Infelizmente precisa me acompanhar — fez sinal para que eu levantasse — nós o informaremos sobre ele.

       — Por favor...

    — Infelizmente é a lei — me encarou — mas eu prometo que vou tentar liberá-la o mais rápido possível.

   Concordei me sentindo derrotada, eles permitiram que Jungkook fosse comigo até a delegacia, os meninos iriam até o hospital buscar notícias de Taehyung. Havia tanto sangue e ele estava desacordado, aquilo não podia ser bom.

   Como as coisas podiam mudar tão rápido? Se fechasse os olhos ainda podia ouvir sua voz brincando comigo naquela manhã.

   " Você vai me deixar mal acostumada" eu ri enquanto ele distribuía beijos pelo meu rosto.

    " Pois pode se acostumar, porque nunca vai faltar amor aqui" seus braços me envolveram.

     Nós ficamos deitados trocando carícias, até estarmos despertos o suficente para levantar. Tae pediu café no quarto e fez um comentário indecente enquanto observava eu me trocar.

   Tudo estava bom demais para ser verdade.

    ***

     Eu ia ser interrogada, Heeyoung mandou seu advogado e ele me disse para não mentir, porque isso tornaria tudo ainda pior. Mesmo assim, eu não queria falar nada que incriminasse o Tae.
    
     — Jungkook, eu não posso — enxuguei os olhos com as costas da mão — se eu falar, vai complicar o Taehyung ainda mais.

     — E se descobrirem que você mentiu, vai piorar tudo para os dois — me estendeu um copo com água — toma, você precisa se acalmar. Conta tudo que eles perguntarem.

      — Tem notícias dele? — Jungkook negou.

    — Park Hana — minha voz foi chamada — me acompanhe por favor.

     — Vai dar tudo certo — Jungkook sorriu fraco para mim.

    A sala de interrogatório era fria, aquele policial me dava medo e tudo em que eu pensava era Taehyung. Não saberia o que fazer caso o mesmo estivesse morto.

      Respirei fundo, nada de mentir, o Tae não gostaria. As primeiras perguntas foram básicas, minha idade, o nome dos meus pais e onde eu morava.

  Então ele perguntou como e quando conheci Taehyung.

     — Faz alguns meses — engoli em seco — meu namorado naquele época era muito bruto, ele me bateu, o Taehyung estava passando pela rua e impediu que algo pior acontecesse.

    — Vocês mantiveram contato depois disso? — assenti — por que?

    — Ele ajudou a fazer um curativo em minha testa. Uns caras apareceram atrás dele e eu acabei sendo obrigada a fugir junto no carro.

    Uma coisa puxou a outra e então tive que contar tudo, desde Yoobum até como Taehyung estava desesperado para consertar a própria vida.

     Eles estavam anotando tudo, meu coração batia rápido e eu sentia como se fosse desmaiar a qualquer momento. Queria sair daquela sala, precisa saber algo sobre Taehyung.

    — Pode esperar lá fora — avisou — nós iremos te chamar caso seja necessário.

      Heeyoung e Jungkook me esperavam sentados na recepção. Torci para que eles tivessem alguma notícia de Taehyung. Meu celular começou a tocar e o nome da minha mãe brilhou no ecrã.

    " Filha, você vai chegar a tempo de almoçar em casa? Eu tô fazendo seu prato preferido" ela parecia empolgada" pode trazer seu namorado também."
 
      — Mãe...eu preciso muito de vocês agora.

     " Você tá chorando? O que aconteceu?"

      — Eu tô na delegacia — me sentei numa das cadeiras — vem pra cá e eu explico tudo.

      " Delegacia? Hana, eu pensei que estivesse viajando."

     — Eu estava, mas aconteceram algumas coisas — me encolhi.

   " Estou indo aí. Me passa o endereço. "

   Lhe informei o local e ela desligou. Jungkook tentava ligar para Namjoon, em busca de alguma informação. A polícia capturou Yoobum e os homens que estavam com ele, aparentemente ele também tinha levado um tiro enquanto tentava fugir.

       Minha mãe chegou minutos depois, ela parecia desesperada e correu até mim assim que me avistou.

     — Querida, o que aconteceu? — me abraçou sentando ao meu lado.

      — O Tae tem problema com uns caras — apertei os olhos fechados — eles tentaram pegar ele e eu estava no carro....tive que prestar depoimento.

      — Eu pensei que ele era um garoto decente — afagou meus cabelos.

    — Ele é, o Tae estava tentando se livrar de tudo isso — eu não conseguia parar de chorar — e agora eu nem sei se ele tá vivo.

      Um policial se aproximou, fui informada de que não ficaria detida mas não podia sair da cidade até segunda ordem.

     — Conseguiu falar com eles? — questionei Jungkook, sua expressão não era nada boa — o Tae está bem?

      — A notícia que eu preciso te dar é complicada — Jungkook suspirou.

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     Agora só faltam 3 capítulos.

    Hana tá sem chão...

  
    

   

     

     

In the dark 《 Taehyung 》Onde histórias criam vida. Descubra agora